terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Animes de 2014 - O que você deve esperar para começar o ano bem!


Fala aí, pessoal, tudo bom?

Faz tempo que não posto, mas pelo menos vai aí um post que deve ser de interesse de muitos por aí: uma análise geral dos animes que estão passando neste começo de ano. Não tem todos os títulos (também, haja tempo para eu assistir a todos eles, mesmo que quisesse), mas tem os principais, e o mais importante, uma rápida análises neles para que você possa julgar se vale a pena acompanhar ou não.

Prontos? Então vamos já porque tem bastante coisa pra ler!

Buddy Complex

O anime mecha da temporada chega a ser previsível no começo, mas a heroína principal que mistura um pouco de personalidade tímida com o famoso "sei de tudo disso aí" dá um ar de vida a mais à história do anime, que por si só também é bem envolvente e cheio de ação.

Algumas cenas dos primeiros episódios pareceram simplesmente jogadas e sem nexo, mas o ritmo do anime consegue compensar esses momentos, misturando uma ótima trilha sonora e a sua história misteriosa. Um ponto fraco seria o do protagonista não fazer muita coisa, mas isso tem cara de que será resolvido quando a batalha de mechas começar a ferver de verdade (ou pelo menos, é o ar que o anime dá ao espectador).

Se gosta de mechas e uma boa história, tá aí um bom anime para acompanhar.

Saikin Imouto no Yousu ga Chotto Okashiinda

A história meio maluca de uma irmã mais nova que acaba tendo que dividir misteriosamente o corpo com um anjo bem pervertido (sério, chega até a ser estranho... bem, tem gosto pra tudo nesse mundo) chega a dar impressão de que este anime é mais voltado ao erotismo das duas personagens do que com o irmão mais velho que, após salvar sua irmã de um acidente, tem que aturar a bipolaridade de sua irmãzinha.

No começo, achei que seria uma cópia de OreImo, com um romance entre irmãos com um pouco de hárem e comédia no meio dos episódios, mas os primeiros episódios do anime mais me pareceram um fanservice/ecchi das personagens principais, uma comédia bem chinfrim e um irmão mais velho que parece fazer papel de santo, mesmo tendo aquele negócio cabuloso de "é a primeira vez que converso com minha irmã em meses" típico de adolescentes que assistem Malhação. A trilha sonora é bem fraquinha, mas são poucos personagens principais e poucos momentos engraçados para falar que isso tudo compensou os vinte e poucos minutos dos episódios.

Recomendo ver apenas se seu fetiche for tão grande e caso ature o senso de humor da série, mas do contrário, esquece...

Mahou Sensou

O anime que, particularmente, estava mais ansioso para assistir não decepcionou. A animação do estúdio Madhouse (Black Lagoon, Sakura Card Captors, Hajime no Ippo) tá bem fluida e com uma trilha sonora de dar inveja, fora o ar misterioso que sempre circunda os episódios e te deixam com mais e mais vontade de ver o que vai acontecer em seguida, além do ritmo excelente que, ao mesmo tempo que não gasta horas para explicar certas coisas, também é o mais claro possível sem dar spoilers do que poderá acontecer nos próximos episódios.

A dublagem é boa, tem bastante batalha que dá gosto assistir, os personagens são bem peculiares... só faltou uma comédia pra deixar tudo agradável aos olhos, mas mesmo assim, o ar sério do anime já é o suficiente para lhe prender em seu universo e cada vez mais querer que a história se expanda cada vez mais, mesmo que para qualquer um dos lados possíveis. Com certeza, uma recomendação digna para quem já achou o título do anime foda o suficiente.

Witch Craft Works

Um anime que contém magia e garotas bonitas me faz lembrar bastante de Supipara, aquela visual novel da minori que mesmo não tendo tradução, tem um visual espetacular e personagens bem peculiares. Claro, não estamos falando que este é uma adaptação da mesma, mas você vai achar algumas semelhanças.

