segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Shingeki no Kyojin para 3DS tem data de lançamento, spin-off de Danganronpa será TPS?


Lembra daquela imagem cabulosa de uma revista japonesa que mostrava um possível jogo de 3DS da série? Pois é, não era trollagem nem nada, mas sim o alívio para muitos fãs da série que acabou de acabar. O jogo, entitulado Shingeki no Kyojin: Jinrui no Saigo no Tsubasa, será desenvolvido pela Spike Chunsoft, que para quem não sabe, é a mesma responsável pelos jogos de Danganronpa, Conception, e 999 (que, como eu não me canso de dar ênfase, temos uma análise do jogo... que é foda pra caramba), então, para quem não quer jogar as visual novels que serão inclusas nos Blu-Rays 3 e 6 do anime e quer ver mesmo ação e porrada, este jogo será uma boa pedida para o final do ano, mais precisamente dia 5 de Dezembro (isso é, se você tiver um 3DS japonês).

O trailer oficial, também em japonês, é curtinho, mas você pode vê-lo caso ainda não o tenha:


Maiores detalhes sobre o jogo ainda não foram revelados, então é melhor ficar de olho nesses próximos meses para saber como vai funcionar o modo campanha e o multiplayer do jogo (que, diga-se de passagem, deixará que você crie seus próprios personagens e se juntar com até mais 3 pessoas para matar gigantes e completar missões diversas). Bom, e como se não bastasse, um Live Action da série está para sair em Dezembro, e não vamos nos esquecer do mangá que virá oficialmente para o Brasil pela Panini em Novembro desse ano... se esse ano é para ser o ano dos gigantes, tem de tudo para convencer os otakus que sim.


E ainda falando da Spike Chunsoft, o anime de Danganronpa pode ter deixado um gosto de "quero mais" na sua boca, não? Pois é, já existe uma continuação direta para a "primeira temporada" em jogo, Super Danganronpa 2, lançado para PSP (e para Vita, que inclui os dois jogos de uma vez), mas caso o seu amor pela série não pare por aí, a empresa lançará um spin-off da série, e apesar dos detalhes mais sórtidos também não serem revelados, podemos ter uma ideia a partir do PV oficial do jogo.


... é.... CALL OF DUTIZANDO!

Sim, o jogo será uma mistura de Third-Person Shooter com mistério e contará com personagens exclusivos para o jogo, além de, claro, Monokuma estará presente para te fazer sofrer e cair no desespero. Zettai Zetsubou Shoujo: Danganronpa Another Episode é meio que um mistério até agora, exceto pelo fato que o jogo se dará entre os eventos dos dois jogos e que também contará com a participação de personagens do primeiro Danganronpa. Além disso, o final do vídeo mostra uma possível referência a uma (também possível) continuação direta à série, o que seria muito maneiro, ainda mais para se fechar uma trilogia para o universo (e que não seria má ideia, hein!). Another Episode não tem data de lançamento definida, mas deve chegar no mercado japonês de games em meados de 2014.


Bom, o post foi curto, mas é o tempo que temos hoje. A gente se vê na próxima, mas não necessariamente amanhã (porque essa minha vida está de lascar ><").

Até mais o/
Out.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Análise de Anime [9] - Kara no Kyoukai [CORRENTE DE REVIEWS 2013]


Não, o Out não morreu, e sim, pode parecer inesperado, mas a Zero Force também está participando da Corrente de Reviews 2013, organizado pela Anikenkai, parte do portal Genkidama. Se você está acompanhando a corrente (e se todo mundo tá postando direitinho nas datas certas), o blog que me sorteou foi... alguém que eu não sei ainda, mas o anime que me sortearam foi... pois é, depois de tanto pau que eu metia na Type-Moon por causa do anime de Fate/Stay Night, mas que eu acabei mudando de visão após ver Fate/Zero e me adentrar mais no "Nasuverso", tá aí mais uma obra feita nas mesmas bases e muito bem aclamada por otakus espalhados pelos sete mares: Kara no Kyoukai.

A série foi criada pela mesma duplinha de sempre da Type-Moon: roteiro por Kinoko Nasu e com ilustrações de Takashi Takeuchi (tem até tags pra eles pois não é a primeira vez que falo deles, tá!). Muitos conhecem mais eles pelas visual novels de Tsukihime e Fate/Stay Night, mas a verdade é que, no começo de sua carreira, Nasu escreveu uma certa Web Novel (tipo uma light novel, mas que você lê, legalmente, pela internet) que demorou um bom bocado para ser publicada em formato físico (e pra falar a verdade, foi o próprio Nasu que desembolsou para que isso acontecesse). Anos se passaram, e mais ou menos na época em que Fate/Stay tava bombando nas lojas japonesas, Nasu convenientemente relançou sua obra, revisada e modificada de acordo com o seu intuito, e foi um estouro de vendas. O nome dessa obra? Kara no Kyoukai.

Uma obra meticulosamente feita e brilhantemente orquestrada despertou o interesse de muitos estúdios para transformá-la em anime, mas por ser uma obra de difícil entendimento para o público "normal", a Type-Moon recusou muitos convites... até que a Ufotable (*aquele* estúdio paia que fez Fate/Zero) teve a ideia de dividir os diversos capítulos da obra em filmes, que passariam nas telonas e que requerem maior atenção do espectador frente a um anime que passa na sua TV ou no computador. A Type-Moon aceitou a proposta, e hoje é visto como um dos melhores exemplos de animação até hoje, frente até mesmo à Production I.G. (Shingeki no Kyojin, Robotics;Notes) e da Kyoto Animation (Clannad, Angel Beats, K-ON, Free!).

