sexta-feira, 27 de junho de 2014

Análise de Anime [12] - No Game No Life


Toda temporada tem aquele anime promissor que todo mundo não para de falar. Pode ser anime que simplesmente dá hype por ser algo que esteja na moda (quando alguém famoso desenvolve gosto por um anime e a galera fica louca e começa a ver e achar foda sem muitos motivos), ou por ter um começo promissor (mas logo fica entediante e/ou não cumpre as expectativas), ou simplesmente por ter alguém envolvido que é de conhecimento da galera (tipo Psycho;Pass, que teve Gen Urobuchi como criador da série). De resto, só se tiver uma boa dose de shounen no meio (Jojo's), ou uma caralhada de fanservice, de preferência com lolis e personagens-fetiche (imoutos, sensei, amigas de infância, hárem, ou tudo isso junto e misturado).

No Game No Life não é um anime assim... ou melhor, é meio que uma mistura de tudo isso que eu falei com um toque bem próprio. Confuso? Imagine se você é um otaku que já viu uma pancada de anime e tenta misturar todos os grandes elementos de animes em geral e tentá-los colocar tudo de forma compacta e frenética numa série que tem o potencial de ser extremamente longa e promissora, mas que mesmo com sua curta duração, surpreende até o último segundo, com direito à fanservice, personagens peitudas, referências pra caramba, e um nível de fodesa digna de animes shounen? Bem, COMO SE NÃO BASTASSE, o criador desse anime (originalmente uma light novel) é brasileiro, sob o pseudônimo de Yuu Kamiya (ou Thiago Furukawa Lucas, no Brasil), criador de Itsuka Tenma no Kuro Usagi e que também ganhou um anime, mas não obteve tanto sucesso quanto este que vamos falar agora.

Mas por que será? Bem, a análise você vai ler agora!
História
"O que vamos fazer esta noite, irmãzinha?"
"Tentar dominar o mundo!"
<--- ouça enquanto lê a análise! xD

Tudo começa com dois irmãos, Sora e sua irmã mais nova de 11 anos loli Shiro. Ambos são hikikomoris, o que significa que ambos mal saem de casa, odeiam pessoas 3D e nem gostam da luz do Sol. Suas vidas se resumem ao mundo dos games, ou mais especificamente, jogos online e MMOs. Eles são tão vícios que eles dominam uma gama incrível de jogos de todos os tipos, desde o xadrez até FPS e puzzles. De tão notório era o legado dos irmãos que ambos eram conhecidos como Kuuhakus, ou "vazios".

Um dia, Sora recebe um e-mail estranho de uma pessoa que os desafia para um jogo de xadrez, e após vencê-los uma vez, ambos são estranhamente transportados para um mundo chamado Disboard, onde tudo é determinado por dez regras e sendo que quase tudo deve ser determinado, não com guerras, mas com o resultado de jogos, onde os jogadores apostam coisas que julgam ser de igual valor.

Não demora muito para que ambos acabam conhecendo Stephanie Dola (sim, Dola... não é Dora!), neta do rei do reino de Imanity, que está quase com todas as esperanças esgotadas em seu reino, que perdeu muito território em jogos anteriores e está na beira do colapso. Sora e Shiro acabam entrando no meio da jogada e vê que ajudá-la pode render o posto de rei (e rainha) do reino, mesmo que isso tenha que vir com um jogo contra uma garota de outro reino, que pode inclusive usar mágica ao seu favor.
E então, os irmãos hikikomoris tentam mostrar o potencial dos seres que não podem usar magia ao mundo de Disboard, começando por se tornarem reis, e então partir para a dominação mundial, a fim de, no final de tudo, poderem desafiar o Deus do mundo, Tet, e se tornarem, literalmente, Deuses.

Ah, e bota umas referências na mistura!
O anime conta apenas com 12 episódios e não chega nem perto de chegar até esse ponto, mas dá para ter uma boa noção de como os protagonistas pretendem fazer isso. Dá a impressão que é pouco episódio pra muita história, mas esta é contada de forma implacável, rápida e decentemente consistente. Tem bastantes jogos épicos e dá pra conhecer muitas das personagens (sim, mulheres, em grande maioria) dos outros reinos, prato feito para quem quer ter novas waifus ou simplesmente adorar os jeitões de cada uma, já que a dublagem é extremamente boa.

Apenas desejaria que o anime fosse mais longo, mas ei, mesmo se tivesse 24 episódios, eu falaria a mesma coisa!

Animação e Trilha Sonora
Vou facilitar pra vocês: O da esquerda é referência com Akiba's Trip
A animação é feita pelo estúdio Madhouse, mesmo estúdio de Chaos;Head, Black Lagoon e Hajime no Ippo, então a animação não é algo tão surpreendente assim, com um visual um tanto saturado de cores e não tão fluente como, digamos, Kyoto Animation ou Sunrise, então digamos que esteja na média e com um visual especial dele.

