Isso sim é uma novidade e tanto. O mais novo jogo da 07th Expansion, os mesmos criadores de Higurashi no Naku Koro Ni e Umineko no Naku Koro Ni, Rose Guns Days, lançou simultaneamente com o patch em inglês do grupo de fan-translation Witch Hunt, o mesmo grupo que traduziu Umineko em inglês. Apesar do jogo ainda ser uma demo e, tecnicamente, a tradução não ter sido feita pela 07th, o grupo teve permissão do próprio Ryukishi07 para traduzir a demo de Rose Guns Days para o inglês, inclusive liberando que a demo do jogo fosse hospedada pelo site do grupo de tradução.
Para quem quiser ver (assim como eu), clique na imagem abaixo para ser redirecionado para o site do grupo.
Depois que terminar de baixar a demo do jogo e o patch, estarei postando aqui o que achei do jogo e da tradução para todos vocês, assim como fiz com Robotics;Notes!
EDIT: Bem pessoal, joguei um pouquinho da demo e me surpreendi com o jogo. Primeiramente, o jogo não tem os tão famosos gráficos deformados como os da série Higurashi e Umineko, o que é um alívio para os meus olhos. Segundo, a trilha sonora do jogo é muito bem feita e bem animada, com aquele toque de Jazz e Blues dos anos 50/60. Terceiro, ele conta com (!!!) um sistema de luta por turnos. É meio estranho dizer isso, mas o sistema de luta não é nenhum Street Fighter da vida onde você controla o seu carinha e dá golpes, mas um estilo parecido com RPG, onde você alterna entre se defender e atacar o inimigo. O sistema é bem simples, mas bem legal, além de não interromper a história tão frequentemente como você deve estar pensando.
O jogo começa com a recomendação para tomar um tutorial para a engine de luta que disse anteriormente. Depois, ele roda um prelúdio do personagem principal, no ano de 1947. Leo Shishigami, um repatriado da Segunda Guerra Mundial está meio que perdido no que fazer da vida na fictícia Cidade 23, no Japão. Em um desses dias, ele encontra com uma mulher misteriosa que caiu do segundo andar, e que por sorte o personagem a pega. Logo depois, guardas aparecem para pegá-la, sabe-se lá por qual motivo, mas depois de tomar uma surra saem. A mulher se introduz, Rose Haibara, e ela agradece por tê-la salvo daqueles guardas de antes. Leo vai para um clube, o Clube Primavera, e acaba se tornando amigo de Rose.
Algum tempo se passa, e ele sequer consegue um emprego, já que no Japão pós-guerra, ou você se alistava para o exército americano ou chinês, ou ficava à mercê de trabalhos diários (isso é, se você não soubesse inglês, o que era o caso de grande parte da população). Após decidir ir um dia para o Clube novamente para comer uma última vez no Japão antes de ir para o exército, ele se encontra com uma das amigas de Rose, mas ao adentrar no Clube, percebe que uma grupo estranho da máfia americana que se instalou no Japão estava estorquindo Rose, a dona do Clube. Depois de alguma porrada e de uma reviravolta e tanto com a chegada de reforços, Rose consegue escapar das garras do grupo vilão e propõe à Leo um emprego como guarda-costas do Clube, uma opção bem melhor do que ganhar uma mereca nos outros empregos, além de ter comida melhor e permanecer no Japão. E assim, começa a história verdadeira do jogo.
A história meio que se divide em duas. Uma parte, que é a de Leo, em 1947, no seu emprego como guarda-costas, contando mais sobre a história de Leo na Guerra e dos outros guarda-costas que trabalham com ele, fora o segredo por trás do Clube Primavera e da realidade local. Outra parte, em 2012, onde uma jornalista é enviada para uma mansão para fazer uma matéria sobre o Japão daquela época com uma senhora misteriosa e uma das "madames" do Japão, cargo onde apenas grande líderes da máfia japonesa alcançam.
O jogo é muito viciante e gostei muito do jeito "não-enrolativo" da história e da narração. Apesar de ser uma Kinetic Novel, com apenas alguns pontos onde você pode decidir a ordem onde determinadas cenas se desenrolam, ela é bem promissora. Estarei esperando ansiosamente pelo jogo completo!