Chega de enrolação? Pois bem, vamos à análise!
História
Ah, borrou toda a minha maquiagem...
<--- música para ouvir enquanto lê a análise ^^

Kokutou Mikiya é aquele seu protagonista clichê de animes japoneses: o cara normal, sem nenhum dote especial, colegial e que usa óculos (tá, não é todo protagonista que têm óculos). Após passar pela cerimônia de ingresso para um novo ano do ensino médio, Mikiya vai, aos poucos, se envolvendo com Ryougi Shiki, uma menina meio calada (apesar de passar longe de ser uma kuudere) e que curte andar por aí usando seu kimono.

Durante as primeiras conversas que os dois personagens têm, vários assassinatos ocorrem na cidade onde eles vivem, mas até aí, nada de anormal acontece na vida dos dois... isso é, até Mikiya descobrir que Shiki possui dupla personalidade, e após muito investigá-la, descobre que ela era a responsável pelos assassinatos bizarros. Mikiya tenta convencê-la de parar de fazer essas coisas, mas o aparecimento de um mago, Araya Souren, acaba por impedir que Shiki matasse Mikiya por pouco, mas não nas melhores das intenções.

Uma série de eventos acontece a partir daí, e Shiki se encontra com Aozaki Touko, uma pessoa que a tenta auxiliar a superar seus medos e traumas, em troca de que ela trabalhe para Touko, juntamente com Mikiya, em uma espécie de agência que cuida de casos paranormais relacionados a magos e à própria magia deles. A partir de então, vários mistérios que vão ocorrendo na cidade acabam, de uma forma ou de outra, envolvendo os personagens da história mais uma vez, e aos poucos vai revelando e desenvolvendo a história entre os dois, diante de tanto mistério, lógicas e sede por sangue que as magias liberam nas mãos das pessoas erradas, ou mesmo vinda das próprias mãos das pessoas confusas e animalescas que aparecem.

Kara no Kyoukai é dividido em 7 filmes (o oitavo filme que foi anunciado, Mirai Fuukei, é um spin-off after-story, dando continuidade ao final do último filme), sendo que a maioria tem até pouco mais de uma hora de duração cada, com exceção do quinto e sétimo filme, com durações próximas de 2 horas. Cada filme é uma história fechada, mas como a ordem cronológica da série (2>4>3>1>5>6>7) não é a mesma que a sequência com que os filmes foram lançados, alguns fatos, pessoas e "poderzinhos que aparecem sem serem explicados" só fazem sentido posteriormente, e uns até só aparecem depois que os créditos rolam na tela... além de, claro, desenvolverem algo ainda maior.

Animação e Trilha Sonora
Kara no Kyoukai não é o seu anime de todo dia. Ele aborda temas bem polêmicos e com quase nenhuma censura. Sexo, estupro, drogas, homicídio, suicídio, decapitação, e até mesmo halucinação. Escolha o prato que mais gostar.
A animação é impecável. Assim como em Fate/Zero, Kara no Kyoukai não tem vergonha em mostrar belos tons vívidos e escuros na maioria de seus filmes. Efeitos de luzes não são tão evidentes no dia-a-dia dos personagens, mas nas batalhas e partes mais tensas da história, quase toda forma de efeito artístico visual está presente, combinando harmosiosamente com os fluidos movimentos dos personagens e suas animações realísticas e rápidas.

Muitas vezes, você pode até pausar o anime em um momento qualquer e você quase nunca verá uma modelagem mal-feita de algum personagem ou ver alguma desproporção nas medidas físicas dele. E não pense que Kara no Kyoukai só fica na parte da animação "bonitinha" que só se condiz à realidade, mas, por envolver magia no seu universo, até mesmo os efeitos especiais de coisas sobrenaturais são bonitos de se ver, sem deixar de dar aquela expressão de "over the top" que os animes japoneses adoram fazer.

A dublagem do anime é muito bem feita, assim como é na maioria dos animes de grandes estúdios. Sobre a trilha sonora, muita gente falava que a de Kara no Kyoukai é uma das melhores e mais inesquecíveis que existem atualmente. De fato, as trilhas cantadas são extremamente bonitas, graças ao grupo Kalafina, mas a trilha sonora mesmo é o que se espera de qualquer anime que tenha esse porte e que faça parte de um estúdio tão grande quanto a Ufotable. Não digo isso por desmerecer... mas é que é tanta trilha sonora boa que existe por aí, que simplesmente falar que a trilha sonora é boa não é justificativa suficiente para mim.

Opinião, Pontos Fortes e Fracos
Se você é daqueles que gostam de gráficos bonitos e animação fluente... tenho boas notícias pra você...
O que é arte? O que define ser uma obra de arte? O que define "música boa"? O que é ser normal? O que é aceitável de se fazer numa situação delicada? Kara no Kyoukai pode não responder todas essas (e outras) perguntas, mas ela vai fazer você pensar (e muito) sobre isso. Assim como um livro, nem sempre as coisas mais claras e indiscretas são as coisas mais bonitas e marcantes em uma história. Este anime, caso você o veja na ordem em que ele foi lançado, ele te dará pistas sutis sobre tudo o que acontece no universo da série, por mais que os tempos sejam disconexos ou que não sigam uma ordem cronológica certinha. Caso você já assistiu Suzumiya Haruhi (eca!) ou filmes mais nerd como Star Wars e Senhor dos Anéis, você sabe que nem sempre a ordem de lançamento original dos livros/filmes é a ordem cronológica dos eventos, mas ainda assim, você não é deixado para trás por causa dessas pistas.

O mundo real é repleto de perigos, e você pode escolher entre simplesmente prosseguir sua vida sem dar muita atenção a isso, ou você pode arregaçar as mangas e tentar ajudar a melhorar este cenário. A dupla Shiki e Mikiya mexe justamente nesse ponto, e ao contrário do vilão clássico de animes shounen que quer simplesmente "dominar o mundo" ou ter outro objetivo macabro em mente, o objetivo dos "vilões" (ou vítimas) de Kara no Shoujo são legítimos em suas próprias concepções, mesmo que por uma desilusão ou não. Cabe da própria pessoa de saber se correr atrás desse mesmo objetivo vale tanto a pena assim ou não. E ainda assim, para quem ver as coisas do outro lado do espelho, pode haver um conflito de conceitos nisso daí.