Não tem muito o que falar nisso, mas a física é bem animesca, então não vá esperar coisas extremamente realistas, ainda mais porque o ritmo do anime não é (nem um pouco) realista. As personagens são bem desenhadas (apesar que eu acho que os peitos enormes de certas personagens são desproporcionais... opa, na verdade, quase todos os animes são assim), há um nível considerável de detalhes nelas e... bem, não é um anime hentai, mas ao mesmo tempo o fanservice chega a tal ponto que fica foda engolir a semi-censura.

Efeitos especiais são bem feitos, cenários podem ser um tanto simples, e se for analisar bem, há alguns erros de proporções das personagens (especialmente nos olhos) em alguns momentos, mas não é nada realmente mal feito (né, Kanon 2002?). A trilha sonora tem umas músicas que se parecem muito uma com a outra, mas também tem suas músicas empolgantes que te deixa roendo as unhas para que tudo dê certo. Como já disse, a dublagem é excelente e não tem aquela sensação que todas as personagens são "mais uma", mas sim personagens que têm características e importâncias próprias, algo que é muito bom para uma maior imersão no universo da série.

Opinião, Pontos Fortes e Fracos
O anime pode ser hypado pra caramba, mas não tira o fato que é foda. ~Desu
Eu confesso, eu comecei achando que o anime seria uma cópia (das mais paias) de Sword Art Online, o que já é motivo para eu dropar o anime depois do primeiro episódio... ah, mas que bom que eu não dropei!

Sim, de fato, eu já disse que não sou muito fã de animes que têm protagonistas fodões que simplesmente fazem tudo que querem porque podem e foda-se as explicações lógicas por trás disso. Entretanto, esse é um dos raros animes que, realmente, se o protagonista não for fodão ou tão calculista quanto Kuuhaku, não haveria como a proposta do anime dar certo, logo, esse anime foi um muito importante para provar que protagonistas overpower com lógicas ilógicas são necessários para lutar contra algo que é originalmente fora do alcance deles: a magia.

Tem animes, geralmente shounens, que não mostram direito como o protagonista consegue vencer um vilão. Ele simplesmente vence, foda-se se ele treinou para isso ou não, se foi na cagada ou não, se foi inexplicado ou não. Em NGNL, a explicação às vezes é mal dada (cá convenhamos que tem que ter algumas brechas pra explicar alguém ter um raciocínio tão roubado quanto o deles), mas tá lá uma coisa que é possível, por mais que algumas vezes possa parecer ousadia um cara planejar algo tão grande e tudo convenientemente dar certo, exatamente como ele queria.

Claro, totalmente...
Isso pode ser frustrante para alguns espectadores, mas se você não for tão exigente, eu digo: TUDO É FODA BAGARAI!

As batalhas (ou jogos, como preferir) são extremamente over the top, dignos de animes que passam longe da temática deste. Não obstante, o anime apresente uma história que se desenvolve muito, também para justificar a complexidade de, realmente, dominar o mundo. Ao invés de simplesmente ser um cara fodão que derrota todo mundo, tem um desenvolvimento fudido pra isso tudo acontecer, e alguns episódios mais "parados" na verdade são para chegar nisso, de tal forma que os planos mirabolantes de Sora realmente foram planejados, e não um monte de fato que foi juntado na sorte para que fizesse tudo ser possível.

Como já disse, o anime também conta com uma dose generosa de fanservice, com VÁRIAS cenas em que as personagens do anime aparecem tomando banho ou em roupas curtas e reveladoras, ou até mesmo um episódio que aparecem elas pe-la-das. Não, eu já disse que o anime não tem classificação para maiores de idade, mas ainda assim consegue fazer o feito. Ah, nada melhor que ver a cara de envergonhada da Steph quando ela fala que tá sem calcinha... xP

É até difícil falar algo de ruim do anime se não for pelo ritmo que de vez em quando é excessivamente apressado (também, pra 12 episódios só...) e que não dá pra você entender por completo se você não pausar e voltar algumas cenas de vez em quando. Explicações e coisas mais "cruciais" inclusive seguem isso, o que confunde pra caramba se você quer entender a história do anime, ainda mais por causa das trocentas raças e nomes de territórios que aparecem.

Agora, se você está simplesmente para a ação frenética dos jogos, ou só para ver as personagens, fanservice e dar gargalhadas com as referências que o anime traz (acredite, são muitas), então esse anime também não vai decepcionar nem um pouco. Você rapidamente vai gostar da Shiro e do Sora, do potencial foderoso deles, do raciocínio que eles seguem e das loucuras que eles fazem à princípio sem sentido, mas que logo se encaixa nas suas verdadeiras intenções.