Voltando ao anime, no começo, ele tinha cara de ser bem promissor, já que um anime desses geralmente não gosta de misturar romance com batalhas mágicas (exceto em Sumaga, né?), além de ter uma exército de coelhos (?). Infelizmente, o anime consegue juntar os piores aspectos possíveis para o tema. Um protagonista de botar o Rito (To Love Ru) e Eita (OreShura) e demais protagonistas imprestáveis no chinelo, uma heroína principal com os peitos mais desproporcionais possíveis, com os poderes mais overpower possíveis e uma atitude dandere que chega a dar raiva, estudantes que parecem que não possuem cérebros, uma falta tremenda de personagens para compor o elenco do anime e os inimigos mais tapados deste verso do universo... ah, e magia... e pronto, temos Witch Craft Works.

Uma hora ou outra, ele até chega a ser engraçado ou com alguma frase/cena difícil de ser prevista, mas é sério, isso tudo vai por água abaixo em pouquíssimo tempo após o anime tomar seu ritmo normal, que diga-se de passagem, é bem lento e chega a ser monótono. Novamente, os demais episódios têm que valer MUITO a pena para que valha acompanhar a série, mas se isso não acontecer, nem recomendo que assista o primeiro episódio.

Space Dandy

O famoso anime dos criadores de Cowboy Bebop que tava gerando tanto hype chegou e com boas notícias: é um anime do caralho! A animação, de longe, é a mais bonita e fluida da temporada, cheia de detalhes e cenas exageradas típicas de animes, um toque de comédia inesperado (na moral, qual outro anime vai ter um bar chamado "Boobies"?) e um protagonista que ao mesmo tempo que é um cabeça de vento, tem os seus momentos épicos (e epicamente engraçados também).

A história prende a atenção muito facilmente, os personagens são simplesmente carismáticos, e esse é um dos poucos animes que realmente vai fazer você contar os dias até o próximo episódio, e mesmo se o Dandy não conseguir achar o seu tão-procurado alienígena raro, você não vai ligar muito pra isso e simplesmente se divertir à beça com cada episódio.

Z/X: Ignition
Imagina uma cópia de Fate/Stay Night, mas sem escolinha ou história e só batalhas e um plot bem mediano e clichê... bem, este aí é Z/X: Ignition. A animação é bem feita e dá pra dar um desconto na dublagem, mas de resto, é um tanto difícil achar um ponto forte na série. O anime simplesmente joga um monte de personagens, uns servos com poderes mágicos e formas variadas e um monte de vilão cujo objetivo é simplesmente dominar o mundo ou coisa do gênero (acredite, eles fazem isso soar ainda mais complicado).

Pessoalmente, não gostei do anime. Pareceu um Mahou Sensou feito por um estúdio pouco experiente e com personagens piorados. Exceto se a história ficar muito foda mais tarde, vai ser drop na certa.

Go! Go! 575

O anime é baseado num estranho jogo chamado Uta Yomi 575, um jogo lançado pela Sega para iPhone e que futuramente receberá sua versão para o PSVita também. Engraçado um jogo tão "sem-história" e recente receber um anime, não? Bem, isso tem nome: marketing.

Com o anime, o nome do aplicativo vai nas alturas, além de alavancar as vendas, mas o anime em si é aquele do tipo que pode alegrar ou simplesmente decepcionar. Eu, que pessoalmente não tive tanto contato com poemas em formato Tanka ou Haiku, achei bem maneiro para aprofundar no conhecimento dos pequenos detalhes da cultura japonesa, mas caso você esteja procurando história ou personagens complexas, pode esquecer. Um outro fato é que os episódios duram pouco mais de 3 minutos, então de fato não dá para aprofundar muita coisa nesse tempo, mas é uma boa escolha caso queira passar o tempo ou simplesmente se aprofundar mais na cultura japonesa.

Tonari no Seki-kun


Não tem como não se encantar com Seki-kun e Yokoi-san. Seki é um mestre em matar o tempo na sala de aula sem sequer falar uma palavra, enquanto Yokoi simplesmente fica narrando o que Seki-kun faz e o que ela acha disso. Parece bem bobão para um roteiro de anime (se é que se pode chamar disso), mas simplesmente não tem como não dar risada em cada episódio da série, mesmo o começo dele parecendo bobo e tudo.

A animação e trilha sonora são simples, mas alegres, além do humor ser realmente para todas as idades, algo meio raro nos dias de hoje. Pode não ter nada a ver com a história de amor dramática de Kaibutsu-kun, mas a comédia é boa, pode acreditar... Ainda mais que os episódios do anime duram meros 7 minutos, vale a pena caso precise de algo rápido para animar o seu dia.


