quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Super Análise! - Mangás (Parte 1)


Bom galera, hoje o post é diferente. Por quê? Porque teremos um vídeo no lugar de um monte de parágrafos que ninguém lê! Uhuull!

É exatamente sobre o que você espera de uma matéria sobre mangás. Quando as pessoas começam a ler mangás e se interessar em comprar os mangás brasileiros, sempre tem aquela dúvida de "mas será que eles adaptaram bem?" ou "será que o preço que eles cobram é justo?" e coisas do tipo. Bem, esta primeira parte pode não ter a resposta para todas as suas perguntas (por isso que dividi o vídeo em partes, né), mas pelo menos ele te dará uma base para as suas futuras compras, e se você já estiver entrado de cabeça neste mundo, verá algumas peculiaridades e curiosidades de cada editora.

E sem mais delongas, o vídeo em si. Espero que gostem, e até o próximo post pessoal!


Out.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Primeiras Impressões - Ikkitousen (Mangá)


Eu já vou começar esse post dizendo: VOCÊ NÃO TEM NOÇÃO DO QUANTO EU ESPEREI PARA O MANGÁ SER LANÇADO AQUI NO BRASIL!

Sério, uma das primeiras séries de "porradinha" que eu gostei foi Ikkitousen. Claro, não passou em nenhuma emissora aqui no Brasil (não que eu saiba, pelo menos... não acompanhava as dublagens da época da Animax) e ainda por cima a primeira temporada eu só achava dublada em inglês, e mesmo a dublagem sendo mediana, a série em si me cativou a ponto de me viciar na série da noite para o dia. Longe desses shounens clássicos como Bleach, Naruto e One Piece, Ikkitousen tinha temporadas de 12~13 episódios, mas que eram o suficiente para elaborar uma boa história, muitas batalhas, e aquele toque de fanservice que todo mundo (e eu passei a partir de então) gosta. Eu nunca imaginei que a Panini ou a JBC fosse licensiar a série aqui pro Brasil, e da fato não licensiaram. Foi tudo graças à Nova Sampa, e só por isso eu a respeito como editora (apesar de ter algumas coisinhas que eu não concordei na adaptação, como falarei mais a seguir).

Um pouquinho da série antes da análise em si, a série é do escritor Yuji Shiozaki, publicado primeiramente como mangá em 2000, passando a ter 4 (!) temporadas de anime pela J.C. Staff, a primeira delas transmitida originalmente em 2003, e alguns joguinhos de luta para PSP (no maior estilo Streets of Rage e igualmente viciante) e PS2. Seu anime foi licensiado nos EUA pela Funimation, enquanto seu mangá foi publicado até o volume 15 sob o nome de Battle Vixens pela falecida editora americana Tokyopop, sendo que o original japonês ainda está em publicação, atualmente com 20 volumes publicados. Aqui no Brasil, a recente editora que está se arriscando no mercado de mangás, a Nova Sampa, começou a vender mangás no final de Outubro/Novembro do ano passado, estreando com Hitman (Kyou Kara Hitman) e Yakuza Girl, mas só em Fevereiro que ela lançou seu terceiro título. Adivinhou quem disse Ikkitousen!

Parte de trás do mangá. Pelo jeito os mangás da Nova Sampa terão "duas capas" mesmo, o que eu acho bacana e fiél ao original.
 A capa é bonita, e o estilo diferente da contra-capa é bem interessante, dá até pra desfarçar caso você esteja comprando o mangá e quer voltar para casa sem ser visto por maus olhos. A qualidade é a mesma que você espera caso esteja familiar com mangás da JBC e da Panini, é simples papel cartonado com uma camada de tinta colorida e uma camada superfina de plástico (ah sim, quando você o compra na banca, ele vem envolto de um plasticozinho. Nice! ^^)

O verso das capas são coloridas, e ao contrário do volume 1 de Hitman, se você abrir o mangá propositalmente do lado errado, além do aviso clássico ensinando como se lê mangás, temos uma boa dose de páginas de patrocínio (9 páginas, para ser mais exato), algo justificável de uma editora pequena que quer subsidiar ao máximo o preço de seu mangá. Afinal, custa só R$10,90, o que até me surpreendeu, e isso é bom.
Os traços do mangá lembra Higurashi em alguns pontos, mas não tira o charme das heroínas.
As páginas do mangá estão na média de qualidade. Não chega a ser uma qualidade foda como Mashima-En ou Burn-Up Excess, mas também não é aqueles mangás de páginas amareladas de antigamente. Se fosse comparar, são de qualidade pouco (bem pouco mesmo) superior dos atuais da Panini e JBC (pra mim, tá melhor que Mirai Nikki por 3 conto a menos!), então não irei criticar a falta de páginas coloridas (e nem tem como, o original não tem também...). Sobre os traços do mangá e a história, eu até me surpreendi, pois apesar da história ser quase que idêntica ao do anime, salvo algumas cenas e pelo primeiro e último capítulo que são respectivamente prólogo e uma side story, os traços são meio "zuadinhos", igual os traços de Soul Eater até antes do anime. Várias proporções mudam em diferentes quadrinhos, além do mangaká evitar usar cenas muito detalhadas para as cenas que não têm brigas, mas pelo menos os traços são simples o suficiente para que você saber exatamente o que está acontecendo em cada quadrinho e os cenários de fundo recebem um tratamento melhor quando aparecem. Os volumes mais novos têm um traço bem melhorado (de novo, igual Soul Eater), mas de um jeito ou de outro, eu até gostei do traço.

Olha... sinceramente, é difícil achar alguma falha nesse mangá. A única que é realmente perturbante para mim é a eliminação dos famosos honoríficos (-san, -kun, -chan, -sama e afins) que eu sempre bato na tecla que é melhor manter e explicar porque eles estão ali (Panini) do que não deixar para fazer a tradução "ser mais fiél ao jeito de falar brasileiro" (JBC e NewPop sofrem disso!). Um exemplo do porquê: um personagem chama Gakushu, e em algumas partes, Saji (outro personagem) o chama de Gaku-chan, pela sua mania de chamar outros personagens com este honorífico, tanto homens para um tom pejorativo quanto para meninas para demonstrar intimidade. Ao invés de Gaku-chan, eles colocaram (segurem os risos!) "Gakuzinho". Outra personagem é a Ryomou Shimei, uma das quatro paladinas da Academia Nanyo. Ao invés do Saji chamá-la de Mou-chan, ficou "Mouzinha".

Eu fico P da vida quando vejo essas coisas. Eles deixaram o termo Toushi e Magatama e colocaram uma nota de rodapé explicando o que a palavra significa. Ótimo! Eles traduziram Shiten'ou (termo budista para os Quatro Reis Divinos, mas também pode ser traduzido no inglês como "Big 4" ou "Four Devas". É o termo para os 4 toushi, ou lutadores, mais fortes da Academia) como Quatro Paladinos. Até dá pra engolir. Agora, tirar o honorífico e colocar uma adaptação gay no lugar!? Ó Kami-sama, pra quê?? WHY ARE YOU DOING THIS TO ME!!!!!????

