terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Análise de Anime [14] - Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu



Aproveitaram o natal, pessoal? Bom, meu natal foi tão medíocre que decidi maratonar um anime que me fisgou lindamente e que fez bastante sucesso esse ano: Re:Zero Kara Hajimeru Isekai Seikatsu! (Não, nem estou sendo sarcástico, realmente aconteceu isso).

Mas, afinal, por que analisar um anime desses sendo que o mesmo já acabou faz tanto tempo e o hype já caiu perto de como estavam as redes sociais uns meses atrás? Bom, o hype só baixou, mas com a Visual Novel da série lançando em menos de três meses, achei que valeria a pena dar minha opinião sobre a série, certo? ERRADO!

Na verdade, o que seria simplesmente uma noite (quase) qualquer em que eu estaria passando o tempo e as angústias da minha vida, Re:Zero apareceu no momento certo, em que me identifiquei terrivelmente com Subaru. Durante a história, identifiquei várias decisões na minha vida como as que Subaru toma no decorrer da série, o que me baqueou mais que o normal e me fez abrir os olhos para coisas que não reparava antes. Como ele se depende excessivamente do fato de estar vivo, do fato de ter momentos em que acha que desistir de tudo é o caminho mais fácil, de querer ajudar a todos mas cujo caminho é extremamente sinuoso, como algumas boas ações acabam sendo pretexto para arrogância e como certas coisas na vida parecem ser impossíveis de solucionar ou de reconciliar.

Re:Zero se provou um anime que quebra inúmeros paradigmas e dogmas de animes atuais, evoluindo desde um Mondaiji-tachi/KonoSuba bobinho e cheio de alívio cômico para uma mistura sinistra de Log Horizon e Game of Thrones com uns momentos de battle-shounen. Fora as inúmeras dicas de vida e lições de moral dadas como nenhum outro anime que eu já assisti.

Vamos começar essa análise logo para você ver onde eu quero chegar!
História

<--- ouça enquanto lê a análise!

O anime retrata a nova vida de Natsuki Subaru, um adolescente otakão-gamer que para, literalmente do nada, num mundo diferente que o real, parecido com o de um MMORPG. Mas sem a fase de tutorial para ensinar como as coisas funcionam, basicamente.

Diante de um mundo totalmente estranho, com línguas, termos, política e crenças totalmente diferentes do mundo dele, Subaru acaba esbarrando na heroína principal, Emilia, que acaba se tornando um anjo da salvação para Subaru, que por sua vez decide se aproximar dela para compreender melhor do mundo.

Claro, as coisas não são tão fáceis assim, uma vez que Emilia também é uma das candidatas a suceder o trono do reino em que ela vive, e como tal, é alvo de inúmeras ameaças e ataques, tanto internas como bestas demoníacas e cultos ultraradicais (imagine o Talibã) até outras nações que também desejam o trono.

Não pense você que com isso Subaru acaba aprendendo a ser um formidável cavaleiro ou um temeroso usuário de espíritos celestiais ou magias incrivelmente destruidoras. Na-na-ni-na-não! Subaru, tendo praticamente só força (de vontade) para combater tudo isso, ele apenas conta com uma habilidade misteriosa de, quando ele morre, voltar algumas horas ou dias com as lembranças de sua vida passada, ainda que os demais personagens não tenham essas memórias, quanto menos não podem saber dessa habilidade. Subaru então decide usar isso para planejar suas ações de forma a salvar todos que ele conhece e acaba por amar no decorrer do anime.

Eu gosto de considerar este anime dividido em duas "partes": a introdução, em que Subaru aprende o básico de como funciona o mundo e deve ganhar confiança dos personagens que vivem na mansão de Emilia, e a parte da eleição real. A primeira parte é fantasticamente bem escrita, com uma mistura bem bolada de momentos alegres e piadinhas internas e momentos ferradamente tristes que vai fazer você molhar os cantos dos olhos. Já a segunda parte tem um foco bem mais diferente, que será detalhado mais pra frente, mas que tem um ar bem mais áustero e muitas lições de vida sobre como sobreviver e lidar com outras pessoas fora do âmbito da mansão de Emilia. Ambas as partes vão comover o espectador, mesmo que de formas diferentes e provando para si mesmo que cada "reset" na vida de Subaru conta.

Animação e Trilha Sonora



A animação é do estúdio White Fox, notoriamente conhecido pelas animações de Steins;Gate, Akage ga Kill e Gochuumon wa Usagi Desu Ka. Daí você fica perdidão se o anime vai ter toque moe-moe igual muitos dos animes atuais ou se vai ter o toque frio e gelado de sangue espalhado por toda parte. É, vai ter bem mais do segundo, viu?

O começo do anime tem animação bem clara, trabalhando bastante com o uso de efeito fog (neblina/fumaça) e contraste de luz e menos com detalhes excessivos e fluidez de movimentos. Não me entenda mal, a animação é muito agradável aos olhos, dando realmente a impressão de estar em um mundo mágico, ainda que perigoso.

