segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Análise [12] - Long Live the Queen - Ser rainha não é fácil, ainda mais com tantos caminhos a seguir


A minha manhã de domingo seria como todas as outras... bem, exceto que estamos no final do ano, o que significa as vendas absurdas de final de ano na Steam, a loja virtual da Valve que vende diversos jogos, lançamentos inclusive, a preços ridículos comparados com os jogos em mídia física. Para a minha surpresa, um desses jogos era justamente um que havia descoberto um tempo atrás (em seu lançamento da Steam, por ter sido aceito no seu programa Greenlight) e que estava nas promoções relâmpago do sistema. Não hesitei e comprei o jogo, e após alguns módicos minutos para o download pelo seu tamanho reduzido, tive uma grande e agradável surpresa.

O jogo foi escrito na engine Ren'Py (mesma de Katawa Shoujo) e desenvolvido pela Hanako Games, que já produziu alguns outros jogos parecidos antes. Apesar de Long Live the Queen não ser considerado uma visual novel de acordo com o próprio site, ela é assim considerada pela VNDB (o que faz sentido, por couber exatamente na definição de visual novel das nossas postagens sobre Um Pouco sobre Visual Novels) e tem inúmeras escolhas e jeitos diferentes de se jogar. No começo, você não vai saber o que fazer, mas se você curtir o esquema do jogo de tentativa e erro, vai ficar mais que feliz em estudar (acredite!) e correr caminhos diferentes (trágicos ou hilários) a cada nova partida. Acredite, você vai fazer isso muitas vezes sem passar pela mesma experiência duas vezes.

Bem, chega de papo e vamos começar a análise! Esta aqui vai ser curta, mas espero que ela o iluda, caso você esteja em dúvida antes de pôr a mão no bolso para este jogo.

História e Rotas
A história é muito simples: você toma o papel de Elodie, uma jovem de 14 anos (sim, 14-fucking-anos!!) que é filha do rei e rainha do reino de Nova. Poucos meses após seu aniversário, sua mãe acabou falecendo, e como Elodie ainda não tem 15 anos completos para assumir o posto de rainha, ela deve aguentar as turbulências do seu reino por mais 40 semanas, tempo restante até ela ter idade suficiente para ascender ao trono real.

Nesse tempo, ela enfrentará de tudo. Desde gente da nobreza que quer aplicar um golpe de estado na futura rainha até uma guerra de verdade entre reinos diferentes, tudo pode acontecer dependendo das suas próprias ações... e são várias ações que você enfrenta, diga-se de passagem.

O final é tecnicamente um só, o de propriamente se tornar rainha, mas *como* você vai chegar até lá é a grande sacada do jogo. Ao todo, são 11 jeitos que você pode morrer totalmente diferentes, e se você conseguir sobreviver tudo, ainda existem 22 destinos para os diversos personagens da história, com mais de 39 conquistas mais elaboradas que você pode fazer, que vão desde mandar alguém para a forca ou mesmo se tornar uma garota mágica... sim, neste universo, há os Lumens, pessoas da nobreza com magia no sangue, e que, com o devido treinamento, podem aprender a detectar magia , resistir magias de oponentes, ou mesmo projetar uma lâmina mágica do nada para lutar. Invenção minha? Cópia de Fate/Stay Night? Fale o que quiser, mas o que citei aqui são apenas algumas das diversas possibilidades que você terá neste único jogo, que diga-se de passagem, não demora mais que 5 horas para você zerá-lo, mesmo indo do começo ao fim e se dando bem em todas as suas escolhas.


Traços, Trilha Sonora e Animação
Os traços são bem básicos para jogos desse tipo. Nada de surpreendente, mas não tão ruim se comparar com demais VNs de baixo orçamento (como Narcissu, mesmo sendo uma obra muito bacana produzida usando tão pouco dinheiro). Você pode criticar o fato de não ter tantos desenhos para demais personagens que não incluam a própria protagonista, e você está certo nesse quesito... porém, você não vai sentir tanta diferença nisso... a menos que você seja obcecado com isso.