*Aham* Mas, realmente, é só isso e a falta de um glossário (ou no mínimo uma página para falar o que é o Romance dos Três Reinos, já que aposto que 99% das pessoas que lêem Ikkitousen não sabem sobre a obre original) que tenho a reclamar. O resto das traduções estão bem naturais e mantém a graça das personagens. Há a marcação da numeração das páginas no mangá, mesmo não sendo em todas as páginas, e 160 páginas de história está de bom tamanho (lembrem-se, isso não é título shounen igual Fairy Tail ou One Piece, é pra ter menos de 190 páginas mesmo).
Mano! Quê... mas... fuck! Hakufu, me apaixonei por você de novo! x3333
Basicamente esta é a minha primeira impressão do mangá. Apesar das minhas petulâncias, recomendo mesmo que vocês comprem, pelo menos o primeiro volume, pois mesmo tendo a indicação para maiores de 18 anos, não chega no nível de putaria de, digamos, Yakuza Girl ou outro H brasileiro qualquer (ainda é um tanto censurado quando as roupas da Hakufu são detonadas... só tem uma cena no final que é "mais pior"). É um mangá para ler enquanto relaxa mesmo, já que os primeiros volumes não têm tanta história até chegar no torneio entre as escolas e na batalha contra o Toutaku, mas para quem gosta de porradas, mulheres, fanservice e ainda umas cenas engraçadas para quebrar o gelo de vez em quando, você irá adorar Ikkitousen, e com certeza estará na minha lista para comprar todos os meses (y).


A gente se vê na próxima, galerinha. Fica aí a minha dica de mangá!
Out.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O Declínio da Indústria de Bishoujo Games - Será que tem Conserto?


Hoje o post é sério. Por mais que o gênero de bishoujo games/eroges não seja tão conhecido ou expressivo aqui no Brasil, a indústria de jogos do gênero anda sob maus lençóis nos últimos anos. Não estou me referindo à falta de títulos bons em comparação com os anos anteriores ou pela crise internacional que ocorreu uns bons anos atrás. No mundo real, os números dizem tudo, e nesse post veremos vários deles para ilustrar o porquê da indústria desse setor estar tão comprometida, o que ela está fazendo para sair desse abismo, e se tudo isso têm chance de terminar bem ou ter um fim bem pior que imaginamos. Pode parecer até roteiro clichê, mas o pior é que não é.

Como você já deve saber, o gênero de bishoujo games, aqueles famosos joguinhos onde você praticamente lê milhares e milhares de linhas de texto no monitor do seu computador (ou celular, tablet e similares) narrando uma história repleta de lolitas e garotas bonitas e ideais, e em certos pontos você pode influenciar em como a história progredirá e qual final você alcançará, é um gênero de jogo muito famoso no Japão, com origens em meados da década de 1980. Aliás, de tão famosos que eles são, muitas das visual novels mais famosas venderam mais que jogos convencionais (jogos para consoles como Play2, Play3 e Xbox 360), que vendem milhões na Europa e nos Estados Unidos.

Apenas para comparar, em 2000, o jogo Air, da empresa Key (Clannad, Little Busters!, Rewrite) vendeu mais de 100 mil cópias no ano em que foi lançado. Em 2004, Clannad vendeu um pouco menos, mas ainda vendeu mais de 100 mil cópias no mesmo ano de lançamento, perdendo apenas para Fate/Stay Night, que quase alcançou a marca de 150 mil cópias vendidas em um ano (não foi à toa que é o atual recorde de maior volume de venda anual no ano de lançamento para jogos do gênero). Em 2006, Sengoku Rance, da empresa Alicesoft, foi o jogo mais vendido do ano, com mais de 60 mil cópias vendidas. Em 2007, Little Busters! (olha a Key aí de novo) foi o jogo mais vendido, com pouco mais de 40 mil cópias vendidas no mesmo ano.

O verdadeiro motivo de Fate/Stay Night ter vendido tanto... tá, não foi bem por aí, mas...
... reparou na queda de vendas? Tirando o ano da dobradinha Clannad e F/SN (também, covardia do caramba os dois terem sido lançados no mesmo ano!), a visual novel mais vendida de cada ano teve o seu número de vendas cada vez menor, e para os demais colocados, a queda é ainda mais assustadora. Os números de vendas de títulos recentes é difícil de se obter uma vez que várias empresas foram surgindo e fica também mais difícil para calcular as vendas de cada título em específico, mas depois de tanto fuçar, consegui números que realmente dão suporte ao argumento da entrevista do produtor da minori, Nobukazu Sakai.

Se você teve curiosidade de clicar nos links acima e ver o número de vendas, você deve ter reparado, mas caso tenha preguiça, vou ilustrar. Em 2004, Shuffle!, da empresa Navel (Oretachi ni Tsubasa wa Nai, Sekai Seifuku Kanojo), foi o terceiro jogo mais vendido do ano, vendeu mais de 54 mil cópias, enquanto Soul Link, da mesma empresa, teve o 12º lugar, com pouco mais de 30 mil cópias vendidas. Se compararmos com as vendas de 2008, ToHeart 2 foi o jogo mais vendido, com quase 49 mil cópias vendidas. Nesse mesmo ano, G-Senjou no Maou, da AkabeiSoft2, ficou em 12º lugar, mas com apenas pouco mais de 18 mil cópias vendidas.

Achou a queda expressiva? Não? Porque fica ainda pior se pegarmos o ano de 2011. Acredite se quiser, mas... lembra da Key? Aquela "empresinha" que vive tendo títulos no topo das classificações de vendas mensais e anuais? Pois bem, seu título mais recente, Rewrite, não vendeu nem 25 mil cópias no ano de seu lançamento, e olha que estamos falando de um jogo no top 10 mais vendidos, num ano em que o título mais vendido mal chegou perto das 30 mil cópias vendidas. Sem nenhum exagero, se um jogo do gênero vendesse 10 mil cópias nesse ano, ele já entra, no mínimo, no top 30 de jogos mais vendidos no ano.

"É, pelo visto vou ter que comer miojo por um bom tempo..."
"Tá... quer dizer que o povo japonês está perdendo interesse no gênero, então?"
Não no gênero em um todo, mas arriscaria dizer que os japoneses estão mais preocupados com se o investimento em jogos assim estão valendo tanto a pena. O motivo é até bem simples e se aplica para jogos em geral inclusive. Assim como jogos para consoles, os bishoujo games têm um preço-base de cerca de 8.800 ienes (pela cotação atual, R$ 185,68), geralmente variando de 7.980 até 10.290 ienes (R$168,38 e R$217,12 respectivamente. Foi o caso de jogos recentes como Maji de Watashi ni Koi Shinasai! S e Natsuzora no Perseus, este último da minori). É um preço bem salgado, especialmente se compararmos com o preço de catálogo de jogos de empresas AAA (EA, Activision, Ubisoft, Capcom, 2K) que custam 6800 ienes (R$143,48) e que possuem modos online, gráficos bem feitos e uma jogatina mais atraente a pessoas de todas as idades.

Até dá pra entender que o preço é maior devido ao faturamento por jogo de empresas que fazem bishoujo games deve ser bem maior que os dessas empresas maiores, além de boas diferenças no número de empregados, títulos lançados por ano, e cá entre nós, não é todo mundo que tem paciência de ficar desenhando/colorindo/tratando centenas de CGs e sprites presentes em uma visual novel. Não é por menos que os custos de uma visual novel comum, segundo a mesma entrevista com o produtor da minori, gira em torno de 30 milhões de ienes (aprox. R$630.000,00), isso para um título com qualidade aceitável, fora os títulos de produções mais caras, como ef -A Fairy Tale of the Two- que custou mais de 1 milhão de dólares na época. O grande problema é que essas empresas estão enfrentando um dilema atualmente diante dessa situação. Nesse caso, um mero corte de preços ou inclusão de mais omakes (bônus, extras) em seus jogos apenas pioraria a situação por encarecer ainda mais a produção e gerar lucros menores ainda. Ports de visual novels para consoles têm vendas ainda mais inexpressivas que as versões para PC, além de lucro reduzido pelo preço do jogo em si. Vendas de figures e mercadorias do tipo apenas vendem bem se a série já for famosa o suficiente... então... como resolver isso?