Ainda há o uso de modelos 3D um tanto fora de lugar em alguns episódios, seja para retratar NPCs, os dragões-de-terra que servem como cavalos em carruagens, até criaturas mágicas únicas do universo. São modelos bonitos, ainda que com pouca consistência de quando e onde aparecem. Fora isso, tem os efeitos visuais de magias, que pra mim estão no top da categoria, uma vez que as cores usadas dão noção de super poder e da origem de seu elemento de forma clara e sem espaço para dúvidas.

A trilha sonora me surpreendeu. O que no começo parece ser uma trilha sonora abafada pelos diálogos e cenas de ação acaba tomando o protagonismo, ditando quase que com exatidão majestosa o ritmo das ações, pensamentos dos personagens e transmitindo os sentimentos certos nas hroas certas. Desde as vozes perturbadoras quando Subaru revive até a frenética batalha dos últimos 5 episódios, dos momentos desesperadores e nulos de esperança até a calmaria depois da tempestade, são incrivelmente bem orquestrados, indo dos típicos instrumentos de corda acompanhados de piano até a batida frenética da percussão com gritos de guerra.

Não muito longe, também estão os efeitos sonoros, geralmente medianos para animes desta categoria, mas que aqui ressaltam ainda mais o grau de ralismo do universo. É perceptível o som ameaçador das magias, o barulho sutil de armas e armaduras, e até mesmo os "sound cues" de momentos-chave na série, como o efeito sonoro de quando Subaru percebe a dor intensa de ser apunhalado, de perder uma perna ou braço, ou mesmo quando ele sente o toque macabro da Bruxa. Tudo isso ajuda na imersão com o anime, e muito.

Opinião (parte 1)

Verdade seja dita, Re:Zero é um anime peculiar, se é que você já não percebeu isso com o que eu escrevi até agora. A começar pelas fases de evolução de Subaru, que vai desde o brincalhão estereótipo, até o desesperado, até o covarde, até o melancólico, até o estado letárgico similar ao de um zumbi, até o determinado e estratégico.

Não, não se trata de bi- ou tri- ou multipolaridade do protagonista, mas sim de todas as mudanças de caráter que ele passa conforme ele vai aprendendo mais do mundo em que ele vive, mesmo que através da morte. E é nesse ponto que eu peço que você preste bastante atenção quando for ver o anime, pois, por incrível que pareça, a história de Re:Zero é simplesmente um pretexto para as lições de vida que o mesmo quer passar e que muita gente que faz análise deste anime acaba perdendo de vista ou tratando como secundário.


Antes de mais nada, Re:Zero tem como foco, especialmente na sua primeira metade, a fragilidade da vida diante de tantos perigos. Isso vai além dos perigos óbvios de alguém que vai contra seus ideais, mas dos perigos conotativos como desconfiança, instinto, insanidade e medo. Medo, aqui, também é uma palavra-chave, pois ele mostra que, não só Subaru tem medo de sentir a dor de morrer, como também tem medo de ver as outras pessoas que ele ama passarem pela mesma dor.
A primeira parte do anime faz um trabalho primoroso ao tentar passar todos esses sentimentos ao espectador. Ao invés de simplesmente ter um protagonista fodalhão, que sabe de todas as respostas ou que tem algum poder que quebra as regras do próprio universo, temos alguém que tem ZERO de aptidão física e mental para tratar dos perigos, exceto pela sua vontade de proteger e ajudar as pessoas como todo bom herói de contos de fantasia.
E como ele faz isso, então? Ajudando as outras pessoas do jeito que ele pode. Seja por tarefas simples, por palavras de conforto, por atitudes drásticas, por sacrifício, por abnegação, por negociação, ou até mesmo por informação e planejamento com base nas outras vidas de Subaru. Assim como na vida real, Re:Zero reforça muito o conceito de que "você colhe o que você planta", onde pessoas que você ajuda acabam pro lhe ajudar futuramente e fazer com que outras pessoas percebam que você é uma pessoa de bem.

Ainda assim, nem tudo dá para resolver apenas na vontade, uma vez que esta vontade excessiva é a porta de entrada para sentimentos horríveis como egoísmo e cinismo. Subaru é consumido por esses sentimentos diversas vezes durante o anime, o que destrói sua autoestima e felicidade para dar espaço ao Subaru "bostão": covarde, sem confiança em si mesmo e drenando a força de vontade contra o Destino que o atormenta e o faz sofrer continuamente. Muita gente não gosta desse Subaru, mas para quem realmente focar no anime, vai ver que há muitas bases para Subaru tomar essa postura. A covardia vem do sentimento de culpa das mortes das personagens quando sua decisão não é a das melhores, muitas vezes por falta de planejamento e consideração com como outras personagens pensam. A falta de confiança vem da impotência de seus atos em mudar o destino dos personagens. O sentimento de querer desistir vem de ser o caminho mais fácil para evitar tanto sofrimento para ele e para as outras personagens. O egoísmo acaba surgindo do desespero de querer ajudar de forma rápida e direta, ainda que sem motivos convincentes (isso *quando* Subaru dá motivos nessas ocasiões).