Há falhas? Sim, a série não é perfeita, bem como Nasu já tinha afirmado, pela sua inexperiência na época em que ele a escreveu. Os filmes mais curtos deixam vários aspectos ao vento, sem se preocupar com explicitar um motivo concreto para a ação dos personagens, bem como no jeito em que eles raciocinam tão complexamente em alguns argumentos contra seus oponentes. Incluindo isso com o fato de muitas coisas que acabam passando batido não terem sido explicadas, como o porquê da irmã de Mikiya também trabalhar com a Touko, ou do porquê Mikiya têm tanta resistência física (e se foi por causa de magia, por que ele não usa outras?), ou da história da própria Touko em decidir abrir sua agência, já que ela tem potencial para muito mais coisa?

Pra compensar, a verdadeira beleza de Kara no Kyoukai não reside apenas nos seus belíssimos gráficos ou na brilhante trilha sonora, mas, sim, nos personagens e suas lógicas. Tem lá umas palhaçadas que parece merchandising de novela, com a marca alimentícia japonesa Nissin, da bebida esportiva Pocari e até mesmo da marca de sorvetes americana que tem nome dinamarquês, a Häagen-Dazs, espalhados em diversas cenas de vários filmes da série, e momentos cômicos no anime são raros e o deixa com um aspecto mais maduro, quase pessimista, mas o espectador facilmente passa por esses aspectos se ele focar genuinamente na história e em seus personagens.

A atitude de Mikiya pode parecer fraca no começo, e parecer mais um inútil que um personagem bom para a série, se comparado com as demais heroínas da animação, mas a capacidade de raciocínio e sua perspicácia em ver através das palavras das pessoas, jogando na cara a verdade por trás de suas ações, é algo que poucos animes fazem, e mesmo assim, as demais personagens são todas bem complexas e imprevisíveis. Touko pode parecer foda e sempre com um plano reserva na manga, mas ela não têm as respostas para tudo, bem como Shiki, que não perde a compostura frequentemente, também tem seus momentos emotivos e confusos.

E o mais importante de tudo: há evolução dos personagens. Pode não ser aquela coisa revolucionária para a série, mas caso você já tenha lido algum review nosso antes, isso é algo que eu adoro e prezo muito. Shiki pode ter aquela personalidade dela de homem (sim, uma das personalidades dela, SHIKI, é homem, no seu jeitão e comportamento), mas ela mesma se desenvolve no decorrer do anime, Azaka, que odeia Shiki no começo, começa a se dar bem com ela, e Touko, por mais "God Mode" que ela pareça ser, sempre joga paradigmas e paradoxos interessantes para o espectador, algo que pode (e deveria) mudar o jeito com que você percebe o mundo.
Conclusão e Nota Final
Aí, meu coração...!

 Animes podem ser bons, mas tem aqueles que fazem você pensar (pra caramba). Por mais que tenha o "toque mágico" da magia e do sobrenatural, com vários termos próprios e lógicas, ainda fica aquela coisa no seu peito, como se lhe deixasse com dúvida de tudo que já havia feito e se foi a decisão certa a ser tomada. Cabuloso? Talvez, mas é bem assim que alguém se sente após ver Kara no Kyoukai até o fim.

De fato, demora um pouco para os filmes fazerem sentido e tocar o coração até esse ponto, mas a partir do quinto filme (que pra mim é o melhor de todos, com a batalha mais épica e desfecho mais mirabolante possível, fora a narrativa muito bem apropriada para o tema tratado), o bagulho começa a ficar sério. Por mais que tenha as falhas mencionadas, se você chegou nesse filme e ainda está curioso para com o universo da série, a série lhe recompensará, e muito, prendendo a sua atenção até os últimos instantes depois dos créditos.

 Pontos Fortes 
      *História bem planejada e que evolui
      *Os personagens e suas complexidades
      *A animação e a trilha sonora
      *Batalhas bem frenéticas
      *É algo cult para sair dos animes shounen e experimentar algo novo e sobrenatural
      *Mexe bastante com temas polêmicos e valores da sociedade (e por isso, pouca censura o/)

 - Pontos Fracos
      *Poucos momentos engraçados
      *Algumas explicações podem ser bem sutis, ou mesmo inexistentes
      *Merchandising pode ser um pouco inconveniente
      *Ordem dos filmes é diferente da ordem cronológica, o que pode confundir quem for ver
    *Muita enrolação pra pouca ação: várias cenas são bem comuns e ordinárias, mesmo em frente à qualidade das batalhas e nos diálogos mais tensos

Nota Final: 8,0/10

Não é a Tohsaka Rin, mas a Azaka é bonitinha, vai!
É hater de Kinoko Nasu e da Type-Moon pelos animes mal feitos? Não se preocupe, pois esse aqui é de marca (só não é Friboi). Tem paciência para ver uma série única e com um desenvolvimento inesquecível? Bom, esse anime vai saciá-lo.

Agora, se você só gosta de animes de ação, lutas e frenesi... tem um seriado que se chama 24 Horas... vê ele, é bacana... E MORRA!

Ah, você se pergunta se eu agora virei fã do Nasu? Bem, confesso que tenho que dar os prestígios ao criador por causa dessa série, mas tudo nas devidas proporções, já que tem suas falhas e não é nada perfeito como alguns fãs cegos clamam por aí. Eu queria mesmo é ler a light novel ou o mangá da série para ver se o compasso é diferente ou se tem muita alteração, mas a minha experiência com os filmes foi prazeirosa... mas ainda assim, não o perdoo por ter deixado aquele anime feio de Fate/Stay Night ter ido pro ar, e nada vai tirar a minha (horrível) primeira experiência com o anime... mas quem sabe, quando sair uma animação de Mahoutsukai no Yoru ou de Decoration Disorder Disconnection, eu possa realmente virar (e com um bom motivo) um fã de suas obras, né?