Bem, isso é tudo. Desculpem pela falta de posts recentemente (e isso deve continuar um pouco ainda, infelizmente), mas tudo será explicado para vocês quando a hora chegar. Vou fazer meu máximo para continuar, na medida do possível, manter os projetos que a gente já iniciou.

Até mais!
Out.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O fantástico Valkyria Chronicles III foi traduzido por fãs e está muito bom!


A Sega já foi muito famosa pelos seus diversos RPGs, como Phantasy Star, Skies of Arcadia, Shining Force e tantos outros jogos fodas. Valkyria Chronicles foi um desses jogos, lançado originalmente para PS3 com gráficos muito bonitos e um gameplay viciante, logo trazendo mais títulos de jogos da série para o PSP também. O sucesso da franquia foi tão grande no Japão que a série até ganhou um anime pela A-1 Pictures (Sword Art Online, Fairy Tail, Ao no Exorcist, Shinsekai Yori), mangás, figures especiais e até uma raríssima versão para colecionadores.

O último jogo da trilogia foi considerado um dos melhores e mais belos jogos do gênero para o PSP, mas infelizmente, com o baixo número de vendas no ocidente do segundo jogo da série, a Sega não quis investir numa localização (vulgo, uma tradução dos textos e menus para o inglês) por medo da versão não vender o suficiente para cobrir os custos de um trabalho como este (ao contrário de meros fan-translators, tradutores profissionais ganham uma boa grana pra traduzir jogos e livros), além do PSP já estar mal das pernas na época, em 2011.

Enquanto muitos fãs ficaram zangados e viraram as costas pra Sega, outros mais corajosos se uniram e criaram um projeto de tradução deste jogo para o inglês, que foi recentemente concluído e muito aclamado por sites de jogos no mundo afora. O procedimento para aplicar a tradução na imagem do jogo é um tanto complicado, mas depois de feito, o jogo em si é simplesmente maravilhoso e viciante.


Para quem interessar, o link para a página do grupo de tradução, download do patch e instruções para a instalação, basta acessar este link. Vale lembrar que, como estamos mexendo na .iso do jogo, o procedimento apenas é válido para os portáteis que estão rodando firmware customizado (o famoso CFW) com suporte para execução de tais arquivos... ou partir pro emulador, se você está tão desesperado assim.

... o que me dá vontade de fazer uma análise desse jogo no futuro... hmm, quem sabe, né? ^^


Isso é tudo. Até mais, gente!
Out.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Você conhece todos os feriados do Japão?


Ano novo, vida nova, novos presentes, possivelmente alguém aí ganhou um celular/computador/tablet/TV/videogame novo também e deve estar arrumando o guarda-roupa de tanta roupa que ganhou das tias e tios.
Aproveitando a ocasião, lembrei-me esses dias que, assim como é citado em muitos animes e visual novels, o Japão tem alguns feriados diferentes que nós aqui no Brasil, muitas vezes com costumes diferentes e até algumas "regrinhas de etiqueta" diferente (ou seja, não precisa necessariamente passar a virada de ano de roupa branca ou pular sete ondas). Para evitar que o leitor ou o telespectador dessas obras não fique por fora e saiba dessas datas, resolvi fazer uma postagem diferente desta vez, mostrando as datas comemorativas na terra do sol nascente e os costumes normais da população nessas datas. Está pronto? Vamos começar!


Shogatsu (初月): O ano-novo, assim como praticamente no resto do mundo, é um feriado no país, onde geralmente o comércio não abre até o terceiro dia do mês. Geralmente, as casas são decoradas com bambus, flores e pinhos, sinalizando suas boas-vindas para os bons espíritos e para proporcionar paz e longevidade.

Como costume, muita gente escolhe essa data para a primeira visita do ano aos templos budistas (o famoso "hatsumoude" que a gente ouve nos animes), dando oferendas para os deuses e pedindo por alguma coisa ao fazer suas preces, como amor, dinheiro ou paz interior. Também é dia de desejar um feliz ano novo para os amigos e familiares (akemashite omedetou!) e mandar cartas para aqueles que moram mais longe. Há até pratos típicos que são comidos neste data, jogos e até shows na televisão com as bandas J-POP mais famosas do momento, mas isso tem algumas divergências dependendo da região do país.