Todos esses fatores, aliados com a incosciência dos demais personagens por não saberem das diversas linhas do tempo que Subaru passou e que o deixa mais confuso sobre o que fazer e o que as pessoas sabem ou contaram para ele até então, se torna insuportável para Subaru. Imagina como você se sentiria ao lembrar constantemente de todas as vezes que morreu ou que viu outra pessoa que ama morrer? Da dor sentida de cada uma delas? Dos traumas? Da desconfiança? Do medo? Não seria bem mais fácil desistir de tudo e voltar à estaca zero? Como você agiria para combater essa complacência?

Bom, não tem como. Não por si só, pelo menos. Re:Zero também bate muito na tecla da importância da amizade nesses momentos, pois são eles os únicos que conseguem livrar a pessoa deste triste loop, são eles os únicos que conseguem dar razão para a pessoa viver, para seguir em frente, para esquecer o sofrimento e ser racional diante da concretude dos problemas. Mais um ponto-chave aqui é a palavra objetivo, visto que, sem um objetivo de vida fixo e específico, mas há como se motivar para seguí-lo. Não basta um sentimento vago como "querer proteger" ou "querer ajudar", tudo deve ter um motivo. Por mais difícil que pareça alcançá-lo, mudar seus objetivos de uma hora para outra não é o melhor plano de ação, uma vez que é o mesmo que desistir.

Entendeu onde quero chegar? Então, isso praticamente resume a parte 1. Vou continuar a parte 2 na próxima seção, então se estiver cansado, dê uma pausa na leitura e vai tomar uma água. Eu espero.

Opinião (parte 2) e Nota Final


A parte 2 do anime continua nas mesmas bases de sentimento da parte 1, pelo menos na sua primeira metade. Ainda que Subaru, no começo da parte 2 do anime, estava desesperado por querer ajudar Emilia nos seus assuntos políticos, seus sentimentos acabaram por fazê-lo se tornar obcecado em querer ajudar Emilia, quase que a qualquer custo, o que lhe rendeu uma imagem não muito respeitosa perante outros personagens-chave a partir de então. Isso o envolve numa briga entre Subaru e Emilia, que por fim a magoa profundamente, e com razão.

Eu vou dividir esse novo arco do anime em duas fases, então pro favor aguente sua leitura para entender o porquê disso. Na primeira "fase", Subaru tenta ser uma pessoa melhor para se redimir de Emilia, enquanto conta com o suporte de Rem (a maid de cabelo azul cuja maioria dos fãs sequer assistiram o anime) durante sua jornada. Preciso acrescentar o fato que Subaru, ainda na primeira metade do anime, praticamente salvou Rem de seu maior trauma e deu motivo para a existência dela ao invés de ser um mero NPC que ela parecia nesses episódios. Ok até aqui? Beleza.

Rem é imensamente grata por Subaru e se sente na obrigação de ajudar Subaru nas suas aspirações. Subaru, no entanto, acaba por envolver Rem demais nessa necessidade de querer salvar Emilia e isso culmina em Rem ir sozinha para a mansão de Emilia (por conta própria) para combater o Culto da Bruxa, cujo objetivo é capturar Emilia para servir como um recipiente para ressucitar a Bruxa, que é tipo o mal supremo do universo. Ok até aqui? Beleza.

Os acontecimentos fazem sentido no momento em que são contados, além da nitidez da dor e sofrimento de Subaru ser tão visível quanto na primeira parte do anime. Infelizmente, o que deixa de fazer sentido é o foco excessivo dado para o relacionamento entre Subaru e Rem, algo que se alastra por uns 6 episódios, até culminar no famoso vídeo de confissão mais triste feito em animes até hoje (acredite, foi um episódio INTEIRO só de conversa entre Subaru e Rem. Eu. Não. Estou. Exagerando.). Dá para entender que isso tudo faz parte do acúmulo de informações que Subaru teve que fazer para tentar solucionar o cenário em que estava, mas eu, sinceramente, achei forçado. Até porque Rem teve zero de foco durante a primeira parte do anime, juro que se não fosse por trocentos spoilers que eu tomei no Facebook durante a exibição desse anime, eu teria quase certeza que Rem seria só um NPC pelo que é mostrado dela até o episódio 7-8.