A trilha sonora também é bem simplória, contando apenas com umas 5 ou 6 músicas tocadas por um piano, mas que ainda faz um bom papel para a descrição geral das cenas. Como animação, apenas temos uns efeitos visuais simples de transição, e portanto, é algo que passa desapercebido por vezes.

Opinião
Watashi... mahou shoujo ni naru!... tá, ela não se encontra com o Kyuubei, mas ela pode aprender magia mesmo.
Se você leu a seção anterior, provavelmente acha que este jogo também é ridiculamente simples e/ou fácil, certo? ERRADO! Este jogo é tudo, menos fácil ou simples. Ao todo, são 14 tópicos para você estudar, com 3 sub-tópicos em cada um (veja imagem abaixo para se ter uma noção). Cada um deles participará, em algum momento (ou em vários deles, dependendo da importância do assunto) e influenciará diretamente as escolhas que você pode fazer.

Pode ser que uma estrela cadente que você viu no céu um dia signifique que uma guerra está se aproximando, possibilitando que você antecipe o recrutamento de mais tropas. Pode ser que o seu estudo de medicina na frente de batalha venha a calhar caso você seja atacada de surpresa. Pode ser que um presente inusitado signifique, na vida da nobreza, que essa pessoa quer se casar com você. Pode ser que seu discernimento em magia evite que você morra ao duelar contra alguém. Essas são apenas algumas das coisas que podem acontecer, e cada evento pode se desdobrar de um jeito dependendo de seus estudos. Caso alguém lhe convide para um duelo, você pode enfrentá-lo usando suas habilidades com a espada, ou mesmo fazê-lo queimar instantaneamente usando sua magia. Você pode sair para uma festa da nobreza e acabar dando uma excelente impressão sobre a sua elegância e postura, mas também pode causar a impressão que você não passa de uma despreparada criança e fazer com que todos bolem uma manobra política para arruinar sua vida.

O jogo pode sequer ter vozes para os personagens, mas com certeza tudo isso é compensado com a história que você pode criar ao ter tantos atributos para investir. Como se isso não fosse suficiente, o comportamento da princesa pode mudar, também. Se ela se sentir alegre, por exemplo, ela pode estar mais disposta a fazer exercícios físicos, enquanto se ela estiver com medo, ela estará mais propícia a passar o tempo meditando ou aprendendo sinais de presságios. No final das contas, é você quem decide o que a candidata à rainha fará ou não, o que ela estudará ou não, mas é justamente por isso que o resultado que você obtém não é um mero "decoreba" (a menos que você queira ser um completista e obter todos os finais possíveis) dos muitos eventos que acontecem. Se você morrer, é porque você tomou decisões erradas na hora de escolher tópicos para estudar, ou que ainda estava despreparado para comparecer a um evento, ou que você falhou em "puxar a sardinha para o seu lado", como tentar fazer um assunto tender para a área que você tem mais estudo... claro, na medida do possível.

Como lado negativo, no entanto, o jogo é tipo um Dark Souls em formato de visual novel: é tudo na base da tentativa e erro. Não vai ter como você zerar esse jogo na moral sem salvar o jogo no meio do caminho algumas vezes e escolhendo as matérias certas para você não cair nas ciladas. Infelizmente também, o único incentivo seu para isso é a curiosidade de ver o que vai acontecer no final, não havendo múltiplos finais na sua coroação (exceto no *como* você fará isso). Além disso, alguns atributos que você deve dar mais prioridade também são coisas que você percebe nessas tentativas e erros: treinar seu cachorro ou seu falcão de estimação (?) rarissimamente vai salvar a sua vida, enquanto investir em saber sobre as intrigas e a história locais serão de muita valia. Dependendo do estilão do seu personagem, pode não ser vantajoso investir pesado em estratégia militar, mas sim em ser mais sociável com os nobres e as massas. Você deve ter em mente o perfil de uma rainha exemplar, do contrário, você vai cair em muitas armadilhas ou mesmo acabar se dando mal ao tentar dar uma boa impressão.