Seijin no Hi (成人の日): muitas vezes traduzido como "Coming of Age Day", literalmente traduzido como "Dia da Maioridade" ou "Dia do Amadurecimento". É comemorado na segunda segunda-feira de Janeiro, com varias cerimônias em homenagem às pessoas que se tornaram adultas no país, ou seja, que completaram 20 anos, tendo o direito de votar, casar sem permissão dos pais e consumir bebidas alcoólicas. Essas pessoas geralmente vestem roupas tradicionais, sendo um furisode (um kimono especial) para as mulheres e um hakama (outro kimono tradicional) para os homens, além de tirarem muitas fotos nesta data.

Kenkoku Kinen-Bi (建国記念日): também conhecido como o Dia da Fundação do Japão (ou Dia da Fundação Nacional, para eles), celebrando (obviamente) o dia em que o país foi fundado pelo seu primeiro imperador. É comemorado no dia 11 de Fevereiro e é um momento onde as pessoas acordam seus espíritos patriotas, considerado um dos maiores feriados por lá, com pessoas saindo às ruas com bandeiras de seu país nas mãos enquanto outras pessoas aproveitam para descansar no feriado nacional. Uma tradição nesta data é o carregamento de um pequeno templo nos ombros de algumas pessoas que o levam até Tokyo.


Shunbun no Hi (春分の日): o Equinócio da Primavera, comemorado entre 20 e 21 de Março, é um feriado onde as pessoas geralmente vão aos templos e cemitérios para lembrar de seus familiares e entes queridos que faleceram, geralmente limpando suas lápides, trazendo flores, acendendo incensos em seus nomes e rezando. Segundo a tradição, é um dia para celebrar todas as coisas vivas e a natureza. Com o término do inverno deles, as famosas cerejeiras (ou "sakura", como preferir) começam a florescer, começando no sul do país.

Golden Week: a famosa "semana de ouro" no Japão na verdade é uma coleção de feriados que, por estarem em datas bem próximas umas das outras, é "emendado" como uma semana inteira onde as escolas geralmente não têm aulas. Os feriados comprimidos nesta semana são:
   - Shouwa Day (昭和の日), que era o aniversário do imperador do Período Shouwa da história do Japão (1926-1989). Nesta data, geralmente as pessoas se lembram dos acontecimentos da época e fazem planos para o futuro. É celebrado no dia 29 de Abril.
   - Kenpou Kinen-Bi (憲法記念日), que é o Dia da Constituição do Japão, bem similar ao celebrado aqui no Brasil. É celebrado no dia 3 de Maio.
   - Midori no Hi (緑の日), ou o Dia do Verde, era celebrado também durante o Período Shouwa devido ao gosto por flores pelo imperador, mas que acabou se tornando um feriado para agradecer à natureza e os benefícios que ela proporciona em épocas de colheita. Celebrado no dia 4 de Maio.
   - Kodomo no Hi (子供の日), é o Dia das Crianças para eles, celebrado no dia 5 de Maio. As famílias rezam para que seus filhos cresçam saudáveis, fortes e inteligentes, também com alguns pequenos festivais celebrando a data e pendurando aqueles peixes koi em mastros e varais como símbolo disso.


Umi no Hi (海の日): é o Dia do Mar, marcando o dia em que o imperador Meiji chegou em Hokkaido, celebrado na terceira segunda-feira de Julho. Neste dia, as pessoas agradecem os mares pela sua fartura de peixes, carne mais consumida no país, e geralmente é "comemorada" com uma merecida ida à praia, ainda mais por estar no meio do verão nessa época do ano.

Keirou no Hi (敬老の日): é o Dia do Idoso, celebrado na terceira segunda-feira de Setembro, onde as pessoas costumam prestar suas honras aos idosos (uma grande parcela da população japonesa, cerca de 1 em cada 4 pessoas). Os idosos geralmente recebem presentes em embrulhos vermelhos (ou mesmo artigos desta cor), que acredita ser uma cor que espanta doenças e maus espíritos.

Shuubun no Hi (秋分の日): o Equinócio de Outono, assim como no de Primavera, é um feriado também destinado à visita de falecidos e preces às suas almas. É comemorado entre os dias 23 e 24 de Setembro, dependendo das constelações.