Pois é né, pessoal. Isso sim que é um exemplo de que, quando os criadores dão suporte para grupos de fan-translation, tudo fica melhor para os dois lados. Disponibilizando a demo em inglês, você multiplica o efeito que a demo teria no público ocidental, e consequentemente, aumenta as vendas para a empresa, além de dar uma boa reputação para ela. Ao invés de chamar a gente de ladrão por apenas baixar os seus jogos (sim, a gente tem essa reputação no Japão, e isso inclui EUA também) e eliminar grupos de tradução um por um (eu olho para você, Minori!) só porque "um jogo japonês é feito só para japoneses". Que tipo de lógica é essa? Além de perder potenciais compradores e fãs no ocidente, reforça mais ainda a pirataria nesses títulos. Afinal, muitas empresas já lidaram (e inclusive lucraram) com a pirataria (como a Microsoft) de um jeito bem mais eficaz do que outras (Sony).
Achei legal a notícia exatamente por causa disso. Algumas empresas estão abrindo suas portas para o mercado ocidental, lançando títulos mais baratos e totalmente em inglês, e ficando mais ricas com isso. Overdrive e Circus têm parceria com a MangaGamer, enquanto a Nitroplus e a Peach Princess têm parceria com a Jast USA, e só nesse ano ambas as empresas anuciaram uma batelada de jogos que serão lançados ainda neste ano, o que quer dizer que os negócios estão fervendo. Enquanto isso, Minori apenas engatinha com a "parceria" (entre aspas mesmo, pois isso foi depois de muita briga) com a MangaGamer e a No Name Losers e a Key continua sendo... indiferente... o que ainda é ruim pros fãs, que têm que gastar mais de 100 dólares num jogo deles em inglês... e sério, querer 1 milhão de dólares pra licensiar Clannad em inglês? Tá locona?
...
Enfim, logo mais atualizarei o post e trarei mais notícias ainda no blog. Fiquem ligados!
Out.
Mais um post, e mais uma batelada de jogos novos que vieram e virão nas próximas semanas. Vamos ver o que este mês reserva para nós de bom:
Higanbana no Saku Yoru Ni
Aí você se pergunta "Mas Out, esse jogo já lançou!". De fato, o jogo já lançou, mas fomos abençoados com uma demo de tradução pela Spider Lily Translation no dia 2 desse mês. O patch por enquanto só se trata da "Primeira Noite" do jogo, na qual é subdividida em vários capítulos, e é claro, o jogo não termina aí, e o pessoal da equipe de tradução deles estão dando duro pra fazer um patch foda do resto do jogo.
O jogo é do estilo "Terror/suspense pesado", como típico dos jogos da 07th Expansion, semelhante a Higurashi e Umineko. Como sei pouco do jogo, não me arriscarei a falar, mas o blog que mencionei dá uma boa sinopse na história.
Ainda não há data de previsão para o lançamento do patch completo.
Dengeki Stryker
...Nem preciso dizer que é um dos jogos que mais espero neste mês, né. Por quê? *Simplesmente* porque é um jogo da Overdrive, dos criadores de Kira*Kira, Deardrops e Edelweiss..foda foda, ou precisa dizer mais? Ah sim, e é da tradução para inglês pela MangaGamer que estou me referindo.
(Ah, se eu tivesse um cartão de crédito internacional....tá na hora de persuadir os meus pais xD)
A história do jogo se trata de um adolescente que tem sempre quis fazer justiça com as próprias mãos, defendendo sua amiga de infância do pessoal que atormenta a vida dela, mas acaba falhando todas as vezes. Um dia, você se encontra com um velho, e ele lhe garantirá qualquer desejo em troca das suas memórias. Então, Yamato, o personagem principal, escolhe se torna um Stryker, um herói de um mangá que ele adorava. E assim, começa uma nova história na cidade onde Yamato mora, e cabe a ele defende-la, tanto a cidade quanto a sua amiga de infância, dos perigos que esse desejo proporcionou.