Conclusão e Nota Final
E o último episódio nem desaponta! Longe disso!! MAS QUE DELÍCIA É ESSA, CARA???
Cadê o seu Deus agora pra falar que "só tem anime de escolinha fazendo sucesso", hein? No Game No Life é um anime como você nunca viu antes. Você pode ter visto algo "similar" ou "que puxa umas ideias", mas você nunca viu um nível de tanta coisa foda num único anime (de 12 episódios!!!).

Geralmente comédias românticas tem alto grau de fanservice, mas baixíssima ação. Shounens seriam o contrário, mas podem ter humor também. Dramas ficam presos em alguns personagens apenas num dado momento, e animes com partes históricas raramente possuem o fanservice e bishoujos para atrair a população otaku atual.

Yare yare da ze....
No Game No Life junta tudo isso (e mais um pouco) numa mistura irreverente, única e fantástica, tanto que vai fazer você pensar "Por que tem tão poucos animes assim disponíveis??" e já construir hype pra próxima temporada (que há boatos de estrear no inverno do ano que vem, provavelmente na temporada de outubro de 2015). Ah, e não se esqueça de dar uma boa procurada pelas Light Novels originais, com alguns volumes traduzidos por aí caso você queira saber do que vai ocorrer mais pra frente.


 Pontos Fortes 
      *Uma história de verdade que se desenvolve
      *Os jogos e desafios entre os personagens
      *Fanservice pra dar e vender
      *Inúmeras referências para testar seu conhecimento otaku
      *Ótimas personagens, distintas e fofas em seus próprios jeitos
      *Possui ritmo frenético e viciante
      *Tem uma moral bem forte por trás de tudo

 - Pontos Fracos
      *Apenas 12 episódios
      *Alguns buracos em certas explicações
      *Muita coisa ser "conveniente"

Nota Final: 8,5/10

Respiração conjunta, meu pau! Essa cena foi
uma viagem só de ida pro inferno!
Um excelente anime, do começo ao fim, e garanto que ele satisfaz gostos de muitos, se não todos os fãs de anime por aí. Se você for extremamente rigoroso com algumas picuinhas que eu citei, ainda assim você vai gostar do anime, mas num nível menor. Aliás, o anime é tão bom que você vai ficar ansioso após ele acabar, ainda mais pelo fato que tem (MUITA) coisa que ainda não é explicada ou negligenciada após o anime acabar.

Recomendo ver o anime inteiro, mas é quase certeza que ao terminar de ver o terceiro ep, você já estará absorvido pelo vício brazuca deste anime divino. Claro, e que venha a próxima temporada logo!

"Shiro!! Se tem algo que passa perto de irmã loli mais nova, são garotas com kemomimi!!!"
Bom, e com isso terminamos a análise de hoje. Quer deixar suas impressões do anime aqui? É só colocar como comentário aqui embaixo! ^^

Até a próxima, galera!
Out.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Hora de tirar o pó do seu PSP: Demo de Danganronpa em PT-BR!!


Quem que não ficou no hype com a série quando ele estava como anime do ano passado? Se você já viu o anime ou conferiu a nossa análise do (excelente) jogo de PSP, sabe que Danganronpa não é um título "leve" ou "modinha", mas realmente foda, intrigante, respeitável e viciante. Não importa se o anime não fica no mesmo nível que a visual novel, a verdade é que a franquia é muito bem executada,  e com o anúncio do segundo jogo ainda para este ano, os fãs só tem motivos para comemorar.

E comemorar MUITO! Afinal, até o povo HUE HUE BR BR vai poder aproveitar a onda, uma vez que a Danganronpa Brasil, o grupo de tradução de (adivinha...) Danganronpa para o nosso idioma, finalmente disponibilizou para nós uma demo do jogo traduzido. Vale lembrar que isso tudo é para a versão do jogo em PSP, ou seja, se você tem um Vita e o jogo para ele em inglês, não adianta encher o saco do Monokuma que ele não é mago para portar um jogo de PSP para Vita, quanto mais traduzido (pelo menos por enquanto, né...).


Para quem não sabe, a demo de Danganronpa é um pouco diferente do início do jogo original, mas é excelente para o jogador iniciante saber como funciona a mecânica dos tribunais de classe no jogo e já ir treinando para o jogo principal, onde o pau come de verdade. Sim, é curto, mas hey, é uma demo, e demos são curtas (né, Ground Zeroes?), feitas para provar simplesmente que "algo é possível" enquanto dá uma palinha para os jogadores se deleitarem enquanto isso. Neste caso, encare isso como uma prova que não é só porque o grupo de tradução não dá notícias de tradução que necessariamente eles largaram mão ou coisa do tipo. A tradução tá rolando e rolando liso! 