Taiiku no Hi (体育の日): é o Dia dos Esportes e da Saúde, celebrado na segunda segunda-feira de Outubro. Celebrando as Olimpíadas de Tokyo em 1964, este dia foi considerado desde então um dia para a prática de esportes, tanto para a manutenção da saúde física dos indivíduos quanto como uma brincadeira entre crianças que participam de diversos campeonatos em escolas ou mesmo em torneios públicos para mostrarem suas habilidades (similar ao nosso "Challenge Day").

Bunka no Hi (文化の日): o Dia da Cultura é celebrado no dia 3 de Novembro e é nesse dia que as pessoas mostram muitas coisas típicas da cultura japonesa para o mundo. Muitas de suas tradições como origami, caligrafia clássica, kendô, danças folclóricas e cerimônias de chá são praticadas por muitos profissionais neste dia em espaços públicos, incentivando as pessoas a aprenderem tais costumes, suas histórias e se relacionar com diferentes pessoas neste dia (e o melhor, de graça!).

Kinrou Kansha no Hi (勤労感謝の日): conhecido como Dia da Gratidão aos Trabalhadores, é bem similar ao nosso primeiro de Maio, onde as pessoas agradecem os trabalhadores pelos seus esforços feitos durante o ano, dando-lhes uma folga no trabalho. É comemorado no dia 23 de Novembro e originalmente se tratava de um feriado onde o imperador fazia a primeira oferenda do inverno aos Deuses. Atualmente, é comum as escolas chamarem os pais para explicar o que fazem em sua profissão, além dos filhos fazerem desenhos ilustrativos da profissão de seus pais.

Ten'nou Tanjoubi (天皇誕生日): também conhecido como Aniversário do Imperador, é um feriado desde os meados do século XIX, comemorado no dia 23 de Dezembro. Neste dia, há uma cerimônia onde o imperador, acompanhado de sua imperatriz, faz algum discurso e permite que o público possa entrar no palácio imperial, evento que apenas acontece nesta data e no dia 2 de Janeiro. Algumas pessoas também andam com bandeiras do Japão neste dia, assim como no Dia da Fundação. 


Bem, post informativo, então espero que isso baste por hoje... ah, mas pode ficar tranquilo que eu não me esqueci das datas comemorativas que não são feriados, como os famosos dias de São Valentim e o Hina Matsuri, mas isso é pra matéria para outra postagem. Até lá, um bom fim de semana para todos vocês e até a próxima postagem!
Out.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Análise [12] - Long Live the Queen - Ser rainha não é fácil, ainda mais com tantos caminhos a seguir


A minha manhã de domingo seria como todas as outras... bem, exceto que estamos no final do ano, o que significa as vendas absurdas de final de ano na Steam, a loja virtual da Valve que vende diversos jogos, lançamentos inclusive, a preços ridículos comparados com os jogos em mídia física. Para a minha surpresa, um desses jogos era justamente um que havia descoberto um tempo atrás (em seu lançamento da Steam, por ter sido aceito no seu programa Greenlight) e que estava nas promoções relâmpago do sistema. Não hesitei e comprei o jogo, e após alguns módicos minutos para o download pelo seu tamanho reduzido, tive uma grande e agradável surpresa.

O jogo foi escrito na engine Ren'Py (mesma de Katawa Shoujo) e desenvolvido pela Hanako Games, que já produziu alguns outros jogos parecidos antes. Apesar de Long Live the Queen não ser considerado uma visual novel de acordo com o próprio site, ela é assim considerada pela VNDB (o que faz sentido, por couber exatamente na definição de visual novel das nossas postagens sobre Um Pouco sobre Visual Novels) e tem inúmeras escolhas e jeitos diferentes de se jogar. No começo, você não vai saber o que fazer, mas se você curtir o esquema do jogo de tentativa e erro, vai ficar mais que feliz em estudar (acredite!) e correr caminhos diferentes (trágicos ou hilários) a cada nova partida. Acredite, você vai fazer isso muitas vezes sem passar pela mesma experiência duas vezes.

Bem, chega de papo e vamos começar a análise! Esta aqui vai ser curta, mas espero que ela o iluda, caso você esteja em dúvida antes de pôr a mão no bolso para este jogo.