É bem roteiro de anime shounen, mas não tô nem ligando. Se a MangaGamer aceitasse pagar por boleto, já tinha encomendado a minha cópia xD
Data de lançamento: 25/06/2012 (PC)
Robotics;Notes
Também nem preciso falar muita coisa. Se você acompanha meu blog, já deve ter visto uns 3 posts só falando de Robotics;Notes. Se você não acompanha, este jogo é mais um jogo da parceria 5pb com a Nitroplus, a mesma parceria que nos trouxe Chaos;Head e Steins;Gate.
A história se passa em uma escola na Ilha Tanegashima, onde um clube de robótica está prestes a ser desfeito. Os únicos membros do grupo eram Yashio Kaito (o personagem principal do jogo, que você controla), um estudante que perdeu interesse em luta de robôs, e Senomiya Akiho, que tem o sonho de construir um robô gigante. Para evitar que o clube se desfaça por completo, eles resolveram ir para Tóquio participar de um torneio de luta de robôs, esperando que o clube deles ganhe mais notoriedade, membros e dinheiro para se sustentar. Além disso, Kaito um dia recebe uma anotação misteriosa em que "informações eletrônicas serão mostradas como vídeos reais e fotos sintéticas", o que terá ligação copm o torneio em que ele irá participar, e até mesmo, pode envolver o resto do mundo em uma conspiração.
"Sekai wo sukuu no wa hiiroo janai __ OTAKU DA!"
"Aqueles que salvarão o mundo não são heróis __ SÃO OTAKUS!"
^
E também conta com a melhor frase de efeito possível para uma visual novel!
Data de lançamento: 28/06/2012 (PS3 e Xbox360)
Record of Agarest War 2
Pra quem acompanhou a discussão na vndb umas semanas atrás, o jogo pode não ser uma verdadeira visual novel em seus devidos aspectos, mas é um baita de um RPG e tem uma história bem marcante.
Neste jogo, a história se passa após os eventos do primeito jogo. Um dia, uma estranha luz recobriu todo o mundo, sendo tratada como uma maldição da fúria dos deuses. Enquanto isso, o continente central permanecia em silêncio, espalhando demônios para todas as outras regiões como pragas, matando uma grande parte da população. Este evento, chamado de "Dia da Luz", teve poucos sobreviventes, e um deles é o personagem principal da história, Weiss, que perdeu toda a memória sobre quem era, ou como ele havai sobrevivido. Um certo dia, ele se encontra com Eva (ela mesmo, do primeiro jogo), uma mulher misteriosa que revelou que ele cometeu o crime gravíssimo de deicídio, que era o ato de matar um Deus. Para pagar pelo seus pecados, ele receberá os poderes do Deus que ele havia matado, mas com a incumbência de ressucitar todos aqueles que ele havia matado no passado.
O jogo é bem promissor, e como eu gostei bastante do primeiro jogo, estarei esperando por esse jogo...isso é, se eu tivesse um PS3... T^T
Data de lançamento: 26 de Junho de 2012 (PS3)
Mais jogos para ficar de olho são:
- Fotissimo EXS//Akkord: nächsten Phase > 29/06
- Phantom Breaker (Versão em inglês) > 12/06
- D.C 10th Anniversary Pack ~D.C. II P.C. & To You~ > 28/06
Bom,
nossa série de posts de “Um pouco sobre Visual Novels” acabou, mas como
presente, eu vou postar títulos recentes e populares das grandes empresas de VN,
bem como os que estão por vir e que são bem promisores (em ordem alfabética de
empresas ainda!).
Lembrando
que, em sua grande maioria, esses títulos tiveram sucesso tremendo no Japão,
pelo seus respectivos e variados motivos, mas que infelizmente, seria muito
trabalhoso para explicitar o tamanho sucesso de cada título. Uma coisa é certa:
qualquer uma dessas VNs têm os mais altos padrões de qualidade atual, então,
pegue qual você tiver vontade, você não se arrependerá.
*** 07th Expansion:
-
Umineko no Naku Koro ni
-
Higanbana no Saku Yoru ni
-* Rose Guns Days
***5pb.
- - 11eyes:
Tsumi to Batsu to Aganai no Shoujo
- - Corpse
Party
** Aksys
- - Zero Escape: Virtue’s Last Reward (tradução em
inglês prevista para esse ano)
***
Circus
- - Valkyrie
Complex
- - Fortissimo//Akkord:
Bsusvier
***Key
- Little Busters!