Veredito Final

Pontos Fortes 
      *Imensa variedade de escolhas e caminhos para seguir no jogo
      *Sensação de estar criando sua própria história, já que todas as suas ações têm consequências diretas na história do jogo.
      *Imenso valor de replay
      *Jogo relativamente barato (se comprar na Steam, pelo menos)
      *Várias roupas para habilitar, caso goste de personalizar sua personagem

 - Pontos Fracos
      *Sem vozes para as personagens e trilha sonora bem modesta
      *Muito poucas CGs
      *Alguns finais podem ser frustrantes nas primeiras vezes que você joga
      *Necessidade de salvar frequentemente para sobreviver
      *Pode não ser o jogo ideal para fazê-lo amar visual novels

Nota: 7,0/10

Opinião final: É um bom jogo, mas o seu verdadeiro potencial depende do próprio jogador. Se você for alguém que gosta de explorar finais diferentes e de explorar cada detalhe de visual novels com elementos de RPG (apesar de não ter nada baseado na sorte neste jogo. Os testes que você passa ou deixa de passar são baseados apenas no que você já aprendeu antes), você com certeza vai se deleitar com esse jogo, recomendando facilmente comprar este jogo. Pra se ter uma ideia, um dos finais que eu consegui ao investir pesadamente em conhecimento mágico parecia que a rainha se tornou uma verdadeira ditadora absolutista, conseguindo encerrar uma guerra inteira com as próprias mãos e queimar todos aqueles que a opusessem... e foi MUITO legal.

Como disse antes, é um jogo que apenas a sua experiência em se colocar no lugar de uma rainha (por mais estranho que isso possa soar vindo de um jogador homem) conta para progredir na história. Pode não ter fatos interessantes baseados na vida real (afinal, não há uma idade certa para assumir o trono em uma monarquia), mas o fato do jogo colocar o jogador em várias situações onde ele deve escolher em aceitar a ajuda de um estranho ou perder um possível aliado de grande importância depende apenas do seu próprio esforço em se aprofundar nos estudos e de ter bom senso entre quais ações escolher. Eu esperava que o comportamento da protagonista influenciasse diretamente em quais escolhas estariam disponíveis, mas na verdade, é só a "disposição" dela pra estudar algumas matérias... o que me fez tirar um pouco de nota do jogo, mas que ainda assim ganhasse minha recomendação.

Vale a pena comprar esse jogo?
É um jogo simples (também, são só 50mb), mas com muitas escolhas e situações bem possíveis, por mais que tenha só um ou outro momento engraçado escondido. Como está tão barato (ou melhor, estava... queria lançar essa análise ainda enquanto estava na promoção, mas 8 horas pra jogar e escrever é tenso...), é bem provável que tenhamos outro período de 50% de desconto no jogo daqui a algumas semanas. Se esse dia chegar, recomendo dar uma olhada e também apoiar desenvolvedores desses jogos. Agora, se você se preocupa muito com qualidade e/ou quer algo mais complexo, tem outras VNs boas para você investir (como Dysfunctional Systems, por exemplo)

Nesse jogo, é muito fácil você morrer, mas todas as mortes são justas, de quando você deixa de investir em alguma habilidade ou algo do gênero.

Bem, essa foi a nossa análise. Espero que tenham gostado, e se o jogo estiver na promoção mais uma vez, vale a pena dar uma pensada na hora de comprar!
Out.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sabia que a Bandai Namco tem um dating-sim desenvolvido com o criador de Homestuck?


Você pode até estar familiarizado com visual novels e saber dos nomes das maiores empresas no ramo, como, só para citar algumas, Key, minori, Circus, Navel, Nitroplus, KID e 07th Expansion. A Bandai Namco, apesar de não ter o costume de produzir visual novels, mas sim publicá-las, como Toradora Portable, Haganai Portable e Ore no Imouto (todos para PSP e que possuem traduções para o inglês), surpreendeu ao anuciar um tempo atrás que teria um jogo de dating-sim em browser (vulgo, que roda direto na internet sem precisar instalar nada) com personagens da marca. O que isso tem de especial? Ela foi desenvolvida pelo criador da série Homestuck, que você provavelmente já ouviu falar, e também tem seus personagens inseridos no jogo.