A tradução do jogo completo, no entanto, não tem previsão para ser lançado (não num futuro próximo, pelo menos), mas quem se interessar em fazer parte do grupo, acelerar o processo e ainda ganhar um bônus e ter seu nome gravado na eternidade como um dos colaboradores da tradução, você pode tentar a sorte e dar uma conversa com o poderoso chefão do grupo e, quem sabe, dependendo da sua disposição e boa vontade, dar aquele empurrãozinho que as traduções de VNs no Brasil precisa, não?

Para quem já jogou e está mais ansioso mesmo para o segundo jogo sair em inglês, Danganronpa 2: Goodbye Despair lança dia 2 de Setembro nos EUA e no dia 5 de Setembro para os europeus, exclusivamente para o Vita (já que o PSP is dead e sequer está sendo fabricado agora). Há rumores também que Danganronpa 3 está em produção pela Spike Chunsoft (segundo aquele trailer do spin-off da série apareceu), mas nada foi confirmado ainda (só pra deixar você roendo as unhas).


Gostaram? Eu adorei! Bem, aproveitem, botem hype no grupo e na equipe que está trabalhando, e boa sorte pra esse pessoal dedicado para que possamos ter essa belíssima VN em nosso idioma num futuro próximo!

Out.

domingo, 22 de junho de 2014

Curtiu Shuffle? Tá na hora de dar uma olhada em Tick! Tack! e Really? Really!

Essa é a mãe da Nerine, mas se você não se importar com um loophole do caralho, você pode se casar com ela e ser pai da sua namorada (não se pergunte muito sobre isso ou seu cérebro vai pro saco)
 Se você acompanhava a Zero Force, sabe que eu ADORO Shuffle! É a minha visual novel favorita, tem personagens muito carismáticas, as rotas são bem elaboradas, tem HCGs satisfatórias e que satisfaz vários fetiches da maioria dos otakus. Meu amor pelo jogo foi tão grande que me incentivou a criar o grupo de tradução de visual novels e, eventualmente, traduzir este jogo, cujo qual já possui mais de 2000 downloads do patch de tradução em PT-BR.

Dá vontade de agradecer o suporte, mas o assunto desse blog é em nome de vocês que já baixaram e gostaram da tradução: tem mais jogos da série para eu, um mero mortal que não sabe japonês, tenha capacidades de jogar? Bem, se você manja na língua inglesa, então tenho boas notícias.


A empresa Manga Gamer, que já traduziu várias visual novels até hoje, de empresas como Overdrive (Kira*Kira, Deardrops, Dengeki Stryker), Circus (Da Capo, Suika), 07th Expansion (Higurashi, Umineko), Innocent Grey (Kara no Shoujo) e minori (e.f., Wind, Supipara), também traduziu VNs da Navel, empresa que produziu Shuffle originalmente. Até o ano passado, apenas Soul Link foi o outro título da empresa, título este que não é muito conhecido e obscurecido pela fandom da empresa (mesmo tendo anime e tudo). Shuffle, no entanto, teve tanto sucesso e repercussão até hoje no cenário de visual novels que rendeu vários outros jogos. Dois deles, ditos como sequências (mas que sinceramente seriam after stories. Se você se confundiu, leia nosso termos de visual novels) são Tick! Tack! e Really? Really!, tiveram traduções recentes para o inglês por esta mesma empresa. Mesmo não sendo jogos tão longos quanto o jogo original da franquia, graças aos fãs enchendo o saco (... chamou?), ela atendeu os pedidos com grande prazer, aproveitando da diferença da experiência da empresa nesses anos todos entre os lançamentos das traduções desses jogos.


Tick! Tack! conta o que acontece após a rota da Nerine do jogo original, onde um acidente acaba fazendo que Rin e companhia voltem no tempo na época em que a mãe de Nerine, Ai (é o nome dela, viu?), estava noiva de seu pai, Forbesii, mas acabam testemunhando que Sage, a empregada deles, estava tremendamente apaixonada por Forbesii, mas que não gostaria que eles se separassem por sua causa (e por isso ser meio mancada, né?). Daí, cabe a Rin decidir ao certo qual casal merece ficar até o final: o casal pré-estabelecido, ou balançar tudo para que a Sage tenha um pouco de felicidade para ela mesma... e aproveitar o tempo, claro, para dar um pega nas garotas que o jogo tem para aproveitar... e também mexer com a linha do tempo maluca que tal viagem no tempo pode provocar... ou será que não? Bem, como não gosto de postar spoilers de algo que não seja análise de jogos, é melhor eu ficar quieto.


