sábado, 7 de dezembro de 2013

Primeiras impressões - Shingeki no Kyojin (Mangá Brasileiro)

Marcador de página de graça?? PONTO PRA PANINI!
 O dia tão aguardado chegou. Pode ter demorado, já que os fãs estavam na febre de 40 graus com o anime da série, mas pelo menos somos um dos poucos países que tem o mangá de Shingeki no Kyojin traduzido para a nossa língua local.

A série que simplesmente ganhou o prêmio de anime do ano de 2013 e de longe foi o anime mais comentado na segunda metade deste ano que se passou, Shingeki no Kyojin é a série que começou como mangá do escritor Hajime Isayama em 2009, com seu primeiro tankobon publicado em 2010 pela Kodansha e que teve vendas tão expressivas que pouco mais de 2 anos depois, teve seu anime feita pela Production I.G. (Suisei no Gargantia, Ghost in the Shell, Genshiken), e como muitos de vocês já devem saber, quando sai um anime, o alcance dele é monstruoso, tanto porque a maioria do pessoal tem preguiça de ler mangá quanto porque é mais fácil de acompanhar (pelo menos é assim pra maioria do pessoal).

A Panini, muito esperta, aproveitou a chance e, como dona das publicações dos maiores shounens no Brasil como Naruto, Bleach, Dragon Ball e turma da Mônica One Piece, ela demorou pouco para conquistar a exclusividade dos direitos de publicação dos mangás da série por aqui, o que agradou os fãs assíduos que viviam acompanhando a série no mangá entre os lançamentos dos episódios.

Aqui, vou fazer uma análise do que achei do mangá em si e da qualidade de publicação do mesmo. Lembre-se, antes de me encher de hate nos comentários, este é apenas a minha opinião. Opinião é igual bunda: cada um tem a sua. E outra, não li o mangá online antes, então considere isso minha opinião "virgem", no sentido de que estou avaliando o mangá, não sob o ponto de vista de um fã, mas como um ponto de vista crítico, buscando coisas bacanas e falhas neste.

Véi, mas esse marcador de livro tá MUITO BONITO!... tá bom, vou falar do anime agora...
 A verdade é que este mangá me deu várias surpresas. Primeiro já veio no preço... bom, na verdade, nem tanto, pois os mangás da Panini sofreram um reajuste recente em aparentemente todas as suas séries, e portanto, adicionando um real a mais ao preço de "tabela" de R$10,90, com raras exceções atuais... agora, em compensação, suas páginas estão bem mais brancas do que antes, provavelmente por uma escolha melhor da gráfica que faz as impressões para a editora italiana.

Uma novidade que, de fato, não vinha antes é o marcador de página incluso em todos o volume 1 de Shingeki no Kyojin (que, aliás, foi traduzido pra "Ataque dos Titãs"... mas eu, particularmente, achei a tradução boa, bem como a escolha de fonte... e olha que eu prefiro mesmo o título original, mas nesse caso ficou maneiro), algo que nunca tinha ouvido falar que aconteceu antes. Eu coleciono marcadores de livro, então, boa notícia pra mim, ainda mais a parte do verso do marcador, que achei que seria simplesmente branco ou a mesma arte da parte da frente. Mesmo pra quem não coleciona, garanto que você vai curtir o jeitão do marcador.

Quanto ao restante dos aspectos físicos do mangá, é o de sempre praticamente: formato full-tanko igual One Piece e Bem-Vindo à N.H.K., páginas branquinhas, contracapa colorida, e tons de preto bem visíveis no mangá, por mais que em algumas páginas (ainda) dê pra ver o verso dependendo das condições de iluminação do seu quarto ou onde quer quer você esteja lendo. 

Eren lança umas frases fodas de vez em quando... pena que na batalha, o lance é outro
 Caso você ainda não conheça a série... não sei o que está fazendo aqui, mas enfim, explicarei a sinopse do anime: há muito tempo atrás, a humanidade era aterrorizada por titãs, seres colossais com alturas de 5 a 50 metros e incrivelmente resistentes a praticamente qualquer tipo de ataque que os humanos poderiam inventar, seja usando pólvora ou outros métodos. A humanidade (você vai ouvir muito essa palavra ainda, tanto no anime quanto no mangá) vivia confinada entre muralhas, selando-a do mundo externo, e com uma estrutura política monárquica, cujos membros que equivaleriam às forças armadas são divididos em três divisões: a divisão de guarnição, que cuida das muralhas, a de policiamento, que cuida da ordem dentro das muralhas, e a divisão de reconhecimento, que de vez em quando parte em operações fora das muralhas da cidade para tentar descobrir algo sobre os titãs, como demais fraquezas, fisionomia interna ou mesmo quem os criou (ah, quanto spoiler...). Eren tem um desejo de se juntar a este grupo de reconhecimento, para que as pessoas possam ser livres e pararem de viverem no que ele considera uma gaiola, mas vai, ao longo da história, descobrindo que seu sonho e sede de vingança pela sua mãe que morrera vítima destes titãs não é tão fácil ou simples quanto ele pensa.