História e Rotas
A história é muito simples: você toma o papel de Elodie, uma jovem de 14 anos (sim, 14-fucking-anos!!) que é filha do rei e rainha do reino de Nova. Poucos meses após seu aniversário, sua mãe acabou falecendo, e como Elodie ainda não tem 15 anos completos para assumir o posto de rainha, ela deve aguentar as turbulências do seu reino por mais 40 semanas, tempo restante até ela ter idade suficiente para ascender ao trono real.

Nesse tempo, ela enfrentará de tudo. Desde gente da nobreza que quer aplicar um golpe de estado na futura rainha até uma guerra de verdade entre reinos diferentes, tudo pode acontecer dependendo das suas próprias ações... e são várias ações que você enfrenta, diga-se de passagem.

O final é tecnicamente um só, o de propriamente se tornar rainha, mas *como* você vai chegar até lá é a grande sacada do jogo. Ao todo, são 11 jeitos que você pode morrer totalmente diferentes, e se você conseguir sobreviver tudo, ainda existem 22 destinos para os diversos personagens da história, com mais de 39 conquistas mais elaboradas que você pode fazer, que vão desde mandar alguém para a forca ou mesmo se tornar uma garota mágica... sim, neste universo, há os Lumens, pessoas da nobreza com magia no sangue, e que, com o devido treinamento, podem aprender a detectar magia , resistir magias de oponentes, ou mesmo projetar uma lâmina mágica do nada para lutar. Invenção minha? Cópia de Fate/Stay Night? Fale o que quiser, mas o que citei aqui são apenas algumas das diversas possibilidades que você terá neste único jogo, que diga-se de passagem, não demora mais que 5 horas para você zerá-lo, mesmo indo do começo ao fim e se dando bem em todas as suas escolhas.


Traços, Trilha Sonora e Animação
Os traços são bem básicos para jogos desse tipo. Nada de surpreendente, mas não tão ruim se comparar com demais VNs de baixo orçamento (como Narcissu, mesmo sendo uma obra muito bacana produzida usando tão pouco dinheiro). Você pode criticar o fato de não ter tantos desenhos para demais personagens que não incluam a própria protagonista, e você está certo nesse quesito... porém, você não vai sentir tanta diferença nisso... a menos que você seja obcecado com isso.

A trilha sonora também é bem simplória, contando apenas com umas 5 ou 6 músicas tocadas por um piano, mas que ainda faz um bom papel para a descrição geral das cenas. Como animação, apenas temos uns efeitos visuais simples de transição, e portanto, é algo que passa desapercebido por vezes.

Opinião
Watashi... mahou shoujo ni naru!... tá, ela não se encontra com o Kyuubei, mas ela pode aprender magia mesmo.
Se você leu a seção anterior, provavelmente acha que este jogo também é ridiculamente simples e/ou fácil, certo? ERRADO! Este jogo é tudo, menos fácil ou simples. Ao todo, são 14 tópicos para você estudar, com 3 sub-tópicos em cada um (veja imagem abaixo para se ter uma noção). Cada um deles participará, em algum momento (ou em vários deles, dependendo da importância do assunto) e influenciará diretamente as escolhas que você pode fazer.

Pode ser que uma estrela cadente que você viu no céu um dia signifique que uma guerra está se aproximando, possibilitando que você antecipe o recrutamento de mais tropas. Pode ser que o seu estudo de medicina na frente de batalha venha a calhar caso você seja atacada de surpresa. Pode ser que um presente inusitado signifique, na vida da nobreza, que essa pessoa quer se casar com você. Pode ser que seu discernimento em magia evite que você morra ao duelar contra alguém. Essas são apenas algumas das coisas que podem acontecer, e cada evento pode se desdobrar de um jeito dependendo de seus estudos. Caso alguém lhe convide para um duelo, você pode enfrentá-lo usando suas habilidades com a espada, ou mesmo fazê-lo queimar instantaneamente usando sua magia. Você pode sair para uma festa da nobreza e acabar dando uma excelente impressão sobre a sua elegância e postura, mas também pode causar a impressão que você não passa de uma despreparada criança e fazer com que todos bolem uma manobra política para arruinar sua vida.