"Isso é muito fácil. Maru."
Bom, uma dessas alternativas é expandir o seu mercado consumidor, que no caso foi por aí que várias empresas, ou firmaram parceria com empresas como Jast USA e Manga Gamer para que elas possam ter os direitos de traduzir os seus jogos, recebendo dinheiro assim pelo contrato e parte das vendas. Esse foi o caso de várias empresas que aos poucos estão se abrindo para o ocidente, como a Overdrive (Kira*Kira, Edelweiss, Dengeki Stryker), Circus, Navel, Softhouse Seal e da própria minori. A Jast USA também conta com bons barras-pesadas como a Nitroplus (Chaos;Head, Saya no Uta, Steins;Gate, Hanachirasu, Deus Machina Demonbane) e Peach Princess (Princess Waltz, Moero Downhill, Yume Miru Kusuri), e a tendência é de cada vez mais empresas trazerem seus títulos para tradução para ter maior faturamento com um mesmo jogo.

Outra solução foi algo como a Key está fazendo (junto com outras empresas também, claro), que é lançar versões "portáteis" de suas visual novels, podendo baixá-las em seu celular ou tablet que suporte o sistema operacional Android ou IOS por um preço bem camarada e ainda assim ter a possibilidade de poder jogar o seu jogo favorito rapidamente e sem precisar de um PC ou notebook consigo. Apesar de títulos traduzidos oficialmente para o inglês serem poucos, aos poucos eles também estão dando as caras nas lojas virtuais, como, por exemplo, a versão para IOS de Planetarian ~Chiisana Hoshi no Yume~ e Kira*Kira ou na versão Android (e grátis!) do primeiro capítulo de Higurashi no Naku Koro Ni. No caso da Key, ela divide alguns de seus jogos por capítulos na versão para Android, como é o caso de Little Busters! SS, que são histórias curtas no mesmo universo da série.

Ainda tem aquelas empresas que apelam para a produção de mangás, light novels, animes e Drama CDs para aumentar o alcance da história de seus jogos ou ainda narrar a história de outro jeito, mais convidativo ao fã da série e demais pessoas em geral. É o caso da Nitroplus, que nem um mês depois de lançar Robotics;Notes já transmitia o anime da série nas emissoras japonesas, além de já possuir uma série de mangá e light novel. Nem preciso dizer que o alcance de um anime é bem maior que o de um jogo, logo, se a pessoa gostar do anime, ela passará a procurar sobre mais coisas dela como mangás e o jogo em si, e se valer a pena, é compra na certa.

"Mou~!!"
Mais uma vez citando a entrevista do produtor da minori, ele põe a culpa na indústria do entretenimento, que cada vez mais há pessoas e canais do Youtube e Nico Nico que proporcionam vídeos e demais conteúdo para entretenimento e, em muitos casos, são disponíveis de graça, e na pirataria, que cada vez mais "incentiva as pessoas à não comprarem o produto, e se ela for eliminada, as pessoas procurarão meios alternativos para se divertirem sem pagar". Eu particularmente achei essa "culpa" algo bem infantil e superficial, pois independente do número de pessoas que pirateiam ou não jogos desse gênero, o que realmente conta são o número de fãs dispostos a comprar o jogo.

Primeiramente, quem pirateia não tem dinheiro para comprar o original, quanto menos para arriscar em comprar um jogo que pode ou não ser bom. Comprar um mangá que você não gostou, na pior das hipóteses, você vai ter jogado fora uns 15 reais, mas comprar um jogo e se arrepender depois, estamos falando de um produto que custa 160 reais pra mais, e isso sem contar os produtos japoneses, que têm venda exclusiva para o seu território e que praticamente dobra o preço para o comprador ocidental. Vai lá na J-List comprar um Mahou Tsukai no Yoru e você verá o que estou querendo dizer (claro, isso sem considerar alfândega e frete, né).

Segundo, é hipocrisia tentar criticar a pirataria sendo que o produto em questão não é disponível no Brasil, nos EUA, ou seja lá onde for, ou nos casos em que são, são taxados de forma abusiva sem motivo plausível. Se o produto não vendeu como esperado, a culpa é da empresa, seja por falha no produto em si (afinal, são raros os casos em que títulos all-ages vendem mais que títulos 18+... até Clannad perdeu pra Fate/Stay e mesmo assim ficou na memória de muitos jogadores de visual novels), seja nos investimentos com propaganda, seja no número de unidades produzidas e postas à venda, ou até mesmo por causa da data que o produto começou a ser vendido e os títulos concorrentes. Sabe, é como se eu esperasse que um produto venda 100 unidades, mas no final, vende só 50 e ponho a culpa em quem não comprou ou em quem só passou na vitrine para ver e não se interessou tanto.

Particularmente, acho que o problema é no número de empresas existentes. Por mais que temos algumas que já se consolidaram no ramo, temos literalmente milhares delas no Japão, e ao contrário de empresas independentes (indie), elas tentam arriscar em um gênero onde você simplesmente deve ter um padrão de qualidade alto para ser bem sucedido. Por mais que a qualidade de um jogo não possa ser medida por extras e dublagem, uma visual novel sem dublagem já é fracasso na certa no mercado japonês. Alguém aí se lembra do "crash" de 1984, onde o mercado de jogos eletrônicos quase foi à ruína de tantos consoles e jogos porcarias e "clones" de outros já existentes? É algo parecido no cenário de eroges atual. Quanto mais opção você tem, mais confuso e indeciso o consumidor fica, dividindo o volume de vendas em vários títulos ao invés de apenas títulos de certas empresas, e como assim os custos de produção continuam altos, essas empresas têm maiores riscos de falirem. Isso não significa que só devem sobrar as empresas "top" para eroges, mas que deve haver maior inovação e complexidade nas próximas obras caso elas queiram continuar lucrando e vender cada vez mais. A parceria da 5pb com a Nitroplus gerou Chaos;Head e Steins;Gate, enquanto a união dos roteiristas da Key, Type-Moon, 07th-Expansion e do roteirista de Cross+Channel gerou Rewrite... por que não fazer mais parcerias assim?

CGs dessa qualidade, você acha aos montes em qualquer VN para PC... mas e o roteiro, qualidade de dublagem e complexidade da história?
Bom, eu expliquei o cenário, mostrei o motivo, falei do que as empresas estão fazendo para tentarem lucrar mais com suas obras... mas e você? Acha mesmo que a indústria de eroges está fadada ao fracasso daqui a alguns anos? Ou será que isso é apenas um alerta indicando que algo bem maior virá? Qual seria o melhor caminho para que elas sobrevivessem? Deixe o seu comentário!
Out.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Cobertura: Sony Playstation Meeting 2013

Fusão do Dualshock com o Game Pad do Wii U? Imagina...
Depois de dois dias de imensa dor (é uma longa história), muita gente estava ansiosa pela Playstation Meeting, uma conferência da Sony no estilo dos eventos que ocorrem com a Apple e seus anúncios de novos produtos, onde rumores diziam que ela revelaria algumas coisinhas do PS4 (ou Orbis, ou seja lá como fosse). Bom, eles não só acertaram que o foco seria no PS4, mas também houve muitos trailers, demonstrações de novas engines gráficas e até mesmo gameplays gravados e ao vivo de próximos títulos do novo console como o novo Killzone e Watch Dogs, além de algumas boas surpresas que só quem acompanhou as quase três horas de evento sentiu na pele.

Mas para poupar o seu tempo em ver a livestream gravada de algum site gringo ou no Youtube, vamos ao resumo da conferência!