Isso pode parecer ódio meu contra a personagem, mas não é. Rem tem seus atributos únicos comparado com outras personagens, teve uma história de seu passado bem triste e tem uns momentos que o coração bate mais forte pra ela (além dela ser boa de briga). O que foi um ponto a desejar foi a falta de desenvolvimento de outros personagens como a irmã-gêmea Ram, Beatrice, Puck, Reinhard, Felis, da Caçadora de Tripas e as demais candidatas à eleição real, bem como as coisas que deixaram "no vácuo" mesmo após o tease inicial, como o motivo do Roswal querer ser assistente na eleição de Emilia, como Puck formou seu contrato com Emilia, como a Bruxa colocou a habilidade em Subaru (e se tem como tirar), se tem algum jeito de Subaru voltar para o mundo real, por que Subaru é mencionado como Pride (Orgulho) diante dos Arcebispos dos Pecados... isso só pra falar de alguns pontos.

Apesar da primeira fase dessa parte do anime estar recheado de momentos que apertam o coração e enfatizam tudo que a primeira parte já fez, sinto que o potencial de desenvolver os personagens foi desperdiçado (a menos que estejam guardando material pra uma segunda temporada, né). E com a resolução de Subaru no final dessa fase, o anime caminha para a última fase do último arco, onde O NEGÓCIO VIRA OUTRO ANIME!!!

Foi uma guinada tão grande no anime que eu fiquei genuinamente de queixo aberto enquanto assistia. E não foi por decepção, não! EU ADOREI!! O que antes tinha um foco incrivelmente emocional nesses valores que comentei na seção anterior, o anime fica extremamente sério. Os momentos que você dá risada, as piadinhas e o que marcava Subaru como protagonista na primeira parte do anime SOMEM. Subaru agora é uma pessoa incrivelmente cautelosa e calculista, que sabe negociar, que sabe ligar os pontos, que sabe o que quer da vida, que sabe usar seus conhecimentos e que não se deixa abalar com obstáculos.

Muitos falam que isso é falta de consistência. Eu digo que foi um recurso que deixou o anime ainda mais autêntico e original! E, se for analisar no pau da goiaba, faz sentido sim uma vez que todas as ações que Subaru toma a partir de então foi baseado nas informações que ele obteve em suas vidas passadas, aliada à cautela de não falar bobeira na linha do tempo atual. De fato, concordo que teve elementos dessa parte do anime que pareciam fora de lugar, quase virando um Fate/Zero da vida com uma pitada de shounen, mas não vou mentir, foi bem satisfatório como as coisas progrediram. Também porque você vai desenvolver uma raiva quase que sem limites pelo Betelgeuse (que seria o vilão principal dessa parte) e cujo final dá aquele gostinho de "isso foi por tudo que passei!", extremamente gratificante, recompensador e, realmente, fazendo todo o sofrimento do Subaru durante a série valer a pena para chegar neste momento... por mais que tenha um pouco de protagonismo no último episódio e que, na boa, foi totalmente desnecessário.

Pois bem, acabei meu vocabulário, vamos logo acabar com a análise!

 Pontos Fortes 
      *Imersão completa no universo do anime, principalmente nos primeiros episódios
      *A transmissão de sentimentos do protagonista ao espectador é sublime
      *Fantástico storytelling
      *É notório a evolução dos personagens conforme Subaru ganha sua reputação
      *Animação, trilha sonora e efeitos sonoros muito bem elaborados
      *Originalidade na abordagem de diversos dilemas
      *Final incrivelmente satisfatório

 - Pontos Fracos
      *Alguns momentos de protagonismo não se encaixam no contexto geral do anime
      *Pontos deixados sem muita explicação e/ou sem conclusão
      *Mudança de ritmo do anime nos últimos 7 episódios pode não agradar a todos
      *Foco excessivo em alguns personagens prejudicou a evolução de outros

Nota Final: 10/10



"BLASFÊMIA!! COMO UM ANIME PODE TIRAR 10 SE TEM ESSES DEFEITOS??"

Se você chegou até aqui e pensou isso ou algo parecido, ou você não leu a análise inteira, ou simplesmente não deu muita bola para o anime por se ater demasiadamente nestes defeitos e possivelmente outros aspectos técnicos. Realmente, se eu fosse analisar pura e simplesmente a execução do anime, ele não mereceria a perfeição... Mas também, por outro lado, perfeição é simplesmente um conceito vago e incompreensível que varia de pessoa para pessoa, além de ser facilmente exagerado.

Não entenda meu 10/10 como sinônimo de perfeição. Entenda-o como "um anime que potencialmente vai mudar sua vida". Se você só assistia anime para passar o tempo, esse anime vai fazer você mudar suas prioridades. Prioridades da vida, mesmo. Dar mais valor para as pessoas. Dar mais valor para amizades verdadeiras e diferenciá-las das superficiais. Saber quando se arriscar quando vale a pena. Ter um objetivo específico na vida. Ajudar o próximo sem esperar retorno. Saber perdoar erros dos outros. Saber admitir seus próprios erros. Saber agradar para então ser agradado. Saber que nada vem apenas com força de vontade. E saber que, na vida, precisamos de pessoas próximas e de sentimentos mútuos para nos fortalecer e transpor os inúmeros obstáculos da vida. Ah, e de viver a vida! Viver mesmo, porque existir todo mundo existe, mas viver tem um significado bem mais profundo.

