domingo, 8 de julho de 2012

Rose Guns Days - Lançamento em Japonês E Inglês


Isso sim é uma novidade e tanto. O mais novo jogo da 07th Expansion, os mesmos criadores de Higurashi no Naku Koro Ni e Umineko no Naku Koro Ni, Rose Guns Days, lançou simultaneamente com o patch em inglês do grupo de fan-translation Witch Hunt, o mesmo grupo que traduziu Umineko em inglês. Apesar do jogo ainda ser uma demo e, tecnicamente, a tradução não ter sido feita pela 07th, o grupo teve permissão do próprio Ryukishi07 para traduzir a demo de Rose Guns Days para o inglês, inclusive liberando que a demo do jogo fosse hospedada pelo site do grupo de tradução.

Para quem quiser ver (assim como eu), clique na imagem abaixo para ser redirecionado para o site do grupo.



Depois que terminar de baixar a demo do jogo e o patch, estarei postando aqui o que achei do jogo e da tradução para todos vocês, assim como fiz com Robotics;Notes!

EDIT: Bem pessoal, joguei um pouquinho da demo e me surpreendi com o jogo. Primeiramente, o jogo não tem os tão famosos gráficos deformados como os da série Higurashi e Umineko, o que é um alívio para os meus olhos. Segundo, a trilha sonora do jogo é muito bem feita e bem animada, com aquele toque de Jazz e Blues dos anos 50/60. Terceiro, ele conta com (!!!) um sistema de luta por turnos. É meio estranho dizer isso, mas o sistema de luta não é nenhum Street Fighter da vida onde você controla o seu carinha e dá golpes, mas um estilo parecido com RPG, onde você alterna entre se defender e atacar o inimigo. O sistema é bem simples, mas bem legal, além de não interromper a história tão frequentemente como você deve estar pensando.


O jogo começa com a recomendação para tomar um tutorial para a engine de luta que disse anteriormente. Depois, ele roda um prelúdio do personagem principal, no ano de 1947. Leo Shishigami, um repatriado da Segunda Guerra Mundial está meio que perdido no que fazer da vida na fictícia Cidade 23, no Japão. Em um desses dias, ele encontra com uma mulher misteriosa que caiu do segundo andar, e que por sorte o personagem a pega. Logo depois, guardas aparecem para pegá-la, sabe-se lá por qual motivo, mas depois de tomar uma surra saem. A mulher se introduz, Rose Haibara, e ela agradece por tê-la salvo daqueles guardas de antes. Leo vai para um clube, o Clube Primavera, e acaba se tornando amigo de Rose.


Algum tempo se passa, e ele sequer consegue um emprego, já que no Japão pós-guerra, ou você se alistava para o exército americano ou chinês, ou ficava à mercê de trabalhos diários (isso é, se você não soubesse inglês, o que era o caso de grande parte da população). Após decidir ir um dia para o Clube novamente para comer uma última vez no Japão antes de ir para o exército, ele se encontra com uma das amigas de Rose, mas ao adentrar no Clube, percebe que uma grupo estranho da máfia americana que se instalou no Japão estava estorquindo Rose, a dona do Clube. Depois de alguma porrada e de uma reviravolta e tanto com a chegada de reforços, Rose consegue escapar das garras do grupo vilão e propõe à Leo um emprego como guarda-costas do Clube, uma opção bem melhor do que ganhar uma mereca nos outros empregos, além de ter comida melhor e permanecer no Japão. E assim, começa a história verdadeira do jogo.


A história meio que se divide em duas. Uma parte, que é a de Leo, em 1947, no seu emprego como guarda-costas, contando mais sobre a história de Leo na Guerra e dos outros guarda-costas que trabalham com ele, fora o segredo por trás do Clube Primavera e da realidade local. Outra parte, em 2012, onde uma jornalista é enviada para uma mansão para fazer uma matéria sobre o Japão daquela época com uma senhora misteriosa e uma das "madames" do Japão, cargo onde apenas grande líderes da máfia japonesa alcançam.

O jogo é muito viciante e gostei muito do jeito "não-enrolativo" da história e da narração. Apesar de ser uma Kinetic Novel, com apenas alguns pontos onde você pode decidir a ordem onde determinadas cenas se desenrolam, ela é bem promissora. Estarei esperando ansiosamente pelo jogo completo!



Pois é né, pessoal. Isso sim que é um exemplo de que, quando os criadores dão suporte para grupos de fan-translation, tudo fica melhor para os dois lados. Disponibilizando a demo em inglês, você multiplica o efeito que a demo teria no público ocidental, e consequentemente, aumenta as vendas para a empresa, além de dar uma boa reputação para ela. Ao invés de chamar a gente de ladrão por apenas baixar os seus jogos (sim, a gente tem essa reputação no Japão, e isso inclui EUA também) e eliminar grupos de tradução um por um (eu olho para você, Minori!) só porque "um jogo japonês é feito só para japoneses". Que tipo de lógica é essa? Além de perder potenciais compradores e fãs no ocidente, reforça mais ainda a pirataria nesses títulos. Afinal, muitas empresas já lidaram (e inclusive lucraram) com a pirataria (como a Microsoft) de um jeito bem mais eficaz do que outras (Sony).




Achei legal a notícia exatamente por causa disso. Algumas empresas estão abrindo suas portas para o mercado ocidental, lançando títulos mais baratos e totalmente em inglês, e ficando mais ricas com isso. Overdrive e Circus têm parceria com a MangaGamer, enquanto a Nitroplus e a Peach Princess têm parceria com a Jast USA, e só nesse ano ambas as empresas anuciaram uma batelada de jogos que serão lançados ainda neste ano, o que quer dizer que os negócios estão fervendo. Enquanto isso, Minori apenas engatinha com a "parceria" (entre aspas mesmo, pois isso foi depois de muita briga) com a MangaGamer e a No Name Losers e a Key continua sendo... indiferente... o que ainda é ruim pros fãs, que têm que gastar mais de 100 dólares num jogo deles em inglês... e sério, querer 1 milhão de dólares pra licensiar Clannad em inglês? Tá locona?

...

Enfim, logo mais atualizarei o post e trarei mais notícias ainda no blog. Fiquem ligados!
Out.

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