A aquisição da Gaikai pode não ter sido barata para a Sony, mas nós só teremos motivos para comemorar!
Depois de um lero-lero dos apresentadores falando a história da Playstation e de seu rumo ao futuro dos games, eles confirmaram alguns aspectos técnicos do próximo Playstation, além de estar confirmado que será chamado PS4 mesmo. Sua CPU possui arquitetura x86, podendo trabalhar em 32-bit (precisão simples) ou 64-bit (precisão dupla), contará com uma arquitetura bem similar à do PC para facilitar programação e desenvolvimento de jogos, e ao contrário que muitos rumores diziam, o console terá 8GB de memória RAM. Nada foi dito de sua placa de vídeo, apenas que ela tem memória GDDR5, podendo trabalhar em frequências de, no mínimo, 3600MHz, uma boa melhora comparando com a memória GDDR3 do PS3. O controle modificado para ter display frontal e botão de "share" foi confirmado, abrindo possibilidades para gravar gameplays e live-streams (quem sabe até comentado, conectando um headset no controle) sem precisar de placa de captura, a possibilidade de pedir ajuda para outros jogadores para ajudar em uma parte difícil (tipo como ocorre em Persona 4: The Golden) ou até mesmo controlar o seu personagem para passar dessa parte (prevejo muita trollagem nisso!), além de uma "light bar" que, segundo os desenvolvedores, irá identificar o jogador. Nada foi revelado sobre aquela patente que fizeram de um controle que se divide em dois Move's separados ou algo sobre o sensor biométrico também patenteado pela Sony ou ainda sobre a aparência do console em si ou seu preço, mas como ainda temos eventos grandes para acontecer como o PAX e a E3, devemos ter respostas para isso em breve.

Só conseguiu comprar um PS3 agora? Se danou, meninão!
Após isso, um representante da Gaikai falou sobre o seu serviço de stream de jogos para diferentes plataformas (exatamente, não apenas para PS3/PS4 e PSVita, mas também para os celulares certificados pela Playstation, como o Xperia Play e celulares da HTC), onde deu para entender que jogos das gerações anteriores de Playstation's serão jogáveis, provavelmente por um preço de uma assinatura assim como é com Netflix e similares, e até mesmo jogar jogos de PS4 no Vita, onde o PS4 faz todo o processamento de dados enquanto o Vita vira um controle com telinha mesmo, exatamente como alguns jogos do Wii U trabalha ao passar a tela do jogo da TV para o Gamepad.

Duas palavras que definem The Witness: fascinante e relaxante

Alguns jogos também foram revelados como Knack, Driver Club, The Witness (dos mesmos criadores de Braid), além de novas idéias e engines que várias empresas estão testando como a engine de renderização facial da Quantic Dreams (mesma produtora de Heavy Rain e Beyond Two Souls, esse último será lançado ainda neste ano) e de um "programa" (não me pareceu um jogo, tava mais para proof-of-concept) da Media Molecule que faz modelos e animações em 3D com a ajuda do controle Move. A Square Enix não falou nada de novo, já que a única coisa que ela mostrou foi o demo da E3 de Agni's Philosophy, o que foi decepcionante, já que muita gente está esperando um novo Deus Ex ou quem sabe um Final Fantasy que preste, já que estamos a mais de 10 anos sem um título bom desta franquia. Também foi anunciada o novo jogo da série Infamous: Second Son, onde o personagem principal não será o mesmo que nos dois jogos anteriores, além de um novo jogo da série Killzone, chamado Shadow Fall, que está belíssimo e é bastante promissor. Infelizmente (ou não), não tivemos anúncio de um Gran Turismo novo, God of War ou de algum IP da Naughty Dog para a próxima geração.

A nova engine da Capcom, codinome Panta Rhei. Provavelmente será usada em seus próximos jogos next-gen (ah, um Monster Hunter rodando nisso aí...)
O gameplay de Killzone: Shadow Fall. Eu REALMENTE pensei que era tudo CG até chegar em 4:25

A nova engine da Capcom também promete bastante, apesar de que ela estreou um IP novo (ou será que não, porque o título era provisório? Isso, só eles sabem) ao invés de anunciar algum exclusivo que faria todos babarem para comprar um PS4 neste mesmo segundo (um Monster Hunter 4G ou um remake de Rival Schools?). Também tivemos mais um vídeo exclusivo de Watch Dogs (estranhamente, já que será um jogo multi-plataforma) que deixou ainda mais pessoas com vontade de ter o novo console. Infelizmente, não teve nada da EA ou da Rockstar, mas em compensação, com certeza teremos jogos da Level 5 (Dragon Quest VIII, Rogue Galaxy), Atlus (Trauma Center, Shin Megami Tensei: Persona), Lucasarts (Star Wars 1313) e da Idea Factory (Hyperdimension Neptunia), além de, claro, contar com a Kadokawa Shouten e Bandai Namco, o que significa que teremos potencial para visual novels também (já pensou? Pra quem não gosta, é dela que são os jogos de Soul Calibur, Ace Combat e Tales Of, então vai ser maneiro).

O novo gameplay de Watch Dogs estranhamente me fez lembrar de True Crime... só que foda!

Na última hora do evento, foi revelado uma "parceria estratégica" entre a Blizzard e a Sony, que dará cria a uma versão para PS3 e PS4 de Diablo 3 com algumas coisas à mais como multiplayer split-screen e interface totalmente alterada para facilitar acesso ao inventário e hotkeys, que eu acho que teve uma boa influência de seus competidores, Trine 2 e Torchlight 2.

Então, tá se gabando que Destiny será exclusivo para Xbox...? Seria uma pena... se fosse um jogo multiplataforma, né...
A surpresa sempre vem por último, e neste evento não foi diferente. Contamos com a entrada de ninguém menos que a Bungie, empresa que praticamente só fez jogos para Xbox, PC e MACs e é responsável pela trilogia original de Halo (e Halo: Reach), que divulgou que seu próximo jogo, Destiny, também será lançado para PS3. Há uma explicação bem capitalista para isso: a Bungie entrou em um acordo de 10 anos com a distribuidora Activision, e como ela não é boba nem nada, quer lucrar o máximo possível com seus jogos. Também poderíamos relacionar isso com a vinda de Diablo 3 para o PS3/PS4, já que ela também foi comprada pela Activision há algum tempo, e também foi por um motivo semelhante que a Bioware, produtora da franquia Mass Effect que antigamente só fazia jogos para PC e Xbox, foi comprada pela EA para mais tarde lançar jogos desta franquia para o PS3.

Empresas third-party que já firmaram contrato com a Sony para desenvolver jogos para o PS4
Nada foi revelado sobre datas fixas de lançamento do console e de seus jogos, mas ela confirmou que será lançado no inverno americano, que seria o equivalente aos últimos meses de 2013, muito provavelmente igual o que aconteceu com Wii U e PSVita (pelo menos como ocorreu no Japão), já que é justamente nesta época que as pessoas mais gastam dinheiro. Alguns bons detalhes foram deixados no escuro, como se o PS4 rodará jogos físicos de PS3, se ele terá trava por região, se rodará jogos usados, seu preço, se haverá mudança na "rede social" da Sony, a Playstation Home, ou mesmo se no Brasil o console não custará mais de 2500 reais, mas pelo menos foi um bom evento para se ter idéia do que a próxima geração oferecerá para nós. Agora só nos resta ver quais outras informações e jogos serão revelados nos próximos meses, e o que a Nintendo (pfff... vai apostar tudo no próximo SSM/Zelda) e a Microsoft farão para competir com tantas novidades e inovações que a nova geração de videogames nos proporcionará.