Isso foi só algumas das lições que Re:Zero passou para mim enquanto eu assistia o anime, e com uma bagagem tão grande de lições de vida (e até autoajuda, pois muitas dessas lições foram trazidas de forma totalmente compatível com momentos da minha vida), sinto que seria injusto oferecer qualquer nota menor que 10 para este anime. Especialmente no momento que eu assisti. Recomendo que todos assistam, todos mesmo, sem exceção (exceto crianças, por motivos óbvios), mesmo para quem não gosta de ver violência ou sangue 2D, garanto que todas essas lições valem qualquer preconceito, estereótipo ou desgosto por anime que as pessoas possam ter.



... Ufa! Fiquei umas 3 horas direto escrevendo isso! Espero que tenham gostado!

No mais, muito obrigado por lerem minha análisem, boas festas e um excelente 2017 para todos vocês!!!

Out.

sábado, 22 de outubro de 2016

Análise [15] - Harmonia - Dentre as cores, a mais vibrante!

QUERO ANIME DISSO, JÁ!

É gente, vocês acharam que eu morri, mas não! Só demorei tempo demais para... ter tempo. Heheh.

Bom, se vocês já acompanharam o Facebook da Zero Force nas últimas semanas, sabem que eu adorei muito o jogo, tanto por meio de nossas postagens quanto pelas nossas streams dos primeiros capítulos do jogo. Mas, achei extremamente válido voltar o blog das cinzas para registrar minhas impressões sobre o título, tanto em nome da minha honra de leitor ávido de VNs como também uma homenagem para a Key e sua postura exemplar de lançar um jogo novo em Inglês antes do Japonês!

Então, sem mais delongas, vamos começar!

História e Rotas


O protagonista é bem misterioso. Ele simplesmente acorda do nada numa fábrica abandonada de robôs, ou melhor, de phiróides, termo próprio que o jogo usa para denominar robôs com aparência humana e que consegue replicar até os mesmos sentimentos dos humanos. Tudo que ele sabe é que ele tem uma mão mecânica e que o mundo está em um cenário pós-apocalíptico quase deserto devido à falta de recursos naturais como água e alimentos.

Ao tentar compreender mais do que aconteceu no mundo enquanto ele estava inconsciente, ele acaba por encontrar Shiona, uma bela (freira?) menina que o resgata e dá abrigo para ele numa das poucas vilas que ainda possuem comércio e uma modesta população. Lá, Shiona o apresenta a algumas pessoas do local e explica que as coisas estão pacatas no momento, e o protagonista, dali em diante denominado de Rei, tenta ser útil para aquelas pessoas de alguma forma.

No meio tempo, Rei acaba lembrando de sentimentos que não expressara antes devido ao seu longo tempo fora da realidade. Até sentimentos simples como alegria, tristeza e raiva, aos poucos, são desenvolvidos por Rei, que compreende mais e mais sobre como os habitantes da vila se comportam e como melhor ajudá-los.

A partir de então, a história fica "meio morna" até mais ou menos o capítulo 6 (de um total de 8). Esse tempo, claro, não é gasto em vão já que desenvolve os personagens e o universo da obra ao leitor, então se você gosta de conhecer e abraçar novos universos, vai ser um prato cheio, ainda que o jogo tenha apenas 8 horas de duração mais ou menos. Compensa aguentar até o final? Claro que sim! Só não se force a isso, não obrigo ninguém a fazer nada aqui!

Traços, Trilha Sonora e Animação

Os traços são já familiares para quem já jogou outros jogos da Key, já que são feitos pela Itaru Hinoue, mesma responsável pelo design dos personagens de Clannad, Air, Kanon, Little Busters (Komari e Kurugaya) e Rewrite. Uma pena ser o último jogo que ela vai trabalhar pela Key...


Dito isso, o traço dela é bem característico: grandes olhos, boca pequena, expressões bem vívidas, queixão (hu3) e algumas poses que desafiam a biologia anatômica humana aqui e ali. O visual é bem polido, muito bem trabalhado e acabado, incluindo alguns efeitos interessantes de overlay dinâmico, parecendo que cada sprite do jogo foi desenhado à mão em traços diagonais. As cores são bem vibrantes, o que vai ao encontro da personalidade da Shiona de associar sentimentos a cores primárias, então notam-se cores claras e nítidas no jogo inteiro.

Quanto à trilha sonora... rapaz, essa trilha sonora...!!! A dupla já é bem conhecida nos jogos mais novos da Key: Shinji Orito e Ryou Mizutsuki (Little Busters, Rewrite, e Ryou inclusive trabalhou em Narcissu, VN que já traduzimos!), então pode esperar instrumentos de corda e pianos cheíssimas de emoção, além das músicas de caixinhas de música que sempre me arrepiam só de ouvir. Todas as músicas são muito bem trabalhadas e se encaixam muito bem com as cenas e a atmosfera do jogo.