Really? Really! é um outro after story, mas desta vez continuando a partir do final da rota da Kaede do jogo original. Após reencontrar uma antiga amiga de infância, Yae Sakura, que anteriormente era amiga da Kaede na época em que todos eles eram da mesma sala (Sakura parte para um colégio exclusivo de meninas ao prosseguir para o ensino médio), Kaede acaba ficando doente, e, por um motivo do capiroto, Rin e seu harém (+ Itsuki) acabam se encontrando com a mãe de Kaede e que pede para que eles voltem ao tempo (tecnicamente, entrar na cabeça da Kaede e reviver suas memórias, mas é quase a mesma coisa) para reordenar as memórias da Kaede na ordem correta para que ela possa se recuperar.

Tem um aspecto meio Phoenix Wright de jogo, onde você pode, quando notar, levantar uma "objeção" quando algo errado surge no jogo  para que a memória da Kaede fique em conformidade com a realidade. No entanto, não há muitas barreiras que impeçam o jogador de ignorar algumas (muitas) dessas incomformidades e que possa fazer o que bem desejar com as personagens do jogo, desde deixar a Asa com o cabelo longo até fazer a professora Benibara virar sua escrava sexual (e nem estou zuando... quase).


Como disse, os jogos são curtos, mas pelo menos todos eles têm vários finais diferentes, cenas de sexo agradáveis e uma boa dose de fanservice/diálogos engraçados/referências/ no meio dos jogos. Muitas personagens novas também compõem o elenco, o que anima quem achava as personagens originais meio enjoadas (ou simplesmente preferirem algo diferente no cardápio). Fora isso, bem, não tem muita coisa que o jogo possa oferecer a mais para os jogadores de visual novel, logo, não possui tanto atrativo para quem não gostou tanto do jogo original (... afinal, se você é um deles, o que está fazendo aqui?), mas do contrário, pode apostar que você vai gostar dos novos cenários do jogo, das referências com o jogo original e outros jogos da mesma empresa, das novas roupas que as personagens vestem (tem gosto pra tudo, ué) e do ritmo mais relaxado desses jogos em relação à história original.

Tick! Tack! e Really? Really! estão disponíveis na loja virtual da Manga Gamer (na sessão adulta, claro) por 34,95 dólares (ou 78 reais, aproximadamente), exclusivamente em formato digital para download. Infelizmente, não há a possibilidade de comprar o jogo japonês e aplicar um patch de tradução ou algo do tipo... na verdade, duvido que alguém teria uma cópia original em japonês em casa, pois se tiver... me liga.

O preço pode ser meio salgado sim, mas convenhamos, para quem é fã, não é tão absurdamente caro assim que impossibilite a compra (afinal, tá mais barato que jogos convencionais para PC... sem contar Steam, né). Além disso, toda e qualquer contribuição é essencial para que a empresa continue traduzindo visual novels, especialmente da Navel, então tenha isso em mente antes de achar que "é bobeira" ou "mas prefiro comprar *jogo x*".


Bem gente, isso aí é o post de hoje. A notícia é velha, mas como eu já disse, eu simplesmente adoro a franquia. Só não posto nenhuma análise aqui no blog por não ter adquirido os jogos traduzidos, mas assim que puder, podem apostar que vou postar alguma coisa especial (especialmente para Really? Really! por ser mais recente e mais engraçado).


E EU QUERO SHUFFLE! LOVE RAINBOW OU ESSENCE+ OU ORETSUBA EM 2015, VIU, MANGA GAMER!?!? (Se bem que, pela "cronologia" da Navel, o próximo título deverá ser Ne~Pon? x Raipon)

Até a próxima o/
Out.

P.S: Parem de me encher o saco pedindo tradução desses jogos para mim... já disse que, se pudesse, adoraria traduzí-los, mas não posso T^T.

domingo, 8 de junho de 2014

Análise de Anime [11] - Nisekoi

Notícia ruim: tem um trap aí. Notícia boa: é um trap bom.
Fazia tempo que eu não postava uma análise aqui, não é? (faz tempo que não posto nada mesmo, mas deixa pra lá). Bem, agora que o Out está de "férias", terei mais tempo pra postar aqui, então, se você sentiu a minha falta nesse tempo, pode ficar feliz!

Indo para a análise em si, Nisekoi foi originalmente uma série de mangá do autor Naoshi Komi em 2011, primeiramente tendo seu one-shot (basicamente um capítulo mostrando a sinopse da série) e serializando-se no final do mesmo ano pela Shounen Jump, atualmente com 12 volumes. O anime foi de responsabilidade do estúdio Shaft, o famoso estúdio por trás de Madoka Magica, Bakemonogatari e, mais recentemente, Mekakucity Actors, sendo o primeiro anime do estúdio de 2014. Além disso, o jogo tem um jogo (meio bobinho) pra iOS e Android onde você pode (...) tocar nas duas heroínas principais da série e fazê-las trocar de roupa, mas em compensação, a Konami, a mesma produtora de outras visual novels como Tokimeki Memorial e Love Plus, se comprometeu a fazer uma VN da série exclusivamente para o Vita ainda neste ano, entretanto, apenas revelará os detalhes apenas no mês que vem.

Mas e aí, o anime é bom mesmo? Bem, a análise você vai ler agora! Vamos começar?
História
Sim, Kana Hanazawa dubla essa belezinha aqui, o que a torna 10 vezes mais fofa no anime. 
<--- música para ouvir enquanto lê a análise ^^

Ichijou Raku seria qualquer garoto do colegial se não fosse pela sua criação: sua família faz parte dos Yakuzas, um grupo da máfia japonesa, sendo que seu avô é o chefão da parada toda. Até aí, nada de mais, ele só tem que cozinhar pra eles e lidar com um pouco de tormento por parte deles já que ele é um forte candidato a ser o sucessor do grupo, o que ele não liga tanto assim. Na escola, ele é gamado em sua amiga de infância, Kosaki Onodera, que também é secretamente gamada nele, mas se sente envergonhada ao pensar em confessar seus sentimentos pra ele (e vice-versa), por mais que sua amiga, Miyamoto Ruri, sempre fique criando cenários para os dois ficarem juntos e ver a Onodera feliz.

Uma história de romance simples e pura, não? Bom, aí que tá o twist: Raku vive com uma espécie de amuleto preso em um colar consigo, tal qual fora dado de presente dez anos atrás por uma amiga dele que prometeu que, quando eles fossem se reencontrar, após abrir o amuleto, eles se casariam. Enquanto Raku tenta achar essa garota, uma estudante acaba se transferindo para a mesma escola que Raku. Ela se chama Kirisaki Chitoge, uma mestiça de japonesa com americana que é extremamente bonita e, mesmo que a primeira vista não dá bola pro Raku, na verdade é filha do chefão da Beehive Gang, um grupo da máfia americana que vive entrando em brigas com a Yakuza.

Como um método para parar esses conflitos, ambos os pais deles tentam convencer um ao outro que os dois estão namorando, e portanto, que o atrito entre eles deve ser deixado de lado para que não atrapalhe os dois. Mesmo que ambos, no começo não queiram devido a diferença de personalidade entre eles, eles acabam cedendo para o bem maior. Curiosamente, Raku mais tarde descobre que tanto Chitoge quanto Onodera possuem chaves que poderiam abrir o seu amuleto, e então, ele fica confuso e tentando se lembrar se uma delas realmente poderia ser a garota que ele se comprometeu (dentre mais outras que acabam surgindo mais adiante).

Assim, Nisekoi tem a fórmula perfeita para ser a comédia romântica com mais plot twists que 20 episódios poderiam oferecer. Mesmo que tirando alguns episódios "fillers" (que nunca dão o braço a torcer que realmente são fillers), a trama é justamente saber se Raku vai descobrir quem é a garota de seus sonhos e quem é a misteriosa garota de 10 anos atrás. Com fatos atrás de coincidências, o anime tem um ritmo que raramente fraqueja, além de momentos genuinamente engraçados com todas as personagens.

Animação e Trilha Sonora
A verdade é que todo mundo quer enfiar a chave no buraco do Raku, mas todo mundo tem vergonha de pedir pra ele.
Se você já assistiu algum anime da Shaft, já sabe que o visual dela é irreverente. Ele não mantém muita proporção entre episódios e certas cenas, mas as transições são imprevisíveis, e algumas perspectivas misturam toques de impressionismo e surrealismo, dando a impressão que cada cena que foge das perspectivas comuns passam uma sensação misteriosa para o espectador, o que impressiona (sacou?) e mostra que os animadores não pouparam esforços para fazer cenas únicas entre olhares e frases.

Os traços das personagens são bem desenhados, o jogo de luzes tentam ser realistas mas infelizmente não pegam tanta atenção de quem for assistir, e claro, poses moe com direito a closes em decotes e partes mais sensuais estão mais que presentes, então sim, temos bastante fanservice pra quem gosta e para todas as personagens.

A trilha sonora já é algo bem mais discreto, com típicas músicas que passam ansiedade e indecisão no mesmo grau que o protagonista se depara com situações complicadas. Em alguns momentos dá pra perceber a semelhança com trilhas sonoras de outros animes do mesmo estúdio por causa dos instrumentos e algumas nuâncias nas músicas, mas ainda assim são todas músicas originais para o anime.

Opinião, Pontos Fortes e Fracos
O nome dela pode ser Marika, mas ela é bem danadinha (especialmente com esse olhar)

Já vou avisando, contém pequenos SPOILERS!!

O tema do anime começa exatamente do jeito que eu mais adoro: triângulos amorosos onde nada é certo. Por mais que Raku comece e continua gostando mais da Onodera do que da Chitoge, tem episódios em que dá a entender que é a Chitoge que possue a chave que destranca o amuleto dele, o que o faz tender a ter sentimentos por ela. Quando ele tenta se aproximar dela, ela solta seus jargões típicos de tsundere e soca o sopapo nele, o que o faz querer torcer pra que ele goste da Onodera. O diretor do anime com certeza manjou nisso e, logo depois, joga algumas cenas focadas nela, mas como a Onodera é extremamente tímida com seus sentimentos, ela não consegue tomar coragem pra falar o que realmente sente, e como Raku também não é muito homem nesses momentos, isso acaba abrindo uma brecha para a Chitoge dar um jeito de tomar a atenção do Raku pra ela (ou quando é necessário, já que eles estão finjindo que estão namorando e um dos integrantes da Beehive duvida da veracidade do namoro da Chitoge). Pode dar a impressão que o anime é monótono quando chega nesse aspecto, mas é longe disso: os momentos engraçados são abundantes, o que acaba lhe distraindo, além de que você nunca vai saber ao certo quem era a garota de 10 anos atrás já que cada personagem possui algo que faz o protagonista lembrar dessa época e o faz ficar cada vez mais confuso.

O anime consegue manter a atenção do espectador presa até a metade do anime com incríveis argumentos e cenas que vão aproximar ambos os personagens do protagonista, mas tudo disso começa a mudar com a chegada de mais duas heroínas na jogada: Seishirou Tsugumi, a "maria-homem" da história que você começa a JURAR que é homem no primeiro episódio que ele aparece, mas a descoberta que, na verdade, ele é "ela" chega a ser cômica e mal-explicada (ainda mais com os peitos massivos dela). A segundo, Tachibana Marika, já é até apelão: ela surge DO NADA, e ainda por cima o avô do Raku fala que ele já era noivo dela por causa de uma promessa feita por engano (eita, pinga danada!). Em um caso parecido com a Chitoge, ela é filha de um comissário da polícia japonesa, o que também poderia dar uma briga feia entre máfia e polícia se ele não se casasse com ela, o que dá luz a um dilema que, em qualquer decisão tomada, vai ter gente que vai sair perdendo na história. No entanto, Raku consegue (!) cancelar o noivado ao conversar com o pai dela e, estranhamente, tudo sai bem, mesmo que Marika continue jogando seu charme pra cima dele e tentar enfraquecer seu coração para ser toda dela (e acredite, ela sabe EXATAMENTE como fazer isso).

Nessa segunda metade, eu achei que o anime perdeu o foco. O que antes era um triângulo amoroso em que "ou era uma, ou outra", virou um hárem em que o Ichijou meio que tinha a possibilidade entre escolher qualquer uma das garotas e, mesmo com os efeitos colaterais, daria tudo certo no final. Achei que a Megumi foi adicionada desnecessariamente, e mesmo ela tendo potencial (e um corpo do capeta), ela não teria nenhum motivo em particular para ficar com o protagonista, uma vez que ela quer que o mesmo fique com a Chitoge (e também, se for pensar fundo, as aparições dela nos episódios após a aparição da Marika foram desnecessários). Já com a Marika, ele realmente teria um motivo pra ficar, assim como a Chitoge, mas que ele acaba sendo o personagem mais indecisivo de todos ao dar a maior miguelagem com ela e no final das contas ainda parecer que ele gosta dela por causa do esforço que ela passou em tentar se tornar a garota de seus sonhos na época.

Eu não ligo pra plot twists com personagens novas na trama, mas uma coisa acabou pecando no anime: a falta de contexto pra tudo isso. Tudo acontece rapidamente, sem uma explicação realmente plausível, e ainda por cima, sem uma resposta firme do protagonista com o cenário em que ele vive se encontrando. Além disso tudo, novamente, após a aparição da Marika, o anime praticamente esquece que o Ichijou tava com o seu amuleto no conserto e simplesmente esquece de focar a mente na garota na qual fez a promessa. Isso eu achei algo inadmissível. Quando uma das tramas principais da história, que foi abordada por vários e vários episódios, some sem um motivo persistente (que aliás, motivo tal que eliminaria a possibilidade de ser uma das heroínas da série, algo que é meio conflitante), é algo preocupante.

Olha a referência!
Tá, confesso que eu tive uma heroína preferida na qual NÃO TINHA COMO um ser humano em condições normais de consciência e sanidade recusar. Eu tento, forçadamente, fazer com que isso não interfira na análise da série, mas no final, foi nesse pensamento que eu cheguei a conclusão que um anime desse tipo poderia continuar para sempre, como uma soap opera, na qual o episódio final do anime deixa muito em aberto e contribui pra isso. Falando no final, além de chegar mais cedo do que o esperado, acaba sendo um ponto negativo para o próprio anime, tanto deixando em aberto a existência de uma possível segunda temporada quanto deixando claro com quem o Ichijou terminaria nas condições dele. Realmente, quando um anime não deixa um ponto final claro e dá uma dica tão grande para quem está assistindo, isso foi praticamente entregar o ouro, dizimando minhas esperanças para isso se reverter numa possível segunda temporada.

Conclusão e Nota Final
Pocotó pocotó pocotó, minha éguinha pocotó!
O anime, assim como qualquer outro de "escolinha", tem um romance bem profundo e misterioso e uma comédia muito bem planejada, realmente prendendo a atenção do espectador e o deixando ansioso para os próximos episódios. No entanto, conforme o anime vai progredindo, por mais que o elemento comédia continue firme e forte, você vai crescendo aquela vontade interna de que a história evolua, coisa que não acontece no ritmo que você espera. Tantos plot twists juntos deixam incerto quem era a garota do passado de Raku, o que também colabora com aquele pensamento em que há a possibilidade de ser qualquer uma das heroínas principais.

Enquanto eu não posso reclamar da fidelidade que o anime tem em relação ao mangá original (sim, dei umas lidas nos capítulos, e posso afirmar isso), um fato engraçado é que o one-shot da série acaba estragando tudo. Esse pode ser o maior spoiler que eu posso dar em uma análise (e que eu REZO pra que não seja o mesmo final se o anime tiver mais uma temporada que termine com a história), mas a verdade é que, na história original, já era para Chitoge e Raku saberem que ambos eram amigos de infância e que eles foram quem fizeram a promessa de se casarem quando se reencontrassem. Quando eu descobri isso, minha reação foi de negar, convictamente, a possibilidade de tal fato, mas após pensar um pouco sobre isso, é algo extremamente válido, e pior, muito provável após o final do anime (sim, nem preciso falar que o final foi um dos piores pontos do anime pra mim, né?).

O resultado? Um anime que tinha tudo para ser a minha série favorita acabou me desapontando. E muito.

 Pontos Fortes 
      *A história é extremamente atraente
      *A comédia é irresistível
      *Visual acima da média dos animes
      *Personagens bem distintas e com jeitos diferentes de encarar cada situação
      *As aberturas feitas por Kz, compositor de músicas de Vocaloid
      *Tem fanservice que não desaponta

 - Pontos Fracos
      *A trilha sonora não tem nada de especial
      *A história começa a ficar lenta na sua segunda metade
      *As heroínas (e o protagonista) têm chances de deixar tudo claro, mas falham e não correm atrás
      *O final do anime é anti-climático e deixa claro quem terá vantagem numa suposta segunda temporada
      *Muitas perguntas cruciais não foram respondidas

Nota Final: 7,5/10

Eu adoraria gostar desse anime, de verdade. Os elementos que ele tinha no começo eram dignos de me fazer sentir igual o meu primeiro anime de romance/triângulo amoroso que realmente me fez sentir interessado em acompanhar animes tão fervorosamente até hoje.Infelizmente, talvez por conta do diretor ou por conta do roteirista, o ritmo do anime muda bruscamente após a sua primeira metade, o que acabou por desapontar, mesmo que as personagens originais ainda fiquem em primeiro plano e que a comédia ainda o mantém entretido até mesmo no último episódio (que diga-se de passagem, tá lá no sexto volume do mangá, ou seja, quase certeza que vão continuar). Pra resumir, é um bom anime, mas dependendo de quem você "escolher" para torcer, você vai se desapontar, ou, no mínimo, vai achar estranho a entrada de outras personagens e de certas cenas no meio da história. É uma série bem legal de acompanhar, mas esse é uma das raras séries que eu realmente recomendo que você só assista alguns poucos episódios do anime e já parta logo pro mangá para evitar o final do anime. Você foi avisado.

Chitoge: - "Vai se foder, Out! Tô pouco me ligando se você não gostou de mim e do final!!"
Eu: - "Vai você, mulher 2D. Daria 11/10 GOTY pro anime se o Raku ficasse com a Onodera!!"
Bom, e com isso, finalmente temos mais uma análise para o nosso acervo. Gostou? Não? O que você achou da série? Achou que o mangá tá melhor? Deixe seus comentários!

Até a próxima, galerada!
Out.