Join the Playstation side of the force! \o/
Bem, eu fico por aqui porque já digitei bastante, mas depois a gente se vê!
Out.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Devil Survivor 2 The Animation em Abril, Novo Digimon também para 3DS

#partiu #demon #rpg #pocky  #fanmade
Se você já jogou algum jogo da série Shin Megami Tensei, percebeu que a Atlus é uma das melhores empresas de JRPGs atualmente. Persona, Devil Survivor e Devir Summoner são de longe as séries mais conhecidas da empresa (talvez a única que chegue perto mesmo é Trauma Center, jogaço mesmo assim).

Agora os fãs de RPG poderão comemorar, pois finalmente vocês terão a chance de ver uma série animada de Devil Survivor, e o melhor, já em Abril deste ano! A animação será feita pelo estúdio Bridge, um estúdio recente que fez poucos títulos como Mitsudomoe, mas pelo PV, tem cara de que vai ser muito bom e bem fiél ao enredo original do jogo.


Devil Survivor é uma série de RPG para Nintendo DS (e 3DS, com o Devil Survivor Overclocked) que conta a história de três estudantes do colegial que receberam um eletrônico estranho e tentam descobrir o que ele faz. Num belo dia, demônios invadem a cidade deixando a população de Tokyo em pânico, resultando em muitas mortes e muita gente que simplesmente se enclausurou dentro de casa para tentar ficar vivo por mais alguns dias. Os três estudantes principais da história descobrem que o dispositivo que eles ganharam faz, dentre outras coisinhas, invocar demônios "do bem" para lutar contra os demônios que invadiram a cidade. Além de terem que sobreviver a invasão, eles têm 7 dias para exterminar todos os demônios da cidade de algum jeito antes que a humanidade seja exterminada por completo.


Lembra do Digimon de Play1 que você criava o seu digimon, treinava, mandava ele cagar e batalhava (indiretamente) com ele ao encontrar outros digimons selvagens enquanto a história (?) rolava? Pois é, se você gostava daquele jogo, fique feliz, pois será lançado um remake dele para o 3DS ainda neste ano, juntamente com a versão para PSP anunciada um tempo atrás.

Digimon World Re:Digitalize terá o mesmo esqueminha do jogo que acabei de falar, mas desta vez contará com uma história nova, novos digimons, e lógico, terá cenários novos e nunca antes vistos. A versão para o 3DS inclusive terá, além de (óbvio) suporte para o 3D estereoscópico do portátil, um melhor aproveitamento dos sensores extras e das duas telas dele.

O jogo será distribuido pela Bandai Namco Games e, assim como Digimon Adventure para PSP e Digimon Crusader para IOS, faz parte do aniversário de 15 anos da série, sendo que ainda deram a dica que um quinto plano para a franquia será revelada em Abril deste ano pela revista japonesa V-Jump. Eu particularmente não gostei muito do clássico para Play1, mesmo sendo considerado o melhor jogo de Digimon até hoje, mas para quem curte, tá aí outro motivo para ficar feliz, e quem sabe com esse remake, o jogo não me faça mudar de opinião.


Isso é tudo por hoje galerinha. Até a próxima!
Out.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Chou Dengeki Stryker terá tradução da MangaGamer, Anime de Rewrite ainda está longe


Não é tanta surpresa assim devido aos rumores já existentes, mas ainda assim são boas notícias que finalmente sairam oficialmente do blog da MangaGamer. No evento americano Katsucon, ela revelou que, além de Otoboku contar com uma versão limitada em mídia física (quem que vai ser o louco que vai comprar?) e mais alguns títulos da Softhouse Seal que ela está trabalhando na tradução (o que não é muita surpresa), o anúncio que valeu a pena foi exatamente esta: Chou Dengeki Stryker será traduzido pela empresa e será lançado ainda neste ano!

Chou Dengeki Stryker, lançado originalmente em 2012 no Japão pela Overdrive (Kira*Kira, Deardrops, Edelweiss), é uma versão "upgraded" de Dengeki Stryker, este lançado em 2011 no Japão e que contou com tradução da MangaGamer em 2012. É virtualmente o mesmo jogo, mas temos desta vez vídeos de abertura e encerramentos diferentes, mais animações e transições de câmeras nas batalhas, mais CGs e efeitos especiais, e com 3 rotas específicas extras, totalizando 5 rotas (Haruna, Ichimonji, Rin, Hilko e uma personagem nova, Kurie). Exatamente como eu suspeitava, Chou Dengeki Stryker não sairá de graça para aqueles que já compraram o jogo original, mas sim com um preço reduzido (lê-se, "você vai pagar 10 doletas a menos")... eu bem que avisei vocês para não comprarem o jogo *ainda*.

O jogo conta a história de Yamato Yuuki, um garoto que adorava a sua série favorita, Dengeki Stryker, mas que teve os seus sonhos destruídos quando ele foi bancar o herói para a sua amiga de infância, Haruna, e apanhar feio dos meninos que mexiam com ela. Triste, ele vai para um templo para pedir para Deus que o torne um herói de verdade, e é aí que um velho misterioso aparece para Yuuki oferecendo exatamente isso, sob a condição de roubar todas as memórias dele até então. Yuuki aceita e realmente se torna um superherói, mas que acabou esquecendo por completo de sua amiga de infância, que logo se mudou para outra cidade. Alguns anos depois, o Império Balbora, o grupo arqui-rival do herói da série, surge no Japão para destruir os Dengeki Strykers, e cabe a ele e alguns outros heróis que inusitadamente entrarão na história combatê-los enquanto Yamato deve manter seus estudos em dia e fazendo alguns amigos (também inusitados) no caminho.

É um jogo muito bom, e só espero que eles sejam espertos e lancem uma versão em mídia física para o jogo, pois esse sim merece!


Em seu twitter, Takahiro Baba, diretor (chefão) da Visual Art's, respondeu um tweet perguntando se há a possibilidade de fazer um anime de Rewrite com um "Se eles me chamarem, estaria mais que feliz em fazer um anime (da série)"... mas será mesmo que o anime de Rewrite estaria tão perto de chegar assim?

Eu sinceramente acho que não. Vamos recapitular nos últimos animes de visual novels da Key: Kanon lançou em 1999 e teve anime em 2002 e 2006. Air lançou em 2000~2001 e teve anime em 2005. Clannad lançou em 2004 e teve anime em 2007 e 2008. Little Busters foi lançado em 2007 e só teve anime recentemente, em 2012. Rewrite lançou em 2011 (2010 se contar a demo), então pela lógica, um anime da série ainda estaria longe de ser lançado, quem sabe só mesmo em 2014 ou 2015.

Protesto!!
... olha, pode falar o que quiser, mas faz muito sentido eles demorarem para lançar um anime da série. Vamos tomar Little Busters! como exemplo. O jogo lançou em 2007, mas já no ano seguinte teve a sua versão melhorada, o Ecstasy. Em 2009 lançou o port para PS2, em 2010 lançou o port para PSP e o fandisk, Kud Wafter. Em 2011 tínhamos o patch de tradução (apesar de não ser nada oficial, é uma coisa boa para os fãs), e em 2012, além do anime, tivemos o Perfect Edition lançado para PC.

Entendem onde quero chegar? Mesmo que de um jogo para outro dela demore cerca de 3~4 anos (que seja pra sair a demo deste), a Key e a Visual Art's são espertas e lançam versões melhoradas, ports e fandisks/cross-overs no meio-tempo para fazer os fãs continuarem se lembrando dos jogos dela e alcançar um número maior ainda de fãs.