Animação aqui é praticamente inexistente (qual é, não é nenhum Nekopara da vida pra usar Live2D!), mas as transições e efeitos especiais são bem fluidas graças a Siglus Engine, a engine de VNs da Key pós-Little Busters que conta com interessantes recursos, apesar de não poderem ser explorados num jogo tão curto quanto Harmonia. As expressões das personagens são bem vívidas também, só de vez em quando aparecendo aquela expressão meio desengonçada (como algumas "caretas" dos personagens), mas que dá pra perdoar já que a Itaru Hinoue sempre inclui tais expressões em seus jogos.

Opinião


Se você já jogo *algum* jogo da Key nos últimos anos, sabe que se tratam de nakiges, ou seja, jogos feitos para você chorar. A fórmula é até simples: um começo simples, singelo como quem não quer nada, alguns momentos engraçados e de non-sense, até a história chegar no clímax-super-dramático-cheio-de-tristeza-e-lágrimasMANONÃODÁPRANÃOCHORAR!

O interessante de Harmonia é que, ao contrário de muitos dos jogos anteriores da Key, há poucos momentos em que você realmente vai dar risada. São tempos difíceis para o protagonista, que se esforça em uma jornada introspectiva para redescobrir seus sentimentos enquanto acaba desenvolvendo, aos poucos, um afeto pela Shiona. Sim, o romance aqui é bem tangível (não explícito, viu!) e se desenvolve de uma maneira que aquece o coração.

Sinceramente, achei que teve uma falta de contexto por volta do capítulo 5 no que se refere a isto. É uma cena que seria spoiler *bem pesado* do jogo e por isso não dizer especificamente qual é, mas digamos que é uma parte em que corta o coração e logo depois parece que nada aconteceu. No mínimo estranho, não? Harmonia durante a sua primeira metade é extremamente condizente com suas cenas e pelas ações do protagonista, mais da segunda metade do capítulo 5 em diante, parece que as coisas foram... apressadas demais.

Pode parecer impressão, mas ainda que a segunda metade do jogo tenha momentos inesquecíveis, tanto nas explicações de muitas coisas quanto nos feels passados nos diálogos e flashbacks, algumas partes pareceram acontecer sem muita explicação e sem muita lógica por trás. É bem difícil falar sem estragar a graça do jogo (porque você precisa jogar tendo o mínimo de informação possível do jogo para ter a melhor experiência), mas teve por diversas vezes que fiquei "poxa protagonista, não acredito que você fez isso" ou "cara, mal terminou uma cena triste e já vem outra!".

São meros detalhes diante de uma história meticulosamente construída nos primeiros capítulos, e realmente, depois de muita explicação no capítulo 7, deu pra ver que não foi um mero roteiro superficial para agradar só os fãs da Key que compram os jogos cegamente. A apresentação do jogo é esplêndida, no entanto o final... sei lá, pareceu a segunda metade do anime de Angel Beats tudo de novo (se é que você me entende)!

Para corrigir alguns desses erros, o jogo possui uma espécie de "epílogo", que eu considero como um final feliz para a obra e que realmente alivia muita aflição que eu senti na última meia hora anterior do jogo. Isso acabou dando um gostinho melhor na boca, ainda que com muita coisa sem explicação (até porque se fosse explicar, daria um outro jogo!) e, pra ser sincero, até me agradou mais do que a melancolia do final de Planetarian... e falando nele...


Veredito Final

Pontos Fortes 
      *Visual muito bem trabalhado, com uma paleta de cores agradável e detalhes bem feitos
      *A história é bem envolvente
      *A MÚSICA, CARA, A MÚSICA DESSE JOGO!!
      *Dublagem primorosa
      *Quantidade decente de CGs para uma kinetic novel
      *Tradução para o Inglês muito bem escrita, com mínimos erros
      *Plot twists mais marcantes são *bem* inesperados
      *Explicações do universo do jogo são satisfatórias, na maior parte

 - Pontos Fracos
      *Primeiros capítulos da história pode parecer lento demais até para uma VN
      *Função "skip" de texto só libera após completar o jogo
      *Protagonista toma posturas não muito coerentes com seu perfil ao longo do jogo
      *A sequência de cenas no final do jogo pareceu forçado, incluindo o "final bom" do jogo

Nota: 8,5/10

Opinião final: Se você já jogou Planetarian, seja pela nossa tradução ou pela versão da Steam em inglês, vai notar que há muitos pontos parecidos entre os jogos: ambos são kinetic novels, ambos se passam num cenário apocalíptico, envolvem robôs humanóides, tem um final que corta o coração e ainda é aliado a uma música incrivelmente triste e emocionante. Não só isso, mas também dá valiosas lições de vida, sobre como ajudar uma pessoa não é simplesmente fazer tudo por ela, ou que muitas vezes precisamos tomar decisões difíceis para proteger quem amamos, ou que devemos dar importância para quem está conosco e, por fim, saber aceitar que certas coisas estão fora do nosso alcance.