O anime é dividido em 24 episódios, mas incrivelmente, só neste primeiro volume do mangá, os acontecimentos vão bem além do que eu esperava, indo até o começo da primeira batalha de Eren e Mikasa ao se formarem como soldados... e já nem me lembro qual episódio que é esse... 6º? 7º? Enfim, apesar de cortar os episódios do treinamento do Eren a manipular os equipamentos de manobra tridimensional e tudo mais, ainda achei que foi bastante coisa... o que nos dá o primeiro erro do mangá: É CORRIDO PRA DEDÉU!

Tá, eu assisti a primeira temporada do anime, mas poxa, do contrário, não entenderia lufas do mangá por si só. O começo dá pra entender, mas sei lá... deu uma impressão que passar nos exames de aceitação das "forças armadas" é tão fácil que o Eren pegou quinto lugar, enquanto o anime mostra que Eren e companhia passaram por maus bocados e muita ralação até chegar lá. Apesar disso, o restante da história não sofreu grandes mudanças, com exceção de certas cenas e explicações que não foram dadas no anime e que no mangá existe umas páginas só com informações sobre o universo da série e tudo mais.

Olha que arte bonita dos personagens... só que não, né... pô, até a Krista, que é uma belezinha no anime!!!
A arte de Hajime Isayama também foi outro parto pra eu aceitar. Sempre estou acostumado a ver mangás com desenhos bem limpos, com claros contorno dos personagens e complexidade no detalhamento dos cenários e aqui, não tive muito disso. Parece que o mangaká queria desenhar cada fio de cabelo das personagens, tornando o desenho sobrecarregado, além do excesso de uso nos contornos grossos nos objetos e efeitos especiais, além da típica distorção na estrutura dos personagens em alguns momentos. Não é algo tão difícil de se encontrar em mangás, mas tenho que confessar que me deixou decepcionado. Mesmo a arte do anime sendo um tanto estranha frente a demais animes lançados no mesmo período, dava pra acostumar no decorrer do tempo e aprender a gostar dela... só espero que seja esse o caso pro mangá, ao invés de me deparar com desenhos com desenhos inconstantes e estilos de desenho diferentes entre volumes... né, Hiro Mashima?

É normal às vezes você parar de ler o mangá simplesmente para admirar o cenário e tudo mais... mas aqui, são só construções simples que rodeiam a paisagem, e há até falhas de desenho (um rio e uma parede logo em frente, com um barco no meio disso? Foda, hein). Os personagens masculinos até foram bem desenhados, e suas expressões exageradas dão um ar que faz você sentir realmente desesperado junto com os demais habitantes (apesar do excesso de uso de lágrimas deles), além de ser um anime que, ao contrário de Naruto que quanto mais o cara apanha e grita, mais ele fica forte, aqui, se um titã te pegar, ferrou Bahia. Achei bem realista e maneiro por parte do autor manter isso aí tanto no mangá e ainda aceitarem isso pro anime na hora da produção... ah, e se você pensa que o personagem principal não morre ou é o último a morrer, tenho boas notícias para você que está cansado de clichês como este...

No mais, a história em si continua envolvente, o que é algo bom, e mesmo que a história mude mais pra frente do anime, vai ser bacana acompanhar as reações e acontecimentos tudo novamente. Eu tenho minhas reclamações com a série, sim, tanto pelo anime que, apesar de ser bom, não é aquela coca-cola toda que muitos fãs clamam em ser (assim como foi Sword Art Online ano passado), quanto pelo mangá que, sinceramente, tinha uma expectativa bem alta justamente por causa dessa hype. Se você quer conhecer a série, aconselho mesmo ver o anime e comprar o mangá apenas lá pra frente, a partir do ponto em que a história começa a se diferenciar do anime, ou mesmo, se a segunda temporada não for lançada no ano que vem, ver o que acontece enquanto dá seu suporte em forma de dinheiro para o criador da série (ou você acha que ler online dá dinheiro pro autor viver e poder ter o que comer?). Agora, fã é fã e vai comprar o mangá do mesmo jeito... bom, se você ainda tiver massa cinzenta nesse seu volume rosa na cabeça chamado de cérebro, pensa umas três vezes antes de assinar o mangá da série "só porque está barato"... não seja igual o Out... (y).

Aí, sim, essa arte da Mikasa ficou bonita e bem desenhada... mas não tá muito feminina pra mim...


Isso é tudo sobre minhas primeiras impressões? Gostou? Não? Prefere esperar pelo filme da série mesmo? Deixe seu comentário!

Até mais, gente.
Out.

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