O jogo pode sequer ter vozes para os personagens, mas com certeza tudo isso é compensado com a história que você pode criar ao ter tantos atributos para investir. Como se isso não fosse suficiente, o comportamento da princesa pode mudar, também. Se ela se sentir alegre, por exemplo, ela pode estar mais disposta a fazer exercícios físicos, enquanto se ela estiver com medo, ela estará mais propícia a passar o tempo meditando ou aprendendo sinais de presságios. No final das contas, é você quem decide o que a candidata à rainha fará ou não, o que ela estudará ou não, mas é justamente por isso que o resultado que você obtém não é um mero "decoreba" (a menos que você queira ser um completista e obter todos os finais possíveis) dos muitos eventos que acontecem. Se você morrer, é porque você tomou decisões erradas na hora de escolher tópicos para estudar, ou que ainda estava despreparado para comparecer a um evento, ou que você falhou em "puxar a sardinha para o seu lado", como tentar fazer um assunto tender para a área que você tem mais estudo... claro, na medida do possível.

Como lado negativo, no entanto, o jogo é tipo um Dark Souls em formato de visual novel: é tudo na base da tentativa e erro. Não vai ter como você zerar esse jogo na moral sem salvar o jogo no meio do caminho algumas vezes e escolhendo as matérias certas para você não cair nas ciladas. Infelizmente também, o único incentivo seu para isso é a curiosidade de ver o que vai acontecer no final, não havendo múltiplos finais na sua coroação (exceto no *como* você fará isso). Além disso, alguns atributos que você deve dar mais prioridade também são coisas que você percebe nessas tentativas e erros: treinar seu cachorro ou seu falcão de estimação (?) rarissimamente vai salvar a sua vida, enquanto investir em saber sobre as intrigas e a história locais serão de muita valia. Dependendo do estilão do seu personagem, pode não ser vantajoso investir pesado em estratégia militar, mas sim em ser mais sociável com os nobres e as massas. Você deve ter em mente o perfil de uma rainha exemplar, do contrário, você vai cair em muitas armadilhas ou mesmo acabar se dando mal ao tentar dar uma boa impressão.

Veredito Final

Pontos Fortes 
      *Imensa variedade de escolhas e caminhos para seguir no jogo
      *Sensação de estar criando sua própria história, já que todas as suas ações têm consequências diretas na história do jogo.
      *Imenso valor de replay
      *Jogo relativamente barato (se comprar na Steam, pelo menos)
      *Várias roupas para habilitar, caso goste de personalizar sua personagem

 - Pontos Fracos
      *Sem vozes para as personagens e trilha sonora bem modesta
      *Muito poucas CGs
      *Alguns finais podem ser frustrantes nas primeiras vezes que você joga
      *Necessidade de salvar frequentemente para sobreviver
      *Pode não ser o jogo ideal para fazê-lo amar visual novels

Nota: 7,0/10

Opinião final: É um bom jogo, mas o seu verdadeiro potencial depende do próprio jogador. Se você for alguém que gosta de explorar finais diferentes e de explorar cada detalhe de visual novels com elementos de RPG (apesar de não ter nada baseado na sorte neste jogo. Os testes que você passa ou deixa de passar são baseados apenas no que você já aprendeu antes), você com certeza vai se deleitar com esse jogo, recomendando facilmente comprar este jogo. Pra se ter uma ideia, um dos finais que eu consegui ao investir pesadamente em conhecimento mágico parecia que a rainha se tornou uma verdadeira ditadora absolutista, conseguindo encerrar uma guerra inteira com as próprias mãos e queimar todos aqueles que a opusessem... e foi MUITO legal.

Como disse antes, é um jogo que apenas a sua experiência em se colocar no lugar de uma rainha (por mais estranho que isso possa soar vindo de um jogador homem) conta para progredir na história. Pode não ter fatos interessantes baseados na vida real (afinal, não há uma idade certa para assumir o trono em uma monarquia), mas o fato do jogo colocar o jogador em várias situações onde ele deve escolher em aceitar a ajuda de um estranho ou perder um possível aliado de grande importância depende apenas do seu próprio esforço em se aprofundar nos estudos e de ter bom senso entre quais ações escolher. Eu esperava que o comportamento da protagonista influenciasse diretamente em quais escolhas estariam disponíveis, mas na verdade, é só a "disposição" dela pra estudar algumas matérias... o que me fez tirar um pouco de nota do jogo, mas que ainda assim ganhasse minha recomendação.