Momento cultura: em estatística, um produto pode ter "cauda longa" ou "cauda curta". Filmes são ótimos exemplos de cauda longa, pois quando eles estão em cartaz no cinema, eles geram bastante dinheiro, bem como quando eles saem em DVD/Blu-Ray, quando saem em pay-per-view em TVs a cabo, quando a Netflix/HBO/Globo compram os direitos de lançá-los na sua programação, quando lançam versões remasterizadas/HD/3D/Blu-Ray/boxes de alguma série de filmes... a cada (re)lançamento, os custos de produção caem drasticamente, mas conseguem reaquecer o mercado consumidor a comprar esses novos produtos (Star Wars seria o exemplo perfeito). Jogos por outro lado têm cauda curta, pois depois que lançou o jogo, não importa se você vai comprar o novo jogo com texturas melhoradas ou não, é virtualmente (salvo algumas exceções) o mesmo jogo. Eles até o relançam fazendo parte de algum bundle, lança o jogo na Steam ou lojas virtuais como promoção, ou até mesmo abusando de DLCs, só que ainda assim, a cada mês que se passa depois do lançamento do jogo, cada vez menos pessoas compram o jogo e cada vez mais barato eles custam... e como só alguns títulos bem específicos vão para streams terceirizados como Onlive e Gaikai (sem contar que os custos de produção de um jogo são bem maiores que de um filme)... bem, digamos assim que é por essas e outras que cada vez mais jogos FPS estão sendo lançados ao invés de criar jogos inovadores.

Resumindo, eu acho que um anime de Rewrite cairia bem (se fosse pela KyoAni então!), mas não tão cedo assim. Esperem aí um ou dois anos depois que o anime de Little Busters! acabar e começar a termos notícias oficiais de próximos fandisks/visual novels da Key para depois termos notícias concretas de um futuro anime da série.
Out.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Análise [6] - Chaos;Head - Como um Otaku Desiludido Salva o Mundo com Desilusões

Chaos;Head foi simplesmente a base para Steins;Gate, então você deve ter idéia de onde isso vai dar.
Se você leu o meu resumo sobre visual novels, você sabe que a Nitroplus faz visual novels fudidas e muito bem feitas, seja no roteiro ou na arte dos cenários e CGs e na sua trilha sonora. Basicamente, a 5pb tinha uma idéia genial de visual novel para fazer, mas para que essa tivesse a verba necessária para sair algo bem feito e que pegasse a atenção dos consumidores, ela decidiu fazer uma parceria com a Nitro+ no que viria a ser a série de "Aventuras Científicas", histórias que misturam aspectos, fenômenos e relatos reais para moldar uma história fictícia, mas ainda bem fiél aos princípios da vida real (no sentido de não ter coisas escrotas como "pular de um prédio muito alto e sobreviver" ou "tomar um monte de soco e ainda conseguir virar o jogo" e coisas assim). Mesmo se o jogo introduzir algo que aparenta ser "marmelada", praticamente tudo que acontece tem um motivo e tem explicação, implícita ou não, o que faz o jogo te sugar para o seu universo, não apenas no sentido de entender o que o personagem sente e em seu medo, mas sim no sentido de viver o que o personagem passa, dando a impressão que tudo que acontece em torno do personagem principal está acontecendo com você, e que você também poderia desenvolver o mesmo grau de insanidade do personagem nestes momentos.

Chaos;Head foi um jogo lançado em 2008, originalmente para PC, mas que logo depois foram lançados versões para Xbox, PSP, PS3 e até mesmo para Android. Sua tradução foi dada por parte da TLWiki, grupo independente que já traduziu (e ainda traduz) várias visual novels para o inglês, dentre elas, Moon., Symphonic Rain, Remember11, G-Senjou no Maou e uma renca de outros jogos da Nitroplus, que não foi por menos que alguns tradutores que participaram desses projetos agora trabalha para a Jast USA, que está traduzindo jogos dela (e de outras empresas também) comercialmente.

Bom, vamos à análise agora!

História e Rotas
Tudo começa  com um começo super misterioso, indo pra um ritmo mais devagar, mas evoluindo bem rápido nos próximos capítulos
Depois dos primeiros minutos épicos e apocalípso apocalípticos, você encarna um estudante de segundo ano do colegial do colégio Suimei, chamado Nishijou Takumi, um hikikomori (pessoa que fica enclausurado dentro de casa na maioria do tempo, raramente tendo amigos e que se dá muito mal ao tentar conversar com outras pessoas) otaku que vive jogando um MMORPG e comprando figures de sua série de anime favorita. Ele raramente vai à escola, indo até o ponto de montar um cronograma de presença mínima, onde ele vai o mínimo de dias possíveis para a escola, e tem apenas uns poucos amigos e uma irmã mais nova, que apesar de muito alegre e enérgica, não consegue se aproximar tanto de seu irmão mais velho.

Um dia, um amigo virtual dele chamado Shogun mostra algumas imagens para o Takumi olhar, e quando ele abre o link dessas imagens, revela-se um homicídio grotesco, com um homem cruxificado em um beco à noite. Assustado, Takumi tenta com todas as suas forças pensar que fora apenas uma brincadeira de mal gosto, mas após sair um dia para fazer compras, ele acaba por encontrar a mesma cena que Shogun havia tirado foto, mas desta vez quando o crime havia sido cometido recentemente por uma garota de cabelo rosa, que coincidentemente estuda na mesma escola que Takumi, além de mais pra frente ser revelado que ela era amiga de longa data dele.

A partir daí, esses incidentes são denominados de "New-Gen", onde pessoas morrem das maneiras mais insanas e cruéis possíveis. Ao passo que Takumi tenta não se abalar com os acontecimentos e tentar viver a sua vida como ele costumava viver, mal ele sabe que cada ato que ele faz e cada pessoa que ele conhece a partir daí o puxará para uma conspiração que ele sequer imaginaria e que vai muito além de um assassino em série sedento por sangue. Pra piorar tudo isso, Takumi passa a ter cada vez mais desilusões daí em diante, fazendo-o perder o senso de realidade e ter mais dificuldades em determinar o que é real ou não, ou o que aconteceu de verdade ou o que foi um simples produto de sua loucura.

O jogo é dividido em 10 capítulos, tendo duração de cerca de 2 horas e meia cada um. O jogo é incrivelmente linear, mesmo com seu inovador sistema de desilusões, e apenas em duas cenas que o jogo pode mudar de rumo para um Game Over ou para decidir se o seu final será bom ou "mais ou menos". Até tem um Bad End no jogo, mas para isso você terá que zerar o jogo uma vez e fazer uma sequência de escolhas bem específica para abrí-lo, e ainda assim não vale muito a pena vê-lo (a menos que você goste de um final totalmente desesperançoso e de alguns assassinatos extras que são revelados nessa rota), por isso que o jogo é quase que uma "kinetic novel com bônus!", e apesar de termos alguns momentos engraçados ou simplesmente non-sense no jogo, o grande foco dele é na sua complexa história e na evolução de seus personagens, então se você espera H-Scenes, esquece. Nem a versão 18+ tem isso aí (a versão pra Xbox 360 tem tal indicação... acredite se quiser).

Traços, Trilha Sonora e Animação
A arte do jogo é simplesmente sensacional. Pode não ser nada foto-realista, mas é muito show.
 Os traços do jogo, como disse, são muito bem feitos. Há um ótimo contraste das cores usadas nas personagens com os tons usados para o resto do cenário e até mesmo em efeitos especiais. O trabalho dado nas CGs de ambiente e demais planos de fundo são coisas simples, tanto que no quarto do Takumi por exemplo é possível ver alguns objetos distorcidos, deformados ou simplesmente "estranhos", mas nas CGs de personagens e de certos eventos, a riqueza de detalhes é impressionante, bem como fiél nas proporções básicas dos corpos das personagens e de outros objetos pertencentes ao cenário.