Parece o Emiya, né?... mas não, apesar do universo também incluir magos e magia, é apenas mais um dos personagens passageiros da série.

Bom, a análise termina aqui. Espero que tenham gostado, e fiquem ligados para a continuação da corrente de Reviews para o nosso parceiro, a Otaku&Gamer!, com uma indicação minha. Qual você acha que é? Aproveitando a tradução americana por fãs da visual novel: Mashiro-iro Symphony! Será que eles vão curtir a história de amor puxado pro harém cabuloso com comédia? Ou será que nem tanto?

Descubra, a seguir!
Out.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

VictorLighty Reviews: Persona 4 Golden

É tempo de review, e nada de Out por hoje: essa postagem é de autoria do seu caro membro da ZF Translations, VictorLighty! Alguns de vocês talvez me conheçam pelo meu review de Rewrite que postei na Zero Force faz alguns bons meses, enquanto para outros essa é provavelmente a primeira postagem minha que vocês estão lendo. Seja como for, vamos nessa sem mais delongas!

A análise em questão é de um jogo (ou pelo menos, a versão de um jogo) que vossa senhoria e líder onipotente Out-sama provavelmente nem sequer cogita  jogar tão cedo por não possuir os artifícios necessários para a sua jogatina, um jogo que provavelmente muitos de vocês conhecem, embora ao mesmo tempo não tenham tido a oportunidade de jogar a sua versão mais nova e um jogo de uma das empresas de RPG mais renomadas do Oriente (não, não estou falando da Square): trata-se de Persona 4 Golden, o recente remake do famoso RPG-de-80-horas da empresa Atlus! Por mais que muitos de vocês já tenham tido algum contato anterior com a dona da franquia Shin Megami Tensei, eu por outro lado nunca sequer tinha ouvido falar dela diretamente até bem recentemente. Confissão bem "poser" para um gamer, mas anyway, o que eu quero dizer com isso é que Persona 4 Golden foi o meu primeiro contato não só com a série Persona, mas com qualquer RPG da Atlus também. Logo, tive o prazer de jogar P4G de uma maneira "virgem" e pura: sem influências nem expectativas por parte da empresa e nem comparações com os outros jogos anteriores da franquia. Obviamente, isso teve o seu lado positivo e o seu lado negativo, mas ainda assim foi a melhor forma de avaliar o jogo pelo o que ele é de verdade, e não pelo o que ele deveria ser. Com isso dado por entendido, vamos prosseguir com a análise!


                          A nova tela-título, totalmente animada. Até que é bem estilosa!


Persona 4 Golden é um remake para PS Vita de Persona 4. O jogo original foi lançado em 2008 para o finado console PS2 e se trata de um RPG "Dungeon Crawler" com bastante ênfase no enredo. O jogo também possui um sistema de coleção de criaturas no estilo de Pokémon, o que garante (ainda mais) horas extras para aqueles que possuem a frase "temos que pegar" como lema. Por ser o remake de um jogo de um console que mal conseguia rodar Just Cause direito (não desmerecendo o sucesso do PS2, mas convenhamos que o hardware dele não era lá essas coisas), uma boa parcela dos gráficos foram completamente refeitos e/ou otimizados para rodar em maior resolução, além de ter uma penca de cenas adicionais que com certeza irão satisfazer os fãs da série. O seu gameplay original foi refinado, rebalanceado e de certa forma até facilitado para que jogadores de primeira viagem não ficassem muito frustrados, enquanto a trilha sonora ficou praticamente intocada (com exceção da adição de algumas músicas novas, como o novo tema de batalha "Time to Make History"). Como mencionado anteriormente, Persona 4 Golden é uma aventura gigantesca, durando cerca que 70 horas só na primeira playthrough, então é bom estar preparado para recarregar o seu PS Vita com frequência.

Bem, eu conhecí Persona 4 Golden meio que por acaso. Amigos meus sempre viviam me falando dessa série, mas só fui ter o meu primeiro contato com o universo do jogo com o lançamento de Persona 4 Arena (jogo de luta lançado pela ArcSystemWorks, as mentes por trás de BlazBlue e Guilty Gear, com os personagens do jogo da Atlus). Depois de literalmente, jogar um campeonato online do jogo no lugar de minha amiga (e perder), eu comecei a me aprofundar nas mecânicas do jogo e entender como funcionava todo o sistema de Persona. Afinal, sou um bom amante de jogos de luta 2D e um fã da ArcSystem, então era mais do que obrigação minha aprender a jogar P4A e chutar a bunda de todos os meus amigos! Depois de me divertir horas com todos os modos do fighting game (inclusive o Network Mode - cheguei a alcançar o Rank C!), só me faltava conferir o Story Mode e entender o porque de garotos e garotas do ensino médio estarem se matando em um mundo bizarro. Antes que pudesse sequer entrar na opção, fui recomendado (leia-se "forçado") a jogar o jogo original antes de alguma forma. Por ter um PS Vita, achei melhor esperar até o lançamento de Golden, que já estava previsto. Só recentemente que pude enfim adquirir a minha cópia do jogo, porém. A princípio, estava meio receoso, afinal sempre fui um lixo em jogos de estratégia e a minha última e única experiência com um dungeon crawler me fez apanhar dos oponentes feito uma criançinha até eu finalmente entender como o jogo funciona (no caso, foi Pokémon Mystery Dungeon BRT). Por outro lado, estava curioso demais para conhecer a história por trás de Arena, então resolví ir mesmo atrás de Golden. Depois de inserir o cartucho no PSVita, ser recebido por uma introdução bem alegre e escolher a dificuldade Normal, finalmente começou a minha longa jornada atrás da verdade.