- Kud Wafter
- Rewrite
-*
Angel Beats (sem previsão de lançamento)
***KeroQ
-Tsui no Sora
- Subarashiki Hibi ~Furenzoku Sonzai~
***Leaf
-
Tenshi no Inai 12-gatsu
-*
Tears to Tiara 2 (sem previsão de lançamento)
-*
Utawarerumono 2(sem previsão de lançamento)
***Makura
-
Ikinari Anata ni Koishiteiru
***Minori
- Ef – A Fairy Tale of the Two
- Eden – They Were Only Two, On the
Planet
***Navel
- Soul Link
- Ore Tachi ni Tsubasa wa Nai
***Nitroplus
-
SoniComi
-
Steins;Gate
- Robotics;Notes (parceria com 5pb.)
***Overdrive
- Deardrops
-
Dengeki Stryker
- Go! Go! Nippon! ~My First Trip to
Japan~ -* Chou Dengeki Stryker
É
isso aí pessoal, mais uma parte da minha primeira série de posts
Recapitulando,
vimos que o final dos anos 90 tiveram várias grandes visual novels, bem maiores
e mais complexas que as anteriores, e além disso, falamos sobre o surgimento da Key e de sua
primeira obra-prima, Kanon, aclamado por muitos a melhor VN da década e padrão
para VNs futuras.
Bem,
vamos lá. As VNs dos anos 2000, em sua maioria, seguiram ritmo dos títulos que
tiveram destaque da segunda metade da década de 90. Via de regra, as VNs que se baseam em
histórias de romance seguiam o mesmo estilo de One, Tokimeki Memorial e Kanon,
VNs que se baseavam mais em conteúdo erótico se baseavam em X Change e True
Love, e VNs que se baseavam em histórias mais dramáticas se baseavam em
Critical Point e Moon..
Claro,
como nessa época vai surgir o PS2, as mídias em DVD, mesmo no começo sendo
relativamente caras, proporcianavam bem mais espaço do que o CD, podendo fazer
jogos em resoluções maiores e ainda mais complexos nos quesitos gráficos e
sonoro. Como o Play2 vai receber muito mais popularidade no Japão do que os
concorrentes Gamecube e Xbox, a produção de VNs serão focadas mais no PC e
Play2, devido a suas facilidades de programação e maior popularidade. Esse
cenário só mudará na segunda metade dos anos 2000, assunto do próximo post.
Grandes
visual novels do ano 2000 foram Never 7 – the end of infinity, Bible Black (extenso
repertório ecchi e mais de 10 endings possíveis) e Air (da Key, que permaneceu
no ranking entre as VNs mais vendidas no Japão por um bom tempo), e um joguinho
sem-vergonha, no sentido de que simplesmente “surgiu” no cenário de VNs, sem
nenhuma história emocionante como o da Key: Tsukihime, da produtora Type-Moon.
Sério
mesmo, a Type-Moon surgiu do nada absoluto, e logo o seu primeiro título foi um
sucesso arrasador. O máximo que consegui descobrir é que Type-Moon foi fundada
por Takashi Takeuchi e Kinoko Nasu. Nasu era escritor e tinha escrito alguns
livros, como Angel Notes e Koori no Hana (Flores de Gelo, em português), e como
livro mais famoso, Kara no Kyoukai (do japonês, Limites do Vazio, mas quando o
título foi “importado” para inglês ficou como “Garden of Sinners”, ou Jardim
dos Pecadores. Nas próximas partes, estarei falando mais do nonsense entre
títulos em japonês e como eles são traduzidos em versões americanas). Takashi,
por sua vez, nunca publicou nada antes, mas era um exímio desenhista, e grande
amigo de Nasu. Um belo dia, ambos decidiram se juntar e formar uma empresa
doujin (que são empresas independentes, geralmente pequenas, que fazem jogos
mais por diversão mesmo. É parecido com empresas Indie agora, mas sem visar
lucro com os jogos) e pronto, fundou-se a Type-Moon. Simples assim.