A jornada é inesquecível, não tenha dúvidas. É um daqueles jogos que você não quer que termine nunca, por mais que saiba que uma hora vai terminar. O jogo em si é uma obra de arte em diversas frentes, seja pelo design, seja pelas músicas, seja pelo roteiro, e até mesmo pela filosofia de cada personagem do jogo.

A história é muito bem explicada mesmo diante da correria que são as últimas cenas do jogo, mas é um jogo que se destaca além de suas falhas e é uma ótima leitura.


Vale a pena comprar esse jogo?

Muita gente se acanha quando chegamos nesse ponto, ainda mais quando se tratam de kinetic novels cujo final é sempre o mesmo. Afinal, por que comprar um jogo que é sempre o mesmo, que você não pode mudar o rumo ou o final em nenhum ponto da história? Bom, eu poderia revidar essa pergunta para centenas de joguinhos populares em que o jogador não influencia em nada no final do jogo, mas vou responder mesmo assim.

Imagina que esse jogo seja um livro. Estático, sempre exibindo as mesmas coisas, sempre com as mesmas falas, sempre tocando as mesmas músicas... Mas, o que realmente importa disso tudo? OS recursos do próprio jogo, ou a emoção de jogá-lo pela primeira vez? O contato inicial com as reviravoltas? As emoções que você acaba desenvolvendo ao ler simples palavras na tela de seu computador? São só palavras, não são? Mas, ainda assim, você sente compaixão pelos personagens, sente alegria quando as coisas dão certo, sente triste quando o protagonista passa por um momento difícil...
...
... E daí você se identifica com ele em alguns pontos. Reconhece que algumas perguntas do protagonista você já fez em algum ponto da vida mas nunca obteve uma resposta séria. Associa os acontecimentos a experiências passadas da sua vida e de como foi difícil superá-las.

Acredite, não é todo jogo que consegue ter tanto impacto como Harmonia, assim como demais VNs bem escritas. Não importa se o jogo custa 20 reais e você só vai ler uma vez. Eu não me arrependo em nada de pegar esse jogo no lançamento porque o tanto que aprendi, vivi e percebi durante a jogatina valeu muito mais que uma nota dourada com o desenho de uma onça.

Por isso, não fique apreensivo só por eu ter dado 8,5 no jogo. É um jogão! Com certeza recomendo a compra, contanto que você consiga suportar alguns errinhos aqui e algumas falhas do protagonista ali. E se for sua primeira VN, sinta-se à vontade e prepare-se para uma deleitosa leitura!

"Ai, minha coluna!!!"
E é isso, gente! Espero que vocês tenham gostado. E antes que venham comentar "E a tradução de Little Busters?" ou "Você vai voltar a postar no blog todas as semanas como antes?" ou outras perguntas do gênero, relaxe que tudo virá em boa hora. Pretendo fazer mais postagens no blog, sim, mas por ora não irei me comprometer já que ainda tenho coisas cruciais na minha vida para resolver já que estou me formando neste ano da faculdade e estou atualmente numa enorme transição na minha vida.

O que posso adiantar é que: até o final do ano, teremos uma surpresinha para vocês! Por isso, fique ligado, curta nossa página do Face, e sinta-se à vontade para deixar seu comentário abaixo.

Fui!
Out.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O Diabo na Corda Sol: Terceiro - e possivelmente o penúltimo? - Patch


Este post será uma longa publicação na qual serão detalhadas várias coisas, desde notícias recentes relacionadas à "G-Senjou no Maou" até parágrafos sobre o futuro desta tradução. Caso você esteja aqui só para baixar o patch, por favor pule para o meio da página, lá estará disponível o link. Caso contrário, é só continuar lendo. Para ver o questionário, vá direto para o final da página.
Em primeiro lugar, boa tarde, pessoal! Mil desculpas por ter demorado tanto assim para lançar esse novo patch! Aparentemente eu sou um enorme pinóquio e acabei mentindo duas vezes seguidas sobre a data da publicação - primeiro eu disse que ela iria sair no ano passado, e então eu disse que ela iria sair no mês passado. Mentiras, todas mentiras minhas. Enfim, vamos ao que interessa agora que o patch finalmente está sendo lançado!

Para quem não sabe, G-Senjou no Maou acabou de receber uma publicação OFICIAL aqui no ocidente. E quando eu digo "acabou", eu quero dizer que isso ocorreu 3 meses atrás. Mas de qualquer forma, o jogo foi lançado na Steam através da empresa de localização Sekai Project, sob o título de "The Devil on G-String". Essencialmente, a versão na Steam é a mesma versão da TLWiki, que havia antes traduzido o jogo para inglês de forma não-oficial. O que eles fizeram foi remover o conteúdo adulto e mudar a interface da novel.