A história do jogo, analizando de uma forma fria, é até bem simples: você assume o controle de <insira nome de sua preferência aqui>, jovem colegial que vai passar um ano morando com o tio na cidade de Inaba. Logo após a sua chegada, casos de assasinatos bizarros começam a aconteçer um após o outro - casos que viriam a afetar diretamente a vida de <insira nome de sua preferência aqui> posteriormente. Após se matricular no seu novo colégio e fazer amizade com um grupo excêntrico de personagens, você escuta sobre um rumor conhecido como o Canal da Meia Noite (ou Mayonaka TV), que envolve olhar diretamente para a tela da sua TV à meia noite de um dia chuvoso para ver "a imagem de sua alma gêmea". O rumor é logo dado como verdadeiro por <insira nome de sua preferência aqui> , e mais: a pessoa que apareceu na televisão foi assasinada logo no dia seguinte. Você e seus amigos da escola deduzem que quem aparece na tela da TV durante o Canal da Meia Noite é o próximo alvo do assassino, e após a descoberta de um mundo bizarro existente dentro das televisões, o grupo de estudantes percebem que tudo está relacionado e resolvem desmascarar a identidade do assassino. Conforme a história avança, mais personagens vão aparecendo para se juntar ao grupo original e diversas reviravoltas ocorrem no enredo. É uma história que apesar de simples, funciona muito bem e deixa o jogador querendo saber o que vai acontecer depois devido a todo o mistério por trás da identidade do assasino. Os personagens do jogo também são extremamente carismáticos e ajudam a prender o jogador na telinha do Vita: todos eles possuem personalidades fortes e hábitos marcantes, além de serem agraciados com uma (para a minha surpresa) EXCELENTE dublagem em Inglês, que com certeza serve como substituta para as vozes originais japonesas.


 Todos preparados para um All-Out Attack - e pela primeira vez na história de Persona 4, com o apoio de Risette!  

O gameplay do jogo é totalmente J-RPG-Dungeon-Crawler. Metade do tempo de jogo é dado por diálogos e cenas que contam a história do jogo. É realmente uma quantidade absurda de cenas, dado que o jogo dura em cerca de 70 horas, tanto que alguns jogadores costumam comparar Persona 4 com uma visual novel. Logo, é capaz de algumas pessoas se afastarem do jogo justamente por causa disso e irem atrás de outros RPGs que já vão direto ao ponto, como FFVII, mas posso garantir que se você tiver o mínimo de paciência, vai acabar gostando de todo esse bate-papo. A outra metade do tempo de jogo é investida na parte em que você realmente joga alguma coisa - nesse caso, um ótimo jogo dungeon crawler. Você possui uma cidade central que serve como hub do jogo. Nela, há tudo o que você precisa para se preparar para as dungeons: lojas de equipamentos e suplementos, sua cama (para recuperar HP/SP), Save Points e todos os seus amigos que irão lhe conceder bônus de experência caso você dedique o seu tempo com eles. Há uma pequena sacada: cada ação que o jogador faz custa um dia inteiro do seu calendário, sendo que há um certo limite de tempo que o jogador pode usar para ficar na hub antes de ir pra dungeon. Em outras palavras, você possui um número X de dias para invadir a dungeon ou se preparar. Caso o jogador não consiga terminar a dungeon nesse limite de tempo, é Game Over na hora. Por mais assustador que isso possa parecer, o jogo é bem "carinhoso" com você e sempre te avisa repetidas vezes quando os seus dias restantes estiverem acabando. Dentro das dungeons, é o clássico esquema do gênero de jogo: calabouços com mapas de andares gerados aleatoriamente, cheios de inimigos visíveis e tesouros não-tão-escondidos. O objetivo passa a ser chegar no último andar e enfrentar um chefe para assim completar a dungeon - mas é claro que isso não pode ser feito sem antes matar muitos inimigos no caminho para subir de nível. O grande dilema é o fato de itens de recuperação de SP (pontos necessários para se utilizarem Skills, ou magias) serem bem escassos, então por mais que você mate 5000 monstros e chegar no nível "Deus Grego Onipotente", uma hora seu SP vai acabar e você terá dificuldades na hora de enfrentar o chefe, então é necessário dosar o seu tempo upando para não se ferrar depois na batalha contra o chefe da fase. Mas agora... PORQUE DIABOS VOCÊ LEVA GAME OVER AUTOMÁTICO SE O PROTAGONISTA MORRER, MESMO SE OS OUTROS MEMBROS DA PARTY CONTINUAREM VIVOS?!? Sério, por mais que eu tivesse me acostumado com isso lá pro final do jogo, essa mecância gerou frustrações desnecessárias em muitos momentos das primeiras dungeons: aconteceu uma vez de eu ser atingido por um golpe de 1-hit kill e morrer na hora. Por mais que os membros da party estivesse vivos e cheios de Revival Beads, de nada adiantou: foi Game Over e não havia nada que eu podia fazer a respeito. Nada a dizer, a não ser gritar "PORR@" bem alto.

Os gráficos do jogo são razoáveis: ainda que refeitos para o PS Vita e com as cores (bem) mais vibrantes, é totalmente perceptível que se trata de um jogo mais antigo para PS2. A cidade de Inaba realmente parece uma típica vila rural japonesa e provavelmente lembrará você de alguns animes que já assistiu. Os modelos in-game dos personagens são meio deformados (não tão deformados quanto Cloud e sua turma de Playmobil em FVII, porém) , lembrando um pouco alguns RPGs de antigamente. Estiloso. Infelimente o mesmo não pode ser dito quanto as dungeons: por serem geradas aleatoriamente, muitas vezes você verá o mesmo padrão de textura de chão, parede e teto se repetindo. Por
 dez andares. Tirando algumas raras exceções, como o calabouço da Naoto, todas as dungeons possuem gráficos bem genéricos, o que chega a cansar a vista depois de duas horas matando Mushas para subir de nível. Já a trilha sonora de Persona 4 é algo bem controverso: ou você ama ou você odeia. Praticamente todas as faixas são compostas por músicas animadas de estilo pop ou pop-rock cantadas em inglês por uma cantora japonesa. Por um lado, esse estilo de música dá um ar bem único e diferenciado ao jogo todo. Por outro, tenho certeza de que há pessoas que prefeririam jogar sem trilha sonora alguma. Eu não cheguei a me incomodar com as faixas - pelo contrário, cantarolei muitas vezes "Reach Out to the Truth" e "Time to Make History" durante as minhas jogatinas! Destaque para as três versões de "I'll Face Myself" (mesma música, mas cada versão é tocada com instumentos diferentes e em um tempo diferente, passando assim emoções variadas ao jogador) e à música da batalha final, The Genesis (por ser uma composição orquestrada que faz total contraste com toda a OST do jogo - mas que ainda assim trás algo bem familiar nas suas notas).