Entretanto,
seu primeiro jogo, como digitei a pouco, foi um sucesso instantãneo, gerando
milhares de fãs na hora, e que hoje conta com um fandom (comunidade feita por
fãs para aprofundar sobre determinado tópico, dar sugestões, especulações,
promover trabalhos da empresa, enfim) de milhões de pessoas por todo o planeta.
Tsukihime ficou extremamente famosa devido aos belos traços das personagens e a
história expansível do jogo, mas que ao mesmo tempo é de fácil entendimento,
muito envolvente e longa também. O jogo teve uma enorme recepção, uma das
maiores vistas em todas as VNs antes dela, gerando futuramente séries de anime,
mangás, toneladas de produtos relacionados à série, e atualmente, um remake
promisor da VN sendo feita pela Type-Moon, porém sem data de previsão para
lançamento até agora.
Avançando
um pouco mais nos anos, visual novels de grande destaque foram Brave Soul
(Crowd, novamente, com um grande RPG, tanto na estrutura quanto na duração), Kagetsu
Touya (da Type-Moon, tratado como um “after story” do final bom de Tsukihime), Crescendo: Eien Dato Omotte Ita Ano Koro (da Digital Object, mesma produtora de Kana:
Little Sister, notável por não usar trilha sonora própria, mas sim, em sua
maioria, peças de Yoshio Tsuru e Scott Joplin), Gyakuten Saiban (da Capcom. É a
franquia Phoenix Wright, em inglês, respeitada pela sua originalidade e humor
único), Kazoku Keikaku (contando com cenários do mesmo autor de Kana: Little
Sister, e dos mesmos publicadores de Kanon), Natsu no Hi no Resonance, Ever 17
– The Out of Infinity (esse mereçe um post praticamente só pra esse jogo),
Galaxy Angel e Melty Blood (jogo de luta com elementos de visual novel
desenvolvido pela Type-Moon)
Calma. Respire fundo agora, porque ainda temos muito chão para cobrir. Eu não me
esqueci de outras VNs super famosas, mas quero dar um plano de fundo antes de
introduzí-las:
Vamos começar pela empresa Circus. Apesar de sua história ser desconhecida, ela foi
fundada em 2000, que, em apenas um ano, lançou três visual novels: Aries,
Yaminabe Aries e Infantaria, entretanto, nenhum obteve notáveis níveis de
vendas. Em 2001, Circus lançou seu primeiro “hit” de vendas, Suika, produzida
pelo próprio presidente da Circus e com a ajuda de seus empregados. A história
de Suika basicamente conta 4 histórias diferentes com 3 personagens, em uma
mesma cidade, que mais tarde se desenvolve em histórias de amor entre o
personagem principal de cada capítulo com as heroínas que ele se relaciona. O
próximo lançamento da Circus foi Archimedes no Wasurerumono, que basicamente
era um fandisc continha omakes (conteúdo extra) dos títulos anteriores da
Circus e uma prévia (não é demo, é prévia mesmo) do que viria a ser o próximo
jogo deles, Da Capo.
Agora vamos falar só de Da Capo, porque Da Capo é foda, mas isso não é opinião minha,
mas de milhões de pessoas no mundo inteiro. Bem, Da Capo foi “mais uma” visual
novel da Circus, feita basicamente pelo mesmo time que fez Suika, no maior
estilo “Ei, se fizemos um jogo bom como Suika, vamos nos reunir de novo e fazer
outro jogo foda!”. Claro, não foi exatamente assim que foi a idéia para Da
Capo, mas de qualquer forma, as mesmas pessoas que fizeram Suika fizeram Da
Capo, e o jogo, que utiliza toques sutis de magia e mistério com a história de
um adolescente no ensino médio na Ilha Hatsune, foi um sucesso tremendo, mas
tremendo mesmo, a ponto de se tornar um clássico em visual novels na hora.
Fora
isso, Da Capo virou uma franquia que, além de duas sequências diretas e
inúmeros ports, spin-offs, fandiscs, side-stories e tantos outros jogos
aleatórios à série que nem caberia aqui, ganhou 4 séries de anime (2 para o
primeiro jogo e 2 para Da Capo II, além dos OVAs), 21 novels (livros, com ou
sem desenhos no meio do livro), 11 drama CDs, 5 volumes de mangá, 138 programas
de rádio (radio shows), e mais uma renca de CDs de trilha sonora. Ah, e como se
não bastasse, a Circus anunciou neste ano que vai relançar Da Capo original em
Blu-Ray. Ufa...e tudo isso sem contar o merchandising associado à franquia.
