sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Adeus, THQ. Foi bom enquanto durou.


Pois é. A THQ já não está mais entre nós. Produtora e distribuidora de grandes jogos e franquias como Darksiders, Saint's Row, Homefront, Red Faction e Warhammer 40K, preencheu os papéis para declaração de falência há alguns dias atrás, e como consequência, todas as ações da empresa, incluindo os direitos para publicar demais jogos franquias da empresa, estão à venda para a empresa que estiver disposta.

Mesmo com todas as notícias, eu era simpatizante da empresa. Além de ser uma das gigantes empresas no mundo dos games, batendo de frente com distribuidoras famosas como EA, Activision, Ubisoft e Capcom, minha infância teve jogos muito bons desta empresa, como Quest 64 no (chuta...) Nintendo 64, que era um RPG muito viciante... bom, pelo menos na época, e Power Rangers Lightspeed Rescue para PS1 que também era responsável por uma boa parte da minha infância pré-anime e também era divertido pacas de jogar de 2, além de, não menos importante, publicou Banjo Kazooie: Grunty's Revenge, na minha opinião o último jogo bom da franquia da Rare antes de lançar aquela pinóia de Nuts & Bolts no Xbox 360.

Ah, infância!!
Claro, isso não desmerece os jogos mais recentes da empresa, que em sua maioria foram bons, mas que infelizmente pecaram em coisas que desde 2007, muitos jogos, mais notoriamente o famosíssimo jogos dos noob da granadeira fãs de FPS, Call of Duty 4: Modern Warfare, investiram pesado desde então: um forte modo online competitivo e viciante. Poucos jogos da THQ como Juiced e Saint's Row (e Homefront, caso queira mesmo incluí-lo) tiveram multiplayer online viciante a ponto de poder competir com as franquias que passaram a investir pesado no multiplayer, mas o suporte pós-lançamento dado a esses jogos e aos demais que tentaram timidamente entrar no competitivo mundo online foi motivo de sobra para os gamers investirem em outros jogos com modos online melhor, o que acabou desencadeando um ciclo viciante que resultou na falência da empresa principal.

Vou dar um exemplo: Darksiders. É um excelente jogo single-player, muito extenso, e para os mais sadísticos também tem um bom grau de dificuldade, mas se pegar um jogo como Halo 4 ou Uncharted 3, ou mesmo multiplataformas como Max Payne 3 e Farcry 3, veremos que o single-player também tem/continua uma história fudida e, ainda por cima, tem um modo online viciante, tanto em modos competitivos quanto em cooperativos. Em qual jogo você acha que seu dinheiro irá render mais? Se você é abençoado pela capacidade de poder comprar ambos os jogos, muito bem, mas e para quem pode só comprar um jogo ou outro, ou quando vai comprar têm que se decidir entre qual deles escolher?

Talvez uma das poucas exceções à essa regra seja os jogos indies (independentes), que, por serem baratos e têm um grau de complexidade bem menor que os chamados jogos AAA que recebem verba de milhões de dólares e anos de desenvolvimento, proporcionam um alto nível de custo/benefício para os compradores. E isso porque muitos jogos desse gênero já estão começando a implementar online neles também para atrair ainda mais compradores.

Quem que ainda se lembra desse jogo? Pois é, disputa online em Rockband era sinônimo de diversão.
Estamos em um momento no cenário de games onde ter um bom e viciante modo online não é apenas um diferencial, mas sim algo que deve estar presente, assim como jogos 3D na época do Super Nintendo eram diferenciais e agora quase qualquer jogo é modelado em 3D, logicamente muito mais avançado, aperfeiçoado e realista. O modo online em jogos foi mais um passo na evolução de games, e caso as empresas queiram sobreviver, elas terão que seguir este caminho. Você deve estar se mordendo agora pensando "Não necessariamente, Out. Afinal, jogos de Mario, Sonic, Zelda, Metroid, Star Fox e Final Fantasy (esqueça do XI e do XIV) nunca precisaram de um modo online para venderem bem". Nisso eu tenho que concordar, mas será que esses títulos poderão viver mais 10 ou 20 anos sem se reformularem radicalmente ao invés de apenas colocar uma nova engine para gráficos e novas fases e mundos? Vamos lembrar que todas essas séries antes eram em 2D e conseguiram migrar para 3D sem grandes problemas (pelo menos na maioria dos títulos), então porque não inventar algum jeito ou história, ou mesmo um modo extra no jogo, para jogar esses jogos online com amigos ou simplesmente para tirar um racha com alguém que esteja disposto? Já imaginou as possibilidades que isso abriria? Já imaginou poder jogar o seu jogo favorito com amigos sem ter que chamá-los para sua casa? Jogos single-player podem ser foda independente de ter um modo online ou não, de fato, mas por que não tentar arriscar um pouco para ver se a idéia cola?

Eu só espero que a THQ vá dessa para melhor. Há boatos que a Ubisoft está de olho nas ações da empresa, mas independente de ser verdade ou não, tomara que as franquias que todos nós amamos ainda consigam viver mais alguns anos nas mãos de seu(s) novo(s) dono(s).

E você? Acha que o modo online em jogos deve mesmo ser algo obrigatório? Ou acha que jogos apenas com single-player ou multi-player local ainda tem potencial para enfrentar tais jogos que focam no online? Como? Ou você prefere ainda que os jogos tenham versões online e single-player separadas para agradar todos os gostos?

Comentem, e fiquem à vontade para debater. Aqui, o espaço é de vocês. Quero saber o que você tem a dizer!
Out.

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