                                                Marie, a tsundere que faltava no jogo.

Mas vocês, fãs de carteirinha da Atlus, da série Shin Megami Tensei e/ou de Persona em sí já sabiam de tudo isso, não é mesmo? Bem, então vamos falar das novidades, dos extras, daquilo que deixa o jogo "dourado"! Bem, pra começar podemos falar dos gráficos: diversos cenários foram refeitos do zero para se adequarem aos padrões da geração atual: maior campo de visibilidade, mais detalhes e texturas em maior resolução, etc.. A dublagem recebeu algumas modificações também: Chie Satonaka e Teddie "Da Ladiesman" receberam vozes completamente novas que, apesar de serem bem diferentes de suas dublagens originais, definitivamente são mais próximas de suas contraparte japonesas. Posso comentar que sou apaixonado pela dublagem nova da Chie, principalmente nos seus momentos mais engraçados -q. Quanto a parte de gameplay, agora existe a opção de recomeçar o jogo no andar em que você morreu na dungeon ao invés de voltar para o último save (graças a Izanagi). Além disso, você pode escolher novas roupas para os seus membros de equipe usarem nos calabouços (muitas vezes gerando comentários hilários dos meus membros de equipe) e o Shuffle Time que ocorria no final das batalhas foi totalmente reformulado, com cartas que aumentam os atributos do seu Persona ativado e afins. Isso, somado à reintrodução dos Skill Cards (itens que ensinam golpes novos aos seus Personas; pense nas TMs de Pokémon), permitem que você complete o jogo sem ter que realizar uma única fusão - eu mesmo realizei a façanha de completar o jogo só com o meu primeiro Izanagi (apelidado de "Izanagi Bombado", devido às suas skills foderosas), algo quase impossível de se fazer no Persona 4 original! Também há dois novos social links a se fazer: um do detetive atrapalhado Adachi (Jester Arcana) e outro de uma personagem completamente nova, Marie (Aeon Arcana). Ambos possuem benefícios exclusivos, como uma nova dungeon, um True Endind extendido ou um final completamente novo, além de claro, abrigarem uma lista de novos Personas de suas respectivas Arcanas. Mas não pense que esses novos Social Links serão as únicas coisas novas a ocupar os seus dias! Agora, você e todos os seus amigos possuem scooters, o que permite vocês a acessarem a cidade de Okina e a praia Shichiri a qualquer momento do jogo. Novas lojas, novos peixes a se pescar e novos eventos extremamente engraçados o esperam nesses locais! Falando em novos eventos, praticamente todos os time skips da versão original de Persona 4 agora são jogáveis e preenchidos com eventos e situações novas. Dessa vez você vai poder vivenciar as aventuras no resort de Ski durante as férias de inverno, ajudar Kanji a recuperar o seu calção na praia e muito mais!

Em resumo, posso concluir que Persona 4 Golden é um ótimo jogo em praticamente todos os aspectos. Sua narrativa interessante e seu gameplay sólido me prenderam até o finalzinho, e por mais que eu tenha passado por alguns pequenos momentos frustrantes nem tenha gostado de exatamente todas as minhas horas de grinding, a minha experiência com Persona 4 Golden foi majoritariamente boa. P4G é um dos jogos da série mais acessíveis a novos jogadores, então posso recomendá-lo totalmente para quem nunca sequer ouviu o nome "Velvet Room" na vida. Da mesma forma, posso recomendá-lo também à aqueles que já concluiram o jogo original tantas vezes, por possuir MUITO conteúdo adicional e ter uns twists no gameplay. Persona 4 Golden era o RPG que faltava para o PS Vita e definitivamente é um jogo obrigatório para donos do sistema.


Gráficos: 8
Som: 9,5
Roteiro: 10
Replay: 9,5

Nota Final: 9




Agora, posso dizer que estou mais do que preparado para partir para o Story Mode de P4Arena, e de quebra, ainda vivenciei uma história inesquecível no processo! xD



...ou não. Que tal um Persona 3 FES antes?


                                                                                                                                   VictorLighty

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Dracu-Riot: Vulgo "Como a realidade pode atrapalhar *e muito* o que ocorre com grupos de tradução"


Grupos de tradução parece ser uma fábrica de maravilhas. Muitos deles não pedem dinheiro para produzir as traduções (a menos que o cara queira tomar um C&D e arriscar ser preso por bobeira), não recebem dinheiro de nenhuma outra empresa, gosta de fazer o que faz, e gosta de lançar traduções de qualidade para que os fãs possam aproveitar o jogo em sua língua nativa, espalhando uma cultura desconhecida para uma área e vê-la ganhando força e se tornando um termo cada vez mais comum, que seja para apenas uma range de pessoas.

Bem, posso ter exagerado (só um pouquinho) no que grupos como a Zero Force Translations faz, mas é bem assim que muitos grupos de tradução veem suas próprias origens. Seja pelo nobre objetivo de fazer uma cultura evoluir, ou simplesmente traduzir um jogo amado pelo dono do grupo e seus membros. Era meio que esse o conceito da Staircase Subs, o consagrado grupo de tradução de Hoshizora no Memoria e que lançou seu primeiro patch de tradução no ano passado e já o fez ganhar bons status no cenário de tradução de visual novels.