O jogo inclui vários personagens clássicos da Namco, tais como Hiromi de Burning Force, Blue Max de Sky Kid, Nidia de Dragon Spirit, Mr. Driller (do jogo, homônimo) e até uma personificação de uma nave de Galaga, bem como alguns dos personagens da série em MSPA, como Terezi, Jane Crocker e Davesprite. O enredo é bem simplório: você é um estudante da Namco High, e de algum jeito você parou na detenção com um bando de personagens de jogos da Namco e alguns estudantes que se transferiram (os de Homestuck), e após uma breve conversa entre eles (que você pode escolher ou simplesmente pular), você deverá escolher um clube para entrar, e assim você entra na rota do personagem que estiver no mesmo clube que você.


Aparentemente, é uma premissa interessante... só que não, pelo menos na execução. Primeiramente, o jogo se trata dos famosos "freemium", os quais você pode jogar de graça, mas com limitações, e no caso, limitações em quais rotas você pode escolher, o que é decepcionante, já que, como você pode imaginar, as melhores personagens tem que serem habilitadas pagando dinheiro de verdade (praticamente 2 dólares para um único personagem, 5 para 3 deles, ou 15 dólares pra já habilitar todo mundo)... e não, não tem outro jeito de habilitá-las (ou habilitá-los... tem rota pra amiguinhos também). Segundo, o jogo não tem qualquer dublagem ou música interessante o bastante para mantê-lo ligado na história... espera, eu falei história? Até a história das "rotas" dos personagens são incrivelmente chatas, a menos que você seja um fã assíduo dos personagens e tenha *muito* tempo sobrando nas mãos, assim como fala a página principal do jogo. Além disso tudo, não tem qualquer backlog para rever os textos caso você tenha clicado por engano ou simplesmente queira ler novamente a conversa, além de alguns diálogos serem corridos demais para você ler rapidamente... uma pena.

Após procurar um pouco, o jogo tem umas CGs específicas de algumas rotas e alguns diálogos podem mudar após zerar o jogo, mas para um jogo tão sem sal quanto esse, prefiro jogar os jogos que eu já tenho mesmo do que jogar as rotas gratuitas que também não me agradaram. Enfim, se você quer ter um pedaço da experiência, pode acessar a página clicando neste link, mas eu já deixei o aviso que não é lá grandes coisas esse jogo...


Bom, isso é tudo por hoje. A gente se vê, pessoal! ^^
Out.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Olha que presente de Natal! Saya no Uta, traduzido para o Português, por nós! ^^


Véspera de Natal, todo mundo tá lotando os shoppings e lojas de R$1,99 para comprar o presente de familiares e amantes. O presente, de certa forma, é um meio para a pessoa agradecer o convívio com o próximo, agradecer os favores não pagos, ou simplesmente por ser uma tradição que ele segue a fim de manter o capitalismo proporcionar e compartilhar a felicidade com tantas pessoas.

Esse é um post bem curtinho, mas o seu conteúdo é bem relevante: é o nosso presente de Natal para todos os fãs de visual novels do Brasil que estiveram nos apoiando todo esse tempo. Ainda pode não ser um número muito expressivo se comparado com outros grupos e blogs com projetos e ideias diferentes que as nossas, mas ainda assim a gente se sente na obrigação de agracedê-las por tudo, e claro, ainda mantendo a nossa premissa de trazer cada vez mais visual novels para o português.


Não adianta enrolar mais: nosso presente é uma tradução completa do jogo Saya no Uta, uma obra de arte no âmbito das visual novels, escrita e dirigida por ninguém menos que Gen Urobuchi, o mesmo que se encarregou do storyboard de Mahou Shoujo Madoka Magica, Fate/Zero e Psycho;Pass. Mesmo sendo quase dez anos desde o lançamento original até a nossa tradução que estamos divulgando hoje, Saya no Uta se consolidou durante esse tempo como um dos maiores clássicos do gênero, tornando-se um jogo que merece ser jogado por todos, mesmo que seu conteúdo não seja para os de estômago fraco... é sério, você não tem noção do quão bizarro o jogo é e da abordagem de temas tão sensíveis até você jogá-lo.