Agora,
a empresa Minori. Talvez uma das empresas de VN mais fdp do universo dos
translators de VN, surgiu em 2001, e seus primeiros jogos foram Bittersweet
Fools e Wind – A Breath of Heart, sendo o último bem recebido no Japão, o
suficiente para gerar uma série de anime e 4 OVAs. Até aí, beleza, uma empresa
como outra qualquer, que conseguiu um título de sucesso razoável....mas por que
tão odiada? Isso, meu(minha) caro(a), é assunto para outro dia.
Lembra
da Leaf? Citamos alguns jogos dela nas ultimas duas postagens, mais nem toquei
nos detalhes mais importantes. Lembra da Tactics, a empresa que pouco depois se
tornou a Key? Então, Leaf é a principal concorrente dos membros da Key, mesmo
tendo surgido 2 anos antes da Tactics. Com o lançamento de Kanon e Air, a Leaf
ficou enfurecida por ter sido fundada antes e estar tendo níveis de venda
piores que os títulos da Key (pra se ter uma idéia, Leaf lançou 6 jogos desde
ToHeart, e mesmo assim, nenhum título teve recepção agradável no mercado), e
assim, eles precisavam fazer um jogo para alavancar suas vendas. Foi com esse
pensamento que eles lançaram Utawarerumono, um jogo que misturava RPG com
visual novel, no maior estilo Final Fantasy Tactics, mas com mais ênfase nos
elementos de VN, mas que em todo caso, dava mais liberdade e opções ao jogador,
ficando nos rankings dentre os jogos mais vendidos por meses.
A Nitroplus (ou Nitro+) surgiu em 2000 e já estreou no
mercado de VN bem com o jogo Phantom of Inferno, por conter uma história bem
misteriosa e dramática com um tom bem realista, contendo muitas imagens únicas,
ao invés de figuras de personagens que se reciclam rapidamente. Nitroplus,
aproveitando o gás, lançou mais um jogo, com pouco sucesso, mas que depois se
redimiu com Kikokugai – The Cyber Slayer, nos mesmos moldes de Phantom of
Inferno, mas mais futurista e com foco maior sobre Kung Fu.
A última empresa que falarei agora é a 07th Expansion. Mesmo
até hoje ela só tendo lançado 3 franquias, a 07th Expansion começou
extremamente bem o seu trabalho. Ela se formou como uma empresa doujin em 2002
e contava com incríveis 3 membros (um morto já), mas que mesmo assim, fizeram
igual Type-Moon: lançaram um jogo incrivelmente foda e que explodiu no mercado:
Higurashi no Naku Koro Ni (ou no inglês, “Higurashi When They Cry”), uma VN de
suspense e mistério extremo que “bota os marmanjos pra tremer na base”, de tão
densa e tensa que era a história em si, consolidando o título, que alcançou
níveis tão altos de vendas quanto Tsukihime, como um clássico e exemplo de VN
do gênero, gerando 2 temporadas de anime, uma série de mangá com 38 volumes
(publicados pela Square Enix), uma light novel de 4 volumes, uma novel de 17
volumes e 9 OVAs
CURIOSIDADE: Higurashi no Naku Koro Ni possui um live-action
(filme baseado em algum jogo/anime, interpretado por pessoas reais) de 2009
também, baseado no primeiro arco do anime (Onikakushi-hen).
É interessante de se assistir.
Nossa, quebrei meu recorde em escrever...espero que não tenha ficado muito cansativo para vocês lerem, e assim, a parte 4 da série de posts fica por aqui. Pelo menos o pior já
passou...
Na parte 5, falaremos de mais títulos de VNs a partir de 2003, mais títulos famosos e extremamente
famosos, e algumas empresas notáveis que surgirão nesses anos. Se sobrar
espaço, chegaremos na época “foda” de VNs, e vocês saberão porquê.