Seu segundo projeto, Dracu-Riot, ia indo muito bem, obrigado... exceto que acabou passando por quase um ano com apenas o patch parcial da tradução, com comentários floodando o site perguntando qual seria a previsão para o lançamento da tradução completa... e... a resposta é: pouca chance de sequer lançar tal patch. Por quê? Vida.

Provável reação de sua namorada caso você conte pra ela que traduz/joga visual novels e a convida pra jogar uma.
 Contrariando o que muitos possam pensar, arranjou não só uma, mas duas desculpas (bem plausíveis) para o stall no projeto: primeiro, universidade precisa de uma coisa chamada TCC para completar o curso, a coisa mais chata que você vai fazer na sua vida se você realmente quiser fazer uma boa faculdade e não pagar milhares de reais pra pagar alguém pra fazer isso pra você (além de ser ilegal) (e não, o seu "poder" de traduzir e revisar milhares de linhas em sua língua nativa não irá ajudá-lo tanto devido tantas burocracias na formatação e apresentação). Segundo, ele arranjou sua própria namorada, e aposto que ela deve ter dito umas coisas como "isso é coisa de nerdão forever alone" e o pressionou a essa decisão... mentira, essa parte eu inventei, mas de fato, ter uma namorada come (e muito) seu tempo livre que antes você passava com os amigos fazendo gordice.

Acredite ou não, mas isso foi a gota d'água para que o grupo desistisse da tradução. Não adiantaria continuar com um projeto com zero por cento de chance de completá-lo em tempo hábil para os fãs, que, com razão, querem saber quando a sua sede pelo jogo traduzido será saciada. Besteira? Não, até dá pra entender. Nem preciso falar que até o nosso grupo de tradução tem gente com o mesmo estado civil, e vira e mexe os membros atrasam suas partes da tradução (por desculpa esperrapada ou não). Afinal, do que adianta traduzir algo se você pode experimentar a sensação em primeira mão?

Dracu-Riot em si tem gráficos e personagens decentes, mas nada impressionante. Mesmo assim, tinha bastante gente acompanhando o projeto, o que é muito triste.
O que nos leva à resposta da famosa pergunta "Por que os grupos de tradução vira e mexe surgem e desaparecem?". Porque vida. Porque trabalho voluntário não enche barriga. E mesmo se desse dinheiro, apenas em empresas "grandes" como Manga Gamer, Jast USA, NIS America ou Atlus que você teria alguma chance de se sustentar com o que ganha (considerando os custos de vida por lá, claro) apenas por traduzir textos e menus. E por mais antigo que um grupo amador seja, ele vai se dissolver um dia, seja pelo bem ou pelo mal.

Por outro lado, talvez esse seja o lado evolutivo do cenário de traduções, pois a medida que os grupos antigos saem, os grupos novos entram, mais motivados e determinados a traduzir, completando o que o grupo antigo consideraria impossível ou muito demorado para traduzir. Aqui mesmo no Brasil, projetos de traduções ambiciosas, como a tradução de Clannad pela Extreme VN's e a de Fate/Stay Night pela Ohayo são provas vivas disso (apesar de que sequer sairam notícias sequer sobre a tradução de uma demo pra alegria do pessoal, né), algo que os grupos mais antigos brasileiros sequer sonhariam em traduzir, ou que simplesmente consideraram uma alternativa inviável.

A tradução por grupos independentes formados por fãs é bom em todos os sentidos, e é por isso que temos que nos conscientizar em sempre estar colocando "sangue novo" nessa área, para que sempre haja foco nesse aspecto, e talvez, um dia, falar sobre visual novel seja tão natural quanto falar sobre videogames atualmente, bem como foi na década passada, quando os videogames ainda eram vistos apenas como jogos para "nerds" ou pessoas sem vida social. A disseminação de assuntos assim é o que mantém a nossa humanidade mais atenta aos diversos tipos de entretenimento presente no resto do mundo, e ao invés de só criticar e falar mal, dar meios para que até mesmo essa pessoa possa experimentá-la sem precisar conhecer outro idioma que não seja o que ele já domina, e que a possibilite mudar de opinião e se adentrar no território com curiosidade ao invés de aversão, e mesmo se continuar não gostando, pelo menos que o faça ter bases para suas críticas e motivos próprios ao invés do simples "não gostei".

... erm, mas voltando à Dracu-Riot, a Staircase Subs liberou um novo patch parcial recentemente para download, mas como foi dito antes, ela não estará mais trabalhando no projeto, a menos que até o final do ano não haja nenhum grupo de tradução que queira continuar a tradução. No pior dos casos, os scripts do jogo serão liberados para a internet inteira para quem quer que resolva traduzir o jogo futuramente. Quem sabe não apareça algum grupo brasileiro traduzindo pra nossa língua, hein?

Tá mais vantajoso apostar na Mega Sena em alguns casos...
Bem, isso é tudo que temos hoje. Gostou? Assim espero! Comente, curta nossa página no facebook, e até o próximo post!
Out.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Filme de Madoka Magica está chegando até pros EUA, novo jogo da Compile Heart tem muitos F's


Provavelmente você já assistiu Mahou Shoujo Madoka Magica, certo? Não? Onde você esteve escondido por tanto tempo? Simplesmente o melhor anime de 2011 segundo a revista japonesa Newtype, especializada no assunto e que traz vários pôsteres exclusivos dentro de cada edição, o anime foi animado pela Shaft (Denpa Onna to Seishun Otoko, Bakemonogatari, Hidamari Sketch, ef - A Tale of Memories) e que trouxe muitas emoções para todos os otakus e fãs de anime em geral que o assistiram, tanto os impressionando pela belíssima animação e cenas de batalha até os corações dos mais "maduros" com o seu enredo e desenvolvimento.