Vale a pena comprar esse jogo?
É um jogo simples (também, são só 50mb), mas com muitas escolhas e situações bem possíveis, por mais que tenha só um ou outro momento engraçado escondido. Como está tão barato (ou melhor, estava... queria lançar essa análise ainda enquanto estava na promoção, mas 8 horas pra jogar e escrever é tenso...), é bem provável que tenhamos outro período de 50% de desconto no jogo daqui a algumas semanas. Se esse dia chegar, recomendo dar uma olhada e também apoiar desenvolvedores desses jogos. Agora, se você se preocupa muito com qualidade e/ou quer algo mais complexo, tem outras VNs boas para você investir (como Dysfunctional Systems, por exemplo)

Nesse jogo, é muito fácil você morrer, mas todas as mortes são justas, de quando você deixa de investir em alguma habilidade ou algo do gênero.

Bem, essa foi a nossa análise. Espero que tenham gostado, e se o jogo estiver na promoção mais uma vez, vale a pena dar uma pensada na hora de comprar!
Out.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sabia que a Bandai Namco tem um dating-sim desenvolvido com o criador de Homestuck?


Você pode até estar familiarizado com visual novels e saber dos nomes das maiores empresas no ramo, como, só para citar algumas, Key, minori, Circus, Navel, Nitroplus, KID e 07th Expansion. A Bandai Namco, apesar de não ter o costume de produzir visual novels, mas sim publicá-las, como Toradora Portable, Haganai Portable e Ore no Imouto (todos para PSP e que possuem traduções para o inglês), surpreendeu ao anuciar um tempo atrás que teria um jogo de dating-sim em browser (vulgo, que roda direto na internet sem precisar instalar nada) com personagens da marca. O que isso tem de especial? Ela foi desenvolvida pelo criador da série Homestuck, que você provavelmente já ouviu falar, e também tem seus personagens inseridos no jogo.

O jogo inclui vários personagens clássicos da Namco, tais como Hiromi de Burning Force, Blue Max de Sky Kid, Nidia de Dragon Spirit, Mr. Driller (do jogo, homônimo) e até uma personificação de uma nave de Galaga, bem como alguns dos personagens da série em MSPA, como Terezi, Jane Crocker e Davesprite. O enredo é bem simplório: você é um estudante da Namco High, e de algum jeito você parou na detenção com um bando de personagens de jogos da Namco e alguns estudantes que se transferiram (os de Homestuck), e após uma breve conversa entre eles (que você pode escolher ou simplesmente pular), você deverá escolher um clube para entrar, e assim você entra na rota do personagem que estiver no mesmo clube que você.


Aparentemente, é uma premissa interessante... só que não, pelo menos na execução. Primeiramente, o jogo se trata dos famosos "freemium", os quais você pode jogar de graça, mas com limitações, e no caso, limitações em quais rotas você pode escolher, o que é decepcionante, já que, como você pode imaginar, as melhores personagens tem que serem habilitadas pagando dinheiro de verdade (praticamente 2 dólares para um único personagem, 5 para 3 deles, ou 15 dólares pra já habilitar todo mundo)... e não, não tem outro jeito de habilitá-las (ou habilitá-los... tem rota pra amiguinhos também). Segundo, o jogo não tem qualquer dublagem ou música interessante o bastante para mantê-lo ligado na história... espera, eu falei história? Até a história das "rotas" dos personagens são incrivelmente chatas, a menos que você seja um fã assíduo dos personagens e tenha *muito* tempo sobrando nas mãos, assim como fala a página principal do jogo. Além disso tudo, não tem qualquer backlog para rever os textos caso você tenha clicado por engano ou simplesmente queira ler novamente a conversa, além de alguns diálogos serem corridos demais para você ler rapidamente... uma pena.

Após procurar um pouco, o jogo tem umas CGs específicas de algumas rotas e alguns diálogos podem mudar após zerar o jogo, mas para um jogo tão sem sal quanto esse, prefiro jogar os jogos que eu já tenho mesmo do que jogar as rotas gratuitas que também não me agradaram. Enfim, se você quer ter um pedaço da experiência, pode acessar a página clicando neste link, mas eu já deixei o aviso que não é lá grandes coisas esse jogo...


Bom, isso é tudo por hoje. A gente se vê, pessoal! ^^
Out.