segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Análise [3] - Sora no Otoshimono: Doki Doki Summer Vacation


Sora no Otoshimono. A famosa série de mangás de Suu Minazuki, que atualmente está com 16 volumes em formato tankoban publicados no Japão e 8 aqui no Brasil, que até rendeu duas (com a terceira confirmada!) temporadas de anime, com animação da AIC A.S.T.A (To Heart, Persona 4 The Animation). É claro que não podia deixar de ter alguns jogos para ele, certo? Até o presente momento, temos apenas 2 jogos da série já publicados: um para Nintendo DS (Sora no Otoshimono Forte: Dreamy Season), e outro para PSP (Doki Doki Summer Vacation), sendo este último o tema da nossa análise de hoje... pois eu sou pobre e não tenho um DS até hoje >,<.

Este jogo foi lançado em 2010 pela Kadokawa Shoten, distribuidora de outros jogos de animes e visual novels como Baka to Test, AKB48, Toaru Majutsu no Index e ports para PS2 e PSP de jogos como Fate/Stay, Shuffle! e Da Capo. Sobre o jogo em si, ele se trata de uma visual novel com elementos de puzzle. Não, nada de RPG desta vez, é puzzle mesmo.


A histórinha é simples: baseando-se na primeira temporada do anime, Tomoki Sakurai e companhia finalmente entraram de férias, e Tomoki quer simplesmente passar as férias de maneira bem tranquila e sem preocupações maiores. Entretanto, em um evento estranho e desconhecido, Ikaros perde toda a sua memória, lembrando-se apenas do fato de Tomoki ser o seu mestre e dos nomes de seus amigos e amigas. Para recuperar a memória dela, Sugata tem uma grande idéia:

JOGOS DE CARTAS EM MOTOCICLETAS!!!

Digo, ensinar para ela os sentimentos dos humanos, e em alguns momentos-chaves, fazê-la lembrar de alguns momentos divertidos que eles passaram juntos. Com isso, entra o elemento de puzzle, que basicamente, ao desafiar uma oponente para um jogo de quebra-cabeça (que estarei explicando melhor depois), dependendo do resultado, você ganha um certo número de cartões de teletransporte que ativam certos eventos e que alteram 4 diferentes parâmetros da Ikaros: felicidade, tristeza, vergonha e raiva. Dependendo do nível de cada um desses parâmetros, novos eventos são liberados, e quando todos atingem o seu nível máximo, a Ikaros "aumenta de nível", ativando um novo evento único e habilitando novas roupas e personagens para serem seu oponente. Parece complicado, mas acredite, não é.
Pra que servem os eventos...? Simplesmente para você dar risada das reações do Tomoki, Sohara e Nymph. Nada de história melodramática (apesar de ter sim alguns eventos arrepiantes de uma certa forma) ou que se desenvolve drasticamente. É um joguinho bem light para distrair enquanto não há nada para fazer. Por incluir apenas os personagens da primeira temporada do anime, algumas personagens como a Astraea e a Hiyori não estão presentes, o que dói o coração dos fãs mais ávidos, mas as personalidades de cada um estão intactas e a dublagem é quase que idêntica ao do anime, o que é bom.


Sobre o elemento de puzzle, é bem simples até: você e o seu oponente ganham peças aleatoriamente no início da partida, e pode colocar a peça que desejar no espaço equivalente do campo do tabuleiro, com uma pequena exceção: para se colocar a peça em algum lugar, deve-se ter, no mínimo, um lado da peça em contato com a área inicial do tabuleiro (normalmente o centro) ou de uma ou mais peças suas e/ou do oponente. O número de pontos que você ganha é o número de lados em contato vezes 5, e se com essa peça você completar uma das áreas especiais do campo, você ganha pontos igual ao valor referente àquela área. É um puzzle simples depois que você pega o jeito da coisa e a inteligência artificial não é tão difícil mesmo nos níveis mais altos, o que deixa o jogo bem acessível tanto para experts em puzzles quanto para novatos. Além de ter vários oponentes para se escolher, cada um deles têm uma habilidade especial, que, caso ele pegue o "poderzinho" para poder usá-lo, pode gerar diferentes efeitos no jogo como eliminar uma peça do adversário ou roubar uma peça dele, exigindo um grau maior de cautela e diferentes táticas para usar dependendo do adversário.

Eu não digo que é um puzzle viciante como as engines de jogos TCG como Yu-Gi-Oh e Magic ou como outros mais famosos como Bejeweled e Peggle, mas não deixa de ser um puzzle divertido. Uma pena que não dê para jogar com um amigo, já que o elemento de puzzle pode se tornar um tanto enjoativo depois de um tempo e não haver praticamente nada para se fazer caso isso aconteça.

"Uohoho! Ikaros-chan, ittai nani wo...!!!"
Por fim, temos os eventos do jogo. Para os novatos em japonês, eu tenho boas notícias para vocês: a linguagem do jogo é muito fácil de se entender, mesmo não possuindo furigana (a pronúncia dos diferentes kanjis acima deles) em praticamente todo o jogo. O diálogo entre os personagens é algo bem casual, e mesmo os personagens possuirem diferentes maneiras únicas de falar dependendo do grau de formalidade que eles usam, é um excelente jogo para você treinar o seu japonês e até descobrir algumas palavras novas, ainda mais com os nomes das cartas de teletransporte que têm (e explicam) vários termos comuns como dó, curiosidade, estresse, trauma, moral, anseio, fé, dúvida, agradecimento, e tantos outros. Por mais que não haja furigana nos kanjis, são kanjis simples para se procurar em dicionários e tradutores online.

Para finalizar, os gráficos do jogo são bem medianos por assim dizer. Não que sejam feios, mas eles simplesmente pegaram os moldes das personagens da versão do anime e tranferiram para o jogo, até mesmo para as CGs deles (que são poucas, diga-se de passagem). É um visual bonito para quem apenas acompanhou o anime da série, mas para quem também leu o mangá, sentirá um pouco de decepção.

- Pontos Fortes
      *VN de Sora no Otoshimono *---*
      *Boa dublagem
      *Elemento de puzzle simples e bem-feito
      *Bom para iniciantes em japonês desenvolverem o vocabulário

 - Pontos Fracos
      *Pode enjoar fácil
      *Poucas CGs
      *Gráficos poderiam ser melhores
      *Não tem modo multiplayer

Nota: 6,0/10

Opinião final: Não entenda como um jogo ruim. É um jogo bom e tem os seus eventos divertidos, mas se você esperava um jogo com história complexa e um elemento de puzzle viciante, daí já é demais. Os gráficos são bons, melhores até que a versão para Nintendo DS que veio no ano seguinte, mas não tem aquele charme de Visual Novel propriamente dito. A história dura umas boas horas, mas não há muitas CGs para admirar. Como um jogo para se jogar apenas de vez em quando e aprender japonês com isso, é um jogo bem legal de se começar, mas se você já esperava mais que isso, daí é melhor nem chegar tão perto assim... a menos que você seja um fã beeem grande da franquia (né, Out?) ^^'


Isso termina a minha análise e o post de hoje. Até a próxima pessoal!
Out.

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