Não vou ficar escrevendo parágrafos e mais parágrafos de texto aqui (vou fazer isso no site da ZFT), mas espero que vocês gostem da nossa tradução. Foi um trabalho bem puxado e cumprido em tempo recorde, mas mesmo assim, é uma tradução que você pode considerar nosso presente de natal para todos vocês ^^

O arquivo para download se encontra em nossa página de patches e traduções na Zero Force Translations, ou simplesmente clicando aqui para ser redirecionado até lá. Lembre-se de seguir todas as instruções exatamente como são passadas, e em caso de dúvida/crítica/agradecimento, mande-nos sua opinião por e-mail ou como comentário nesta postagem.


Bom, espero que tenham gostado do nosso presente de Natal, e aproveitem esse belíssimo jogo para fechar o ano!
Out.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Sword Art Online: Hollow Fragment é o próximo jogo da série exclusivo para Vita



O ano virou, e parece que muita gente se esqueceu da febre que foi Sword Art Online, o melhor anime de 2012 para muita gente, por mais que a maioria tenha caído no hype que faziam na animação por causa do protagonista fodão comedor de pepecas. Agora que titãs se provaram melhores neste ano e a febre se desvencilhou um pouco, SAO ficou um pouco de lado, já que nada foi confirmado sobre uma segunda temporada da série e que o ritmo ainda está lento nas light novels originais da série (apesar de estarem num cenário já bem avançado posterior aos arcos de Aincrad e de ALO), escritas por Reki Kawahara (mesmo autor do belíssimo Accel World) e sem um mangá contínuo para despertar interesse por grupos de tradução de mangás.

Entretanto, para o nicho ainda vivo, proferindo aos quatro ventos que a série é a melhor que já existiu, confetes foram jogados aos céus com o anúncio do novo jogo da série. Hollow Fragment será exclusivo para o Vita (sério que ainda tão lançando jogos para ele?) e contará uma história alternativa para a série, um spin-off por assim dizer, onde Kirito se encontra com uma nova personagem, Firia, que possui uma espada com formato inusitado, explorando a parte de Aincrad chamada de Hollow Area, ou Área Vazia, uma área onde há vários inimigos perigosos e várias localidades estranhas.


O jogo promete, em comparação com o seu antecessor para PSP, ter visuais bem mais bonitos e ser um jogo bem maior, conforme você deve ter visto no trailer acima. Além disso, as personagens que você já se acostumou por causa do anime (incluindo a Leafa) estarão presentes, além de novas personagens também. A mecânica do jogo foi alterada um pouco também, talvez para se adaptar e pegar as vantagens dos diversos sensores do portátil, e tenho que confessar que fazer esse jogo, realmente, online, seria um atrativo e tanto... só não seria mais que o anúncio de uma tradução oficial do jogo para o inglês, né...

O jogo sairá no Japão dia 24 de Abril de 2014 pela Bandai Namco Games (relaxa, ela já desenvolveu/distribuiu vários jogos baseados em anime no Japão antes, esse não é o primeiro). O preço pode ser um pouco salgado, mas não significa que os fãs não possam pagar 60 dólares (ou 6170 ienes, como preferir) pela edição normal, ou mesmo 9980 ienes (praticamente 100 dólares) pela versão limitada, que como de costume nas versões limitadas de jogos japoneses, tem um livreto especial com a arte usada no jogo, um CD com a trilha sonora, mini-pôsteres e até um Blu-Ray especial com um OVA da série, que provavelmente deve rondar as internets num futuro próximo legendado para a nossa alegria.


Isso é tudo por hoje moçada. Até!
Out.

sábado, 7 de dezembro de 2013

Primeiras impressões - Shingeki no Kyojin (Mangá Brasileiro)

Marcador de página de graça?? PONTO PRA PANINI!
 O dia tão aguardado chegou. Pode ter demorado, já que os fãs estavam na febre de 40 graus com o anime da série, mas pelo menos somos um dos poucos países que tem o mangá de Shingeki no Kyojin traduzido para a nossa língua local.