Isso significa que, caso você não tenha comprado G-Senjou no Maou ainda, essa é uma excelente oportunidade para demonstrar seu suporte à empresa que fez o ótimo trabalho de construir essa obra! É claro que comprar pela Steam não seria a mesma coisa que comprar o jogo original, mas ainda assim eu recomendo comprar o jogo de alguma forma, mesmo que você já o tenha obtido como presente do seu amiguinho com um papagaio no ombro.

IMPORTANTE: Esse patch disponibilizado aqui NÃO é compatível com a versão da Steam, por motivos que esclarecerei depois. Ele apenas funciona com o jogo original, portanto nem tente enfiá-lo na sua pasta da Steam, não vai funcionar. Eu repito: esse patch NÃO é compatível com a versão lançada na Steam.

Agora que já tratamos disso, voltemos ao nosso mundinho! Nesse patch, foi traduzido o Capítulo 3 e a rota da Kanon. O terceiro capítulo desta novel, traduzido como "Assassinatos de Mefistófeles", começa com o segundo ataque de Maou. Desta vez, nosso vilão se alia a uma organização ultranacionalista, liderada por um assassino que está disposto a fazer qualquer coisa para ver seus ideais políticos realizados. 



A pessoa almejada desta vez é a meia-irmã de Kyousuke, Azai Kanon, uma profissional de patinação artística. E, na intenção de impedir que os planos do Diabo se concretizem, o poderoso e infame líder da yakuza Azai Gonzou mobiliza sua organização para confrontar Maou. Quem irá prevalecer, nesta mais nova disputa entre os gigantes do crime conhecidos como Rei das Bestas e Rei dos Demônios? 

Como já dito, a rota da Kanon também se encontra traduzida, e o patch, assim como o antigo, possui uma versão com as cenas de sexo e uma versão censurada. Ah, e obviamente, você não precisa dos patchs antigo para instalar o novo. É só baixar esse e mandar brasa! 


True Route (Haru)
Capítulo 1: 4026/4026 - 100,00%
Capítulo 2: 8049/8049 - 100,00%
Capítulo 3: 5591/5591 - 100,00%
Capítulo 4: 0/4423 - 0,00%
Capítulo 5: 0/6920 - 0,00%

Tsubaki Route: 3380/3380 - 100,00%
Kanon Route: 3077/3077 - 100,00%
Mizuha Route: 0/3108 - 0,00%

Cenas H: 1479/2625 - 56,34%

Edição de Imagens: 10,35%




E agora, Gaerik?

Bom, por enquanto, o que pretendo fazer para dar continuidade a esse projeto é traduzir tudo o que não foi traduzido e liberar o resto de uma vez só. Pelo lado bom, isso significa que vocês só terão que aguardar por mais um patch antes de terem acesso à todo o conteúdo da novel; pelo lado ruim, isso também significa que o novo patch vai demorar muito para ser lançado.

Também pretendo traduzir a versão da Steam, se eu não tiver problemas legais com isso. No entanto, há alguns problemas com esse meu desejo. Lembra de como eu disse que esse patch não era compatível com a versão disponibilizada na Steam? Pois então, a versão Steam de G-Senjou no Maou foi fortemente criptografada de uma maneira diferente da original. Isso significa que eu não posso mexer nos arquivos do jogo, e, como consequência, não posso modificá-los. Sendo que eu não sou nenhum hacker, e só sei o básico de programação, não sei como fazer para quebrar a criptografia. Ou seja, sou incapaz de traduzir a versão da Steam tal como estou.

Mas não se preocupe, ainda há esperança! Talvez no futuro alguém descubra como quebrar a criptografia e libere seus métodos para o público. Além disso, caso você por obséquio seja alguém que saiba como fazer isso ou conhece alguém que já o fez, eu ficaria grato se você entrasse em contato comigo - basta fazer um post aqui ou sei lá. De qualquer forma, sempre estarei em alerta, procurando formas de ultrapassar esse obstáculo.



Em outras novas, dado que esse talvez seja o último patch antes do lançamento final, eu decidi que finalmente chegou o momento de ver o que essa comunidade pensa do atual projeto de tradução. Então, é isso mesmo, estou disponibilizando aqui um questionário em forma de GForms composto de várias perguntas opinativas de múltipla escolha. Busco, através disso, conferir qual a opinião da comunidade que acompanha essa tradução a respeito de diversas questões relacionadas ao projeto. Coisas do tipo, "você acha que eu devia mudar o nome do projeto" e "você acha que eu devia lançar tudo traduzido no próximo patch?", sabe? Recomendo muito fazê-lo assim que você tiver terminado de ler o Capítulo 3, e não se preocupe, você ficara anônimo ao enviar sua resposta. Enfim, caso você queira contribuir - e seria muito importante a sua contribuição - basta clicar aqui para acessar o formulário. 

Obrigado novamente por tudo, pessoal, e vejo vocês em algum momento futuro!