O tempo passou, mas como qualquer fã de verdade por uma série, o amor não deixou as memórias dos fãs, e muito menos dos criadores originais, que por sua vez lançaram dois filmes no Japão resumindo os episódios do anime, e possibilitou que o mangá se espalhasse por mais países, notavelmente o Brasil, que tem o seu mangá produzido pela editora NewPop (1 Litro de Lágrimas, K-ON e Alice no País das Maravilhas).

Não contente com só isso (ainda bem), o tão-aguardado terceiro filme, com conteúdo exclusivo e dando continuidade à história original do anime (e também escrita por Gen Urobuchi, mesmo criador da série original e roteirista da visual novel Saya no Uta, traduzida oficialmente pro inglês pela Jast USA) está chegando, e com isso, várias novidades estão sendo reveladas

Quais? Tipo o trailer oficial, abaixo:


O filme estréia no Japão dia 26 de Outubro e chega até o final do ano nos EUA (provavelmente apenas com legendas e sem dublagem escrota... ainda bem [2]). A música de abertura e encerramento do filme estão por conta dos grupos ClariS (abertura do anime original) e Kalafina (as belíssimas músicas de Kara no Kyoukai). Ansiosos agora? Não poderia estar mais, também!


Enquanto isso, no mundo dos games, a Compile Hearts (Hyperdimension Neptunia, Record of Agarest War) está produzindo um novo jogo: Fairy Fencer F, exclusivo para o PS3 (droga!), com vários elementos de RPG e uma história, apesar de clichê, bem interessante. A abertura o jogo você pode ver aqui embaixo:


E por que você deveria prestar atenção a esse jogo? Bem, não tem muito motivo (exceto pelo motivo que tem o compositor de Final Fantasy e Blue Dragon pras músicas do jogo!), mas ele será o primeiro jogo feito pelo estúdio Galapagos, uma subsidiária da Compile Hearts que se especializará em RPGs. Fora isso, a arte tá bonita, e eu curto RPGs japoneses. O jogo sairá dia 10 de Outubro no oriente, e sem data (se é que vai ter algum dia) para uma tradução para o inglês.


E isso é tudo, galerinha. Espero que tenham gostado, e fiquem de olho na nossa pagina do Facebook, pois vai rolar uma coisa bem legal na próxima semana o/
Out.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Os criadores de Mega Man VÃO fazer um novo jogo - E VOCÊ decide se as coisas vão melhorar ou não


Vira e mexe, o kickstarter aparece com uns projetos e ideias bem inovadoras. Desde dados D20 em formato de anel e carteiras ultra-finas até o próprio competidor do Google Glass surgiram lá, e praticamente todos os dias tem alguns projetos bons já financiados ou quase financiados por lá. Além de ser espaço para os mais criativos e com as manhas de design de produto, é um dos maiores lugares para o agrupamento de grupos independentes que desenvolvem jogos, as famosas empresas Indie, que cresceram muito nesses últimos anos, rendendo até estandes e feiras próprias, até no Brasil.

Muita gente está aproveitando o trem que está passando e divulgando as suas ideias na esperança de lucrarem tornar os seus projetos reais e agradar quem deu suporte, que por sua vez quer resultados. Claro, isso também significa a chance para que empresas e pessoas na beira do colapso financeiro possam escapar desse precipício. Entre eles, o próprio criador do Mega Man, Keiji Inafune, e ex-diretor da grande Capcom, detentora de vários títulos de peso atualmente (ou pelo menos um dia foram, em alguns casos) como Devil May Cry, Street Fighter e Monster Hunter. Aliás, não só ele, mas vários nomes de peso nas indústrias dos games estão participando desse ambicioso projeto!


Pode não ser o caso de, especificamente, Mega Man, que estava na m*rda, mas se recuperou com o lançamento de Mega Man 9 e 10 para o Virtual Console do Wii e vai ter a participação inédita do azulzinho no próximo Super Smash Bros. que será lançado para Wii U e 3DS (será que pro 2DS também?... claro, né -.-'), mas a indústria de games japonesa está sofrendo uma depreciação horrível, já que o iene continua se desvalorizando e o dólar ficando forte a cada dia, além do mercado consumidor que está a cada dia mais exigente e se cansando até mesmo das suas amadas visual novels (caso você esteja por fora, um post bem completo se encontra aqui).

Todavia, como (quase) tudo na vida, tem um jeitinho de resolver essas crises, e uma delas foi recorrer ao Kickstarter com um projeto bem parecido com o já-muito-bem-conhecido Mega Man, chamado de Mighty No.9, um novo herói robô que, apesar de também ser um sidescroller e o personagem principal absorver poderes e tudo, os gráficos estão bem mais bonitos que os da época 16-bit que estamos acostumados a ver, e a estrutura do jogo em si pode mudar com cada inimigo que você abata, fazendo o seu personagem até mudar de forma por completo e passar uma mesma fase de, potencialmente, inúmeros jeitos diferentes.


O jogo por enquanto está apenas sendo projetado para o PC, mas fique tranquilo: o jogo VAI sair. Mesmo com a marca um tanto corajosa de 900 mil dólares, até a data de postagem desse blog, foram arrecadados mais de 1,05 milhão de doletas para o jogo, e se tudo der certo, mais fases, versões para Mac e Linux e até mesmo uma possível versão para PSN/Xbox Live possa surgir!

Pra quem quiser realmente ajudar, basta acessar esta página e doar o quanto o seu coração (e o seu bolso) suportarem. Não sabe se tudo isso que eu falei antes vale o investimento ou não? Bom, minha última arma é mostrar o vídeo do kickstarter, e que o mundo, tanto o ocidente quanto o oriente, estão de olho nesse projeto... e poxa, vai falar que o jogo não tá promissor? ^^

E é isso ai galerinha. A gente se vê na próxima!
Out.