A trilha sonora é uma das mais envolventes possíveis. Mesmo tendo uma ou outra música mais calma e outras para momentos divertidos e surreais (no bom sentido), o grande foco são nas músicas de suspense. Não estamos falando de terror, que são aquelas músicas que dão um pico grande em certos pontos para fazer você se assustar mais da música do que da cena, mas sim de músicas aparentemente calmas que logo ficam arrepiantes, ou de músicas cheio de batidas pesadas para compartilhar o sentimento de desespero do personagem principal. Não tem como definí-las com palavras, mas já digo que é uma trilha sonora empolgante, muito bem feita e que não enjoa mesmo se você ficar meia hora numa cena ouvindo-a.

Quanto às animações, temos os portraits das personagens que movem seus lábios enquanto falam (apenas de não possuir nenhum lip-sync) bem fluente, mas o que surpreende mesmo são nos filtros de imagem usado ao enfrentar alguma desilusão ou em efeitos especiais de alguns eventos, que inclusive chegam a ser um 3D muito bem feito.

Opinião
Muitas CGs sangrentas desse tipo lhe esperam. Isso dá medo, ainda mais nos diálogos dessas cenas.
O que o jogo tem de mais? O jogo simplesmente pega um personagem que ninguém botaria fé e o faz ser o centro de tudo que acontece no anime. Mortes por todo lado? Culpa do Takumi! Terremoto de 7.1 na escala Richter? Culpa dele! Sua irmã morreu? Culpa dele! Escreveu um monte de bobagem quando era criança e alguém pegou aquilo para um plano de domínio mundial no maior estilo 20th Century Boys? Culpa sua, Takumi!

Exagero ou não, muitas coisas revolvem em torno do Takumi que ele mal sabe, e ainda assim, nos momentos em que a narração passa para um outro personagem ou para uma narração em terceira pessoa, o jogo faz de tudo para que você se convencer que é uma possibilidade válida. Isso, ou você vai torrar vários dos seus miolos para tentar descobrir o que está acontecendo no jogo. Quem é o Shogun? Por que a Sakihata Rimi mataria um cidadão qualquer? Qual o objetivo do New-Gen? Quem são os Gigalomaniax? Di-Sword? Por que a Kozue só fala através de telepatia? Quem são os Cavaleiros Negros que a Ayase tanto fala em suas músicas? Quem é essa N.O.Z.O.M.I. que aparece de vez em quando falando um monte de bobagens sobre anti-partículas e pontos-cegos? As dúvidas são quase infinitas, e quando você acha que obteve a resposta definitiva para algumas de suas perguntas, o jogo introduz um fato novo que potencialmente quebra com todas as suas teorias de antes e o deixa ainda mais confuso, deixando as respostas definitivas apenas nos dois últimos capítulos do jogo.

O jogo, tirando os seus primeiros 10 minutos de introdução, é bem lento e repetitivo, onde o Takumi passa vários e vários minutos em seu quarto falando sobre praticamente nada, ou mesmo quando algo de bom acontece, ele falha em pensar direito como alguém normal faria, mas por bem ou por mal, o jogo se aproveita disso para deixar o jogador formular as suas próprias teorias e cronologias. Por mais que o diálogo esteja chato em alguma parte, pular algumas linhas de texto pode ser o fator decisivo entre entender o que está acontecendo ou ficar ainda mais perdido na história, ainda que seja um saco ter a impressão que a última hora de linhas que você leu serviram pra quase nada no desenvolvimento da história.

O jogo ainda possui alguns defeitos sim, como a sua linearidade para um jogo tão longo (poxa, olha Fate/Stay e Cross Channel, que tem várias rotas que não se contradizem e até aprofundam mais na história em meios que não seriam viáveis normalmente) e seus "finais", que apesar de rolar uma batalha parruda muito bizarra e arrepiante, tem finais um tanto decepcionantes, mesmo o "true end" do jogo. O jogo também falha em fechar alguns pequenos detalhes para os mais minusciosos, como quem eram a Meiwa Party e o Comitê dos 300 (isso sem contar no "poderzinho" da última batalha que pareceu uma tentativa forçada em apelar pra um chefão igualmente apelão), mas ainda assim, os pontos principais da história se conectam direitinho, dando uma satisfação grande ao completar o jogo.

Veredito Final
A batalha final é do capeta, e é ela que vai decidir qual final você terá
 Pontos Fortes 
      *Grande número de CGs
      *Trilha sonora envolvente
      *Personagens que afetam diretamente a história de algum modo.
      *Complexidade na história
      *Ótimo teor de suspense com cenas violentas
      *Viciante e que incentiva a pensar
      *Possui algumas referências/cenas/desilusões cômicas para descontrair

 - Pontos Fracos
      *Pouca consequência nas escolhas
      *Muito linear
      *Finais um tanto decepcionantes
      *Alguns eventos e termos não são bem explicados (mesmo tendo glossário e tudo)
      *Demora um pouco para chegar nos capítulos mais interessantes

Nota: 8,0/10

Opinião final: Primeiramente, quero mandar pro Lucifer todos aqueles que xingam o anime sem terem jogado o jogo por completo, pois por mais que alguns eventos do anime sejam diferentes que os do jogo (e lógico que seriam, pra compilar 25 horas de jogo em 12 episódios é foda...), o anime é fiél ao jogo, tanto na personalidade do personagem principal quanto na das heroínas e na disposição de informações ao longo da série.

*aham* voltando ao jogo... é um jogo muito bom que inclusive me fez lembrar de (acredite) Accel World. Muita gente não gostou do começo por parecer que o anime "não iria pra frente", mas que depois de alguns episódios, se torna uma série extremamente estável e empolgante. Por mais que tenha os seus defeitos, a história fará com que você vicie na série, e por mais que a sua qualidade não seja igual a de Steins;Gate, ainda assim é uma visual novel memorável, digna de ter o nome da Nitroplus nela. Recomendo a todos que gostem de uma boa e longa história onde o improvável fica mais abstrato do que você imagina.

Vale a pena comprar esse jogo?
Se tivesse em inglês, recomendaria sem problemas. Por mais que seja um jogo com o começo lento, é um jogo muito bom... vamos ter que esperar para a Jast USA lançar uma tradução oficial dela primeiro, né... se você assistiu só o anime da série, ainda assim vale a pena jogar o jogo devido aos eventos extras e devido a algumas cenas que foram censuradas (ou cortadas) no anime.

Escrito na foto: O Primeiro Trio Gigalomaniax! Ah, Orihara Kozue e Aoi Sena, as duas personagens mais fodas da série!
E com isso terminamos mais uma análise de visual novel. Espero que tenham gostado, e até a próxima!
Out.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Lançamentos e jogos para ficar de olho [8]



Pois é, demorei bastante para postar os lançamentos que vão ocorrer (e os que já lançaram), mas agora criei coragem o suficiente para postar mais um post. Vale lembrar que não estou falando apenas de meros lançamentos aqui, mas sim daqueles que mais merecem a sua atenção, tanto por serem títulos já famosos ou simplesmente por serem promissores o suficiente para me alegrar a falar deles. Temos um mês meio parado nos lançamentos decentes, mas temos bastante coisa que devem agradar!

Vamos lá!

Corpse Party: Book of Shadows


Opa, como fã de Corpse Party, é lógico que eu falaria de Book of Shadows, certo? Tá certo que, se você não for fã da série (sabe-se por qual motivo) ou não ter jogado o primeiro jogo ainda, é melhor passar reto neste jogo, mas se esse não for o seu caso, JOGUE-O!

Book of Shadows, ao invés de colocar o jogador sob controle de uma equipe de personagens e fazê-los tentar de todo jeito sair da escola assombrada, o esquema de jogo desta vez é algo mais linear e em maior estilo de visual novel mesmo, onde você lê a narrativa com zero de interação, e apenas em alguns pontos-chaves, é dada a opção de escolher o que fazer na próxima cena ou ainda encontrar algum objeto em um cenário estático (caso você já jogou algum jogo de Sherlock Holmes pra PC ou Harvey Birdman: Attorney at Law, você sabe o que estou falando). Tem gente que não gostou muito disso, mas em contrapartida, a história é bem mais intensa e profunda que no jogo anterior da série, o que me faz recomendá-lo para quem está a fim de jogar um jogo que dá medo de verdade (foda-se Dead Space 3 e Resident Evil, isso não te engana).

O jogo já está disponível para download através da PSN por 20 doletas, e roda em qualquer PSP ou PSVita pelo memory stick.

Accel World: Kasoku no Chouten


Para os fãs da série, amantes de RPG, ou simplesmente para aqueles caras que estão esperando adoidado por Sword Art Online: Infinity Moment, vão adorar o novo jogo de Accel World. Continuando de onde o primeiro jogo (e o anime) parou, Kasoku no Chouten dá continuidade ao universo da série, super fiél aos eventos retratados na light novel, e ainda com um toque de visual novel onde é possível escolher qual personagem você quer escolher para entrar na rota dela e com uma pitada de RPG com uma engine de luta que você nunca viu antes (a menos que você tenha jogado o primeiro jogo).

O jogo está disponível para PSP e PS3, tanto em mídia física quanto em download (caso você tenha uma conta japonesa na PSN).


Sakurasou no Pet na Kanojo


Olha, e não é que o jogo tá bonito? Exatamente, mesmo com um começo desengonçado e depois de um monte de críticas quando o anime começou a ser exibido, Sakurasou no Pet na Kanojo, série do escritor Hajime Kamoshida, terá uma visual novel que muita gente inclusive está esperando ansiosamente.

O jogo é uma visual novel qualquer, tendo como roteiro o personagem principal da série, Kanda Sorata, que tem como sonho fazer um jogo independente, e contando com os talentos inusitados de seus amigos e amigas, enfrentará vários obstáculos (e incluindo alguns eventos engraçados) para poder concretizar o seu sonho. Além do visual super bem feito, vozes para todos os personagens, personagens novos e um sistema de administração de recursos (!), o jogo também contará com animações em tempo real para as personagens em determinados momentos (se você jogou/viu a VN de Haganai ou de OreImo, você sabe do que estou falando) e, claro, ainda conta com finais específicos dependendo do seu foco para qual personagem do jogo.

O jogo é exclusivo para PSP e PSVita, e será lançado amanhã, dia 14 de Fevereiro. 

Kara no Shoujo 2


Um jogo que poucos botavam fé, mas que depois que lançou, virou quase que um clássico intantâneo no gênero de visual novels. O jogo conta a história de um detetive que deve resolver uma série de assassinatos misteriosos e brutais. Deixando de lado o ritmo normal de visual novels e deixar a história rolar até encontrar o culpado, o jogador ainda deve recolher pistas em determinados pontos do jogo e fazer as escolhas certas para que a suspeita possa ser encontrada e descobrir o motivo de seus atos. Além de ter uma história fudida e uma arte belíssima, Kara no Shoujo também merece o seu lugar devido às suas cenas brutais cheias de carnificina, algo que merece mesmo o título de jogo para maior de 18 anos junto com Hanachirasu e Saya no Uta ao invés de ser apenas devido às cenas de sexo (que existem também, btw).

Na continuação, o jogo continua (nossa, gênio!) de um de seus finais anteriores (deve ser do True End) e contará com ainda mais cenas que fizeram o jogo original tão famoso e detalhando ainda mais a história, esclarecendo pontos que não foram dados tanta importância antes e mencionando bastante o final do primeiro jogo.

Kara no Shoujo 2 já está disponível para PC, apenas em japonês. Vamos torcer para que não demore a lançar uma tradução deste jogo ^^


Outros títulos interessantes para dar uma conferida que ainda estão por vir são:

  - Tiger and Bunny: Heroes Days (PSP) - 20/03/2013
  - Da Capo III Plus (PSP) - 28/02/2013
  - Toaru Majutsu no Kagatsu no Ensemble (PSP) - 21/02/2013
  - Maji - Hajimari no Meikyuu (3DS) - 21/02/2013

E isso termina o post de hoje. Não se esqueçam de conferir os lançamentos, e a gente se vê!
Out.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Highschool of the Dead voltará dos mortos (hiatus) neste Outono!


Zumbi parece ser algo que todo mundo gosta. Seja desde os tempos dos livros antigos e clássicos até nos jogos de hoje como Resident Evil e do modo zumbi nos Call of Duty: Black Ops, ter zumbi já é sinal que a coisa vai vender mais que muitos outros títulos do mesmo gênero sem os mortos-vivos. No mundo dos mangás, também temos algumas séries que trata disso, mas um dos mais mainstreams (isso pra não dizer o mais mainstream) e que tem uma legião de fãs até mesmo no Brasil é Highschool of the Dead, série de mangá dos irmãos Daisuke Sato e Shouji Sato, que além de ter lançado os mangás em gloriosas páginas coloridas (mas aqui no Brasil, só em preto e branco mesmo, mas pelo menos é da Panini) e o seu anime, também conta com alguns spin-offs e light novels mais obscuras.

O mangá da série entrou em hiatus em 2011 e até então, apenas rumores surgiram sobre nova temporada do anime e da continuação do mangá, mas nunca deu em nada, inclusive um rumor bem forte que dizia que a nova temporada do anime seria lançado em 2012. Aqui no Brasil, o hiatus não foi tão longo assim, com o volume 7 do mangá publicado em Julho de 2012, mas ainda assim, deixaram muitos fãs querendo (e muito) que o mangá saia logo da sua grande pausa, motivo também pelo qual a já limitada tiragem do mangá pela Panini está cada vez mais rara de se encontrar em lojas especializadas.

Felizmente, a revista japonesa Dragon Age revelou que o mangá voltará a ser publicado na terra do Sol nascente na primavera deste ano, que equivale ao nosso Outono (até o mês de Maio). Nada foi revelado ainda sobre como que será a continuação do mangá e uma data mais específica do retorno deste, ,as pelo menos já está confirmado, não está tão longe assim, e é seguro dizer que a Panini trará o novo volume traduzido alguns meses depois.


Tem gente que fala que a série é mais um fanservice do que história... e eles estão certíssimos nisso, mas de um jeito ou de outro, é uma série cheia de ação e sem enrolação, do jeito que os fãs de séries shounen gostam. Há ainda gente que está falando que a segunda temporada do anime vai vir logo depois da continuação do mangá e várias outras teorias a respeito da continuação da série, mas como não é nada confirmado, prefiro não comentar muito nisso. Agora, se o mangá tá continuando neste ano, pode-se dizer que, no mínimo, devem estar planejando o roteiro ou até começando a produção do anime nas profundezas do mundo comercial, então não se surpreenda tanto caso haja alguma notícia oficial da nova temporada do anime no futuro.


Esse foi o post de hoje pessoal. Até a próxima!
Out.