A série que simplesmente ganhou o prêmio de anime do ano de 2013 e de longe foi o anime mais comentado na segunda metade deste ano que se passou, Shingeki no Kyojin é a série que começou como mangá do escritor Hajime Isayama em 2009, com seu primeiro tankobon publicado em 2010 pela Kodansha e que teve vendas tão expressivas que pouco mais de 2 anos depois, teve seu anime feita pela Production I.G. (Suisei no Gargantia, Ghost in the Shell, Genshiken), e como muitos de vocês já devem saber, quando sai um anime, o alcance dele é monstruoso, tanto porque a maioria do pessoal tem preguiça de ler mangá quanto porque é mais fácil de acompanhar (pelo menos é assim pra maioria do pessoal).

A Panini, muito esperta, aproveitou a chance e, como dona das publicações dos maiores shounens no Brasil como Naruto, Bleach, Dragon Ball e turma da Mônica One Piece, ela demorou pouco para conquistar a exclusividade dos direitos de publicação dos mangás da série por aqui, o que agradou os fãs assíduos que viviam acompanhando a série no mangá entre os lançamentos dos episódios.

Aqui, vou fazer uma análise do que achei do mangá em si e da qualidade de publicação do mesmo. Lembre-se, antes de me encher de hate nos comentários, este é apenas a minha opinião. Opinião é igual bunda: cada um tem a sua. E outra, não li o mangá online antes, então considere isso minha opinião "virgem", no sentido de que estou avaliando o mangá, não sob o ponto de vista de um fã, mas como um ponto de vista crítico, buscando coisas bacanas e falhas neste.

Véi, mas esse marcador de livro tá MUITO BONITO!... tá bom, vou falar do anime agora...
 A verdade é que este mangá me deu várias surpresas. Primeiro já veio no preço... bom, na verdade, nem tanto, pois os mangás da Panini sofreram um reajuste recente em aparentemente todas as suas séries, e portanto, adicionando um real a mais ao preço de "tabela" de R$10,90, com raras exceções atuais... agora, em compensação, suas páginas estão bem mais brancas do que antes, provavelmente por uma escolha melhor da gráfica que faz as impressões para a editora italiana.

Uma novidade que, de fato, não vinha antes é o marcador de página incluso em todos o volume 1 de Shingeki no Kyojin (que, aliás, foi traduzido pra "Ataque dos Titãs"... mas eu, particularmente, achei a tradução boa, bem como a escolha de fonte... e olha que eu prefiro mesmo o título original, mas nesse caso ficou maneiro), algo que nunca tinha ouvido falar que aconteceu antes. Eu coleciono marcadores de livro, então, boa notícia pra mim, ainda mais a parte do verso do marcador, que achei que seria simplesmente branco ou a mesma arte da parte da frente. Mesmo pra quem não coleciona, garanto que você vai curtir o jeitão do marcador.

Quanto ao restante dos aspectos físicos do mangá, é o de sempre praticamente: formato full-tanko igual One Piece e Bem-Vindo à N.H.K., páginas branquinhas, contracapa colorida, e tons de preto bem visíveis no mangá, por mais que em algumas páginas (ainda) dê pra ver o verso dependendo das condições de iluminação do seu quarto ou onde quer quer você esteja lendo. 

