sábado, 16 de fevereiro de 2013

Chou Dengeki Stryker terá tradução da MangaGamer, Anime de Rewrite ainda está longe


Não é tanta surpresa assim devido aos rumores já existentes, mas ainda assim são boas notícias que finalmente sairam oficialmente do blog da MangaGamer. No evento americano Katsucon, ela revelou que, além de Otoboku contar com uma versão limitada em mídia física (quem que vai ser o louco que vai comprar?) e mais alguns títulos da Softhouse Seal que ela está trabalhando na tradução (o que não é muita surpresa), o anúncio que valeu a pena foi exatamente esta: Chou Dengeki Stryker será traduzido pela empresa e será lançado ainda neste ano!

Chou Dengeki Stryker, lançado originalmente em 2012 no Japão pela Overdrive (Kira*Kira, Deardrops, Edelweiss), é uma versão "upgraded" de Dengeki Stryker, este lançado em 2011 no Japão e que contou com tradução da MangaGamer em 2012. É virtualmente o mesmo jogo, mas temos desta vez vídeos de abertura e encerramentos diferentes, mais animações e transições de câmeras nas batalhas, mais CGs e efeitos especiais, e com 3 rotas específicas extras, totalizando 5 rotas (Haruna, Ichimonji, Rin, Hilko e uma personagem nova, Kurie). Exatamente como eu suspeitava, Chou Dengeki Stryker não sairá de graça para aqueles que já compraram o jogo original, mas sim com um preço reduzido (lê-se, "você vai pagar 10 doletas a menos")... eu bem que avisei vocês para não comprarem o jogo *ainda*.

O jogo conta a história de Yamato Yuuki, um garoto que adorava a sua série favorita, Dengeki Stryker, mas que teve os seus sonhos destruídos quando ele foi bancar o herói para a sua amiga de infância, Haruna, e apanhar feio dos meninos que mexiam com ela. Triste, ele vai para um templo para pedir para Deus que o torne um herói de verdade, e é aí que um velho misterioso aparece para Yuuki oferecendo exatamente isso, sob a condição de roubar todas as memórias dele até então. Yuuki aceita e realmente se torna um superherói, mas que acabou esquecendo por completo de sua amiga de infância, que logo se mudou para outra cidade. Alguns anos depois, o Império Balbora, o grupo arqui-rival do herói da série, surge no Japão para destruir os Dengeki Strykers, e cabe a ele e alguns outros heróis que inusitadamente entrarão na história combatê-los enquanto Yamato deve manter seus estudos em dia e fazendo alguns amigos (também inusitados) no caminho.

É um jogo muito bom, e só espero que eles sejam espertos e lancem uma versão em mídia física para o jogo, pois esse sim merece!


Em seu twitter, Takahiro Baba, diretor (chefão) da Visual Art's, respondeu um tweet perguntando se há a possibilidade de fazer um anime de Rewrite com um "Se eles me chamarem, estaria mais que feliz em fazer um anime (da série)"... mas será mesmo que o anime de Rewrite estaria tão perto de chegar assim?

Eu sinceramente acho que não. Vamos recapitular nos últimos animes de visual novels da Key: Kanon lançou em 1999 e teve anime em 2002 e 2006. Air lançou em 2000~2001 e teve anime em 2005. Clannad lançou em 2004 e teve anime em 2007 e 2008. Little Busters foi lançado em 2007 e só teve anime recentemente, em 2012. Rewrite lançou em 2011 (2010 se contar a demo), então pela lógica, um anime da série ainda estaria longe de ser lançado, quem sabe só mesmo em 2014 ou 2015.

Protesto!!
... olha, pode falar o que quiser, mas faz muito sentido eles demorarem para lançar um anime da série. Vamos tomar Little Busters! como exemplo. O jogo lançou em 2007, mas já no ano seguinte teve a sua versão melhorada, o Ecstasy. Em 2009 lançou o port para PS2, em 2010 lançou o port para PSP e o fandisk, Kud Wafter. Em 2011 tínhamos o patch de tradução (apesar de não ser nada oficial, é uma coisa boa para os fãs), e em 2012, além do anime, tivemos o Perfect Edition lançado para PC.

Entendem onde quero chegar? Mesmo que de um jogo para outro dela demore cerca de 3~4 anos (que seja pra sair a demo deste), a Key e a Visual Art's são espertas e lançam versões melhoradas, ports e fandisks/cross-overs no meio-tempo para fazer os fãs continuarem se lembrando dos jogos dela e alcançar um número maior ainda de fãs.

Momento cultura: em estatística, um produto pode ter "cauda longa" ou "cauda curta". Filmes são ótimos exemplos de cauda longa, pois quando eles estão em cartaz no cinema, eles geram bastante dinheiro, bem como quando eles saem em DVD/Blu-Ray, quando saem em pay-per-view em TVs a cabo, quando a Netflix/HBO/Globo compram os direitos de lançá-los na sua programação, quando lançam versões remasterizadas/HD/3D/Blu-Ray/boxes de alguma série de filmes... a cada (re)lançamento, os custos de produção caem drasticamente, mas conseguem reaquecer o mercado consumidor a comprar esses novos produtos (Star Wars seria o exemplo perfeito). Jogos por outro lado têm cauda curta, pois depois que lançou o jogo, não importa se você vai comprar o novo jogo com texturas melhoradas ou não, é virtualmente (salvo algumas exceções) o mesmo jogo. Eles até o relançam fazendo parte de algum bundle, lança o jogo na Steam ou lojas virtuais como promoção, ou até mesmo abusando de DLCs, só que ainda assim, a cada mês que se passa depois do lançamento do jogo, cada vez menos pessoas compram o jogo e cada vez mais barato eles custam... e como só alguns títulos bem específicos vão para streams terceirizados como Onlive e Gaikai (sem contar que os custos de produção de um jogo são bem maiores que de um filme)... bem, digamos assim que é por essas e outras que cada vez mais jogos FPS estão sendo lançados ao invés de criar jogos inovadores.

Resumindo, eu acho que um anime de Rewrite cairia bem (se fosse pela KyoAni então!), mas não tão cedo assim. Esperem aí um ou dois anos depois que o anime de Little Busters! acabar e começar a termos notícias oficiais de próximos fandisks/visual novels da Key para depois termos notícias concretas de um futuro anime da série.
Out.

Nenhum comentário:

Postar um comentário