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sábado, 28 de abril de 2012

Um Pouco sobre Visual Novels - Parte 2




É isso aí, mais um dia, mais um post.

Então, hoje estarei continuando o assunto sobre visual novels, a sua história e títulos notáveis. No último post, vimos o estilão básico das visual novels, quando surgiu, empresas notáveis, e até mesmo um título que influenciou a série Exterminador do Futuro!

Agora, vamos entrar mais a fundo na cena, na primeira metade da década de 90.
Bem, nada de mais aconteceu entre o final dos anos 80 para o começo dos anos 90, por assim dizer. Isso porque as empresas mais focavam em inovar os seus jogos até fazer um que realmente fosse “aceitável” para o mercado. Não só no gênero de visual novels, mas em todos os gêneros de jogos, do plataforma 2D até os primeiros jogos pseudo-3D, todos eles ainda estavam um tanto sobresaturados, pois surgiam empresas a todo momento (igual agora com as empresas Indie) e que lançavam suas novas séries para tentar cativar o público. Alguns deles surtiram efeito desejáveis, como a série Dragon Knight (Knights of Zentar, na versão inglês), Words Worth (que inclusive ganhou 5 OVAs, sigla para Animação de Vídeo Original) e Tokimeki Memorial (franquia da Konami que mais tarde cresceu de forma assustadora, ganhando upgrades, e traduções, e que mês passado lançou mais um jogo para PSP), mas outras dezenas de títulos e empresas falharam miseravelmente em entregar um jogo bom para o gênero.

Vale lembrar que nesta época, já tinhamos acesso ao Super Nintendo (ou Super Famicon, no Japão) e Sega Genesis, então sim, teve-se bons progressos no quesito gráfico e sonoplastia, mas ainda assim todas as visual novels até agora não tinham vozes de nenhum personagem, e em sua maioria pelo menos, eram curtos (menos de 10 horas para zerar todas as rotas). Tokimeki Memorial talvez foi o primeiro jogo que teve duração com mais de 20 ou 30 horas, já que contava  com mais de 10 garotas para escolher no final do jogo e cobrindo 3 anos da vida escolar do personagem principal, além de gráficos muito bonitos para a época. Por ser tão revolucionário para a época, a franquia mais tarde lançou jogos para PSP, playstation, nintendo DS, PC e, recentemente, até para celular, óbviamente evoluindo com o tempo com vocais, histórias mais complexas e até tendo sua própria série de anime.

Em 1995, podemos dizer que houve uma grande evolução no gênero para o ocidente, uma vez que vários títulos bons foram lançados nesse período, como Mugen Yasoukyoku (Nocturnal Illusion, no inglês, produzida pela Jast USA), EVE: Burst Error (VN de suspense e investigação com um dos melhores roteiros e trilhas sonoras da época) e um clássico dos jogos hentai (pornô), True Love ~Jun-Ai Monogatari~, que aliás, tem uma história bem bacana na vida real.

Inicialmente, True Love foi lançado no Japão, pela empresa Parsley, conhecida por seus jogos fracos e ruins, tal fama deixou o jogo ser praticamente esquecido pelo Japão. Por um motivo desconhecido (ou da empresa tentar lucrar com o seu “desastre”), ela localizou o jogo para os EUA (vulgo, traduziu e converteu a região do jogo para padrão americano) e surpreendentemente foi um grande sucesso por lá, sendo um EXEMPLO de jogo hentai até hoje devido a sua variedade de cenas, meninas possíveis para se relacionar e (não muito importante, mas bem original) um sistema de planejamento, onde você é obrigado a ir na escola de manhã, mas pode ir fazer o que quiser durante a tarde e à noite.

A partir daí, visual novels começaram a ganhar cada vez mais notoriedade e complexidade, tanto no próprio Japão quanto no ocidente, ainda que nem tanto quanto demais gêneros de jogos devido à quantidade de jogos do gênero que chegavam no ocidente. Na época, a maioria das VNs eram lançadas para Playstation1 e para PC. Mais títulos de sucesso nessa segunda metade da década de 90 foram lançados, principalmente pela Sega (Sakura Taisen, ou Sakura Wars, em inglês), JAST (San Shimai e Sakura no Kisetsu), Zyx (fraquia Lightning Warrior Raidy), Elf (“Kono Yo no Hate de Koi wo Utau Shoujo YU-NO”, ou em inglês, “A Girl who chants love at the bound of this world, YU-NO koihate”, cuja versão para Sega Saturn é INTEIRAMENTE falada, e isso foi em 1997, e com boa qualidade! Talvez uma das primeiras VNs faladas lançadas), Leaf (To Heart e Kizuato) e Crowd (pela franquia X Change, que por si só rendeu um bom dinheiro para a empresa, bem como outro título que marcou o gênero).

Bem galera, por hoje eu encerro por aqui o post. Já ficou bem grande o post para um dia só.
Não perca, na parte 3 de “Um Pouco sobre Visual Novels”, falaremos sobre o final dos anos 90 para as visual novels, principais títulos que marcaram a década, o surgimento das grandes empresas de visual novels hoje como Key (Clannad, Rewrite e tantos outros) e Type-Moon (Fate/Stay Night e Tsukihime) e, claro, o melhor título da década e porque mereceu esse cargo.
Até a próxima!
Out.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Um pouco sobre Visual Novels - parte 1


Ae galera, meio tarde hoje, mas vou aproveitar o gás para postar alguma coisa aqui. Quero aproveitar e postar bastante coisa no blog enquanto ele ainda é novo, senão eu me desanimo (mentira).

Bom, provavelmente, se você veio aqui, você deve saber pelo menos um pouco sobre Visual Novels, mas caso você não saiba ou sabe pouco, estarei esclarecendo algumas coisas. Por ser um tópico muito extenso, estarei publicando por partes. Além de ser menos cansativo para ler, também estarei me aprofundando ainda mais no assunto para não falar bobagem aqui.

Visual Novel. Literalmente, novela visual em português, é um sub-gênero de jogos eletrônicos onde você incorpora um determinado personagem, homem ou mulher (ou ainda, em alguns jogos, você pode escolher o sexo do personagem principal) e a sua história no jogo, onde você conhece novos personagens que interagem com você na sua história e vice-versa, através de opções de diálogo e demais meios.

Seja simplesmente entrar na vida do personagem durante um período de aulas, seja dada a você uma missão a ser cumprida, ou apenas questão de sobrevivência em um meio hostil, sempre o jogo tem uma história básica que vai se desenvolvendo ao decorrer do jogo, como em qualquer outro jogo normal, mas depois (na maioria dos jogos, pelo menos), o próprio jogo te dá uma liberdade para fazer escolhas, onde elas diretamente afetam a história de seu personagem, seu nível de relacionamento com alguma menina para ela mais tarde gostar de você, e até mesmo determinar a morte de uma personagem do jogo, ou mesmo do personagem principal, resultando geralmente em um DEAD END (falarei mais sobre isso em uma outra postagem. Como disse, o assunto é muito extenso para um post só).

                                    

Sobre a história das visual novels, têm-se relatos que os primeiros títulos foram lançados em meados da década de 80 no Japão, e à princípio, eram exclusivos para computadores. No seu início, visual novels não tinham dublagem, ou seja, era apenas um monte de texto em japonês na tela que contava uma história, e quando muito, tinham apenas um punhado de CGs (Computer Graphics, ou gráficos de computador, ao pé da letra), que nada mais eram desenhos de cenários bem primitivos ou desenhos das personagens do jogo.

CURIOSIDADE: VNs nessa época eram distribuídos em disquetes, que nem eram daqueles de 1,44mb, se é que você me entende. Entretanto, como visual novels focam mais em textos do que em gráficos, haviam visual novels dessa época que duravam 5~6 horas para mais. E ter tudo isso de informação junto com gráficos era algo que podemos dizer que é impressionante.

Por ser, em sua esmagadora maioria, títulos exclusivamente lançados no Japão e, portanto, disponíveis apenas em japonês, o ocidente mal se importava com esse gênero, tanto por questões políticas (sim, guerra fria também afetou games na época) quanto por interesse. Afinal, estávamos na época do nintendinho, não tinhamos tecnologia tão avançada assim...bem, exceto no cinema, mas isso é um caso à parte, caso você se interesse pelo motivo.

Talvez o primeiro título de Visual Novel que se tornou interessante para o público ocidental foi o título "Snatcher", da Konami, lançado em 1988 que, coincidentemente ou não, foi escrita e dirigida pelo criador da série Metal Gear, Hideo Kojima, que narrava a história de um detetive que investigava biorobôs que matam pessoas reais e tomavam o seu lugar na sociedade. Acredite, foi esse jogo que serviu como base para a franquia Exterminador do Futuro.
O jogo foi tão bom que foi relançado mais tarde em CD-ROM, PS1 e até para Sega CD, além de ser localizado para os Estados Unidos e ter uma notável tradução em português de 2003.

Vale ressaltar que visual novels eram feitas também por grandes empresas japonesas que dominam boa parte do mercado de jogos agora, como Konami, Capcom, Hudson Soft e até mesmo a Nintendo com a série Famicon Tantei Club.


Bom, já dei um bom resumo sobre visual novels e o começo de sua história no mundo dos games. Encerrarei o post por hoje para não se tornar algo muito cansativo, mas estarei postando mais nos próximos dias.

No próximo post de "Um pouco sobre Visual Novels", o progresso das VNs na década de 90, empresas que se destacaram, e mais jogos que se destacaram.

Até lá!
Out.

Zero Force nas redes sociais



Mais um post hoje, mas é coisa rápida agora:

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Desconheço de outras redes sociais que o pessoal usa (menos thumblr, mas como já tenho blog aqui...), mas sempre que adicionar em outro, estarei avisando.
Ah, e falando em blog, o mesmo conteúdo deste blog também está disponível em Wordpress (se é que dá pra ver alguma diferença), então, se quiserem seguir por lá também, fiquem à vontade ^^

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E mais uma vez, divulguem o blog para que possamos crescer mais e trazer cada vez mais conteúdo para vocês, além de poderem aumentar a acessibilidade do mesmo!

Mais uma vez, agradeço a colaboração
Out.