Eren lança umas frases fodas de vez em quando... pena que na batalha, o lance é outro
 Caso você ainda não conheça a série... não sei o que está fazendo aqui, mas enfim, explicarei a sinopse do anime: há muito tempo atrás, a humanidade era aterrorizada por titãs, seres colossais com alturas de 5 a 50 metros e incrivelmente resistentes a praticamente qualquer tipo de ataque que os humanos poderiam inventar, seja usando pólvora ou outros métodos. A humanidade (você vai ouvir muito essa palavra ainda, tanto no anime quanto no mangá) vivia confinada entre muralhas, selando-a do mundo externo, e com uma estrutura política monárquica, cujos membros que equivaleriam às forças armadas são divididos em três divisões: a divisão de guarnição, que cuida das muralhas, a de policiamento, que cuida da ordem dentro das muralhas, e a divisão de reconhecimento, que de vez em quando parte em operações fora das muralhas da cidade para tentar descobrir algo sobre os titãs, como demais fraquezas, fisionomia interna ou mesmo quem os criou (ah, quanto spoiler...). Eren tem um desejo de se juntar a este grupo de reconhecimento, para que as pessoas possam ser livres e pararem de viverem no que ele considera uma gaiola, mas vai, ao longo da história, descobrindo que seu sonho e sede de vingança pela sua mãe que morrera vítima destes titãs não é tão fácil ou simples quanto ele pensa.

O anime é dividido em 24 episódios, mas incrivelmente, só neste primeiro volume do mangá, os acontecimentos vão bem além do que eu esperava, indo até o começo da primeira batalha de Eren e Mikasa ao se formarem como soldados... e já nem me lembro qual episódio que é esse... 6º? 7º? Enfim, apesar de cortar os episódios do treinamento do Eren a manipular os equipamentos de manobra tridimensional e tudo mais, ainda achei que foi bastante coisa... o que nos dá o primeiro erro do mangá: É CORRIDO PRA DEDÉU!

Tá, eu assisti a primeira temporada do anime, mas poxa, do contrário, não entenderia lufas do mangá por si só. O começo dá pra entender, mas sei lá... deu uma impressão que passar nos exames de aceitação das "forças armadas" é tão fácil que o Eren pegou quinto lugar, enquanto o anime mostra que Eren e companhia passaram por maus bocados e muita ralação até chegar lá. Apesar disso, o restante da história não sofreu grandes mudanças, com exceção de certas cenas e explicações que não foram dadas no anime e que no mangá existe umas páginas só com informações sobre o universo da série e tudo mais.

Olha que arte bonita dos personagens... só que não, né... pô, até a Krista, que é uma belezinha no anime!!!
A arte de Hajime Isayama também foi outro parto pra eu aceitar. Sempre estou acostumado a ver mangás com desenhos bem limpos, com claros contorno dos personagens e complexidade no detalhamento dos cenários e aqui, não tive muito disso. Parece que o mangaká queria desenhar cada fio de cabelo das personagens, tornando o desenho sobrecarregado, além do excesso de uso nos contornos grossos nos objetos e efeitos especiais, além da típica distorção na estrutura dos personagens em alguns momentos. Não é algo tão difícil de se encontrar em mangás, mas tenho que confessar que me deixou decepcionado. Mesmo a arte do anime sendo um tanto estranha frente a demais animes lançados no mesmo período, dava pra acostumar no decorrer do tempo e aprender a gostar dela... só espero que seja esse o caso pro mangá, ao invés de me deparar com desenhos com desenhos inconstantes e estilos de desenho diferentes entre volumes... né, Hiro Mashima?

É normal às vezes você parar de ler o mangá simplesmente para admirar o cenário e tudo mais... mas aqui, são só construções simples que rodeiam a paisagem, e há até falhas de desenho (um rio e uma parede logo em frente, com um barco no meio disso? Foda, hein). Os personagens masculinos até foram bem desenhados, e suas expressões exageradas dão um ar que faz você sentir realmente desesperado junto com os demais habitantes (apesar do excesso de uso de lágrimas deles), além de ser um anime que, ao contrário de Naruto que quanto mais o cara apanha e grita, mais ele fica forte, aqui, se um titã te pegar, ferrou Bahia. Achei bem realista e maneiro por parte do autor manter isso aí tanto no mangá e ainda aceitarem isso pro anime na hora da produção... ah, e se você pensa que o personagem principal não morre ou é o último a morrer, tenho boas notícias para você que está cansado de clichês como este...

No mais, a história em si continua envolvente, o que é algo bom, e mesmo que a história mude mais pra frente do anime, vai ser bacana acompanhar as reações e acontecimentos tudo novamente. Eu tenho minhas reclamações com a série, sim, tanto pelo anime que, apesar de ser bom, não é aquela coca-cola toda que muitos fãs clamam em ser (assim como foi Sword Art Online ano passado), quanto pelo mangá que, sinceramente, tinha uma expectativa bem alta justamente por causa dessa hype. Se você quer conhecer a série, aconselho mesmo ver o anime e comprar o mangá apenas lá pra frente, a partir do ponto em que a história começa a se diferenciar do anime, ou mesmo, se a segunda temporada não for lançada no ano que vem, ver o que acontece enquanto dá seu suporte em forma de dinheiro para o criador da série (ou você acha que ler online dá dinheiro pro autor viver e poder ter o que comer?). Agora, fã é fã e vai comprar o mangá do mesmo jeito... bom, se você ainda tiver massa cinzenta nesse seu volume rosa na cabeça chamado de cérebro, pensa umas três vezes antes de assinar o mangá da série "só porque está barato"... não seja igual o Out... (y).

Aí, sim, essa arte da Mikasa ficou bonita e bem desenhada... mas não tá muito feminina pra mim...


Isso é tudo sobre minhas primeiras impressões? Gostou? Não? Prefere esperar pelo filme da série mesmo? Deixe seu comentário!

Até mais, gente.
Out.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Este é Drag-On Dragoon 3, o hack-and-slash da Square Enix mais bonito (com história) que há


A Square Enix é uma produtora e tanto. Além de ter franquias muito boas em seu arsenal, como Final Fantasy (apesar do declínio da série), Deus Ex e Hitman, como também participa, às vezes na produção e em outras na distribuição, de jogos originais e conceitos cada vez mais interessantes, como Thief, Murdered: Soul Suspect e Bravely Default. Entretanto, não importa por onde vemos, a primeira imagem que nos vem a cabeça ao pensar na empresa (ou pelo menos pra mim é assim) é a cara dos seus belíssimos personagens renderizados em CG, que até já concorreram a muitos prêmios internacionais pela qualidade da animação gráfica.

O nome do jogo pode ser um tanto estranho, mas Drag-On Dragoon é um jogo que segue essa linha. Lançado originalmente como um exclusivo para o PS2, o jogo se tratava de um hack-and-slash nos padrões japoneses, então, se você já jogou Dynasty Warriors ou aquele joguinho do Ben 10, já tá sabendo como que funciona o esquema... ah, sim, God of War, também, né...

Agora, saca só na qualidade da animação do trailer que foi exibido na E3.


CA-
RA-
LHOW!!

Por isso que eu adoro a Square Enix. A animação é linda, a dublagem é muito foda e se encaixa direitinho nos personagens, e o enredo promete ter muitas reviravoltas no seu curso, além da matança de sempre que todos os viciados em aventuras curtem. A história basicamente narra uma dimensão onde 5 deusas trazeram paz ao mundo que era permeado de guerras e sangue. Até aí, tudo bacana, porém uma dessas deusas cantoras decidiu se rebelar e matar todas as outras... com a ajuda de um dragão... e tem um outro cara com cara de vilão, além disso... é, olha só, não é todo dia que você se vê jogos de dragões assim... ou não.

Não era só Persona, viu? Tá tendo jogo bom e exclusivo pro PS3 ainda, o que me anima ainda mais pra comprar esse console logo. Ainda não temos uma data de lançamento para o lançamento em inglês, enquanto lá no Japão, o jogo vai lançar dia 19 agora. Tem cara maneira? Tem. Vai ser bom? Olha, tem tudo pra ser... e por que diabos o jogo é exclusivo mesmo? Pelo mesmo motivo que Mass Effect era inicialmente exclusivo pro Caixão X 360, e agora as vendas das versões do jogo pro PS3 vende mais: dinheiro! Fora que os japoneses gostam mais da Sony mesmo... por ser japonesa... por que eu ainda estou escrevendo isso? Não sei.


Post simples hoje, mas é isso que o meu tempo permite. Até lá, a